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sábado, dezembro 19, 2009

CONFECOM: O MODELO É O GRANMA DE FIDEL

FIDEL, no tempo em que ainda não usava moletom, e o jornal único e oficial de Cuba: absorvente como ele só.

Mais sobre a questão da censura que avança de forma insidiosa: aqui a íntegra da matéria de Veja que foi às bancas neste sábado. Faz uma leitura, digamos assim, branda da tal Confecom e uma profissão de fé nas palavras de Lula que, segundo a revista, defende a liberdade de imprensa. Defende? Veja deve a seus leitores uma reportagem mais acurada sobre as reais e indisfarçáveis tentativas de amordaçar os veículos de comunicação por parte do PT, seus satélites nanicos, ONGs, CUT e os tais movimentos sociais. Mesmo assim vale a leitura da matéria que pelo menos critica de forma irônica esse bizarro convescote esquerdista bancado com dinheiro público. Título do post, foto e legenda da própria Veja.

Leiam:

Não se pode dizer que ela foi de todo inútil. A 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em Brasília sob o patrocínio do governo federal, serviu para mostrar a cara da imprensa com que sonham os representantes formais da esquerda no Brasil. E a cara é de arrepiar.

Formada por representantes do governo, sindicalistas e ONGs ligadas ao PT, PSOL e PCdoB, a Confecom nasceu em torno da salutar ideia de discutir propostas para revitalizar leis do setor que há muito caducaram. Mas, no fim de quatro dias de discussões (que incluíram até uma proposta de "diminuir a interferência da mídia no extermínio da diversidade da fala nacional"), o que resultou do encontro foi um funesto documento que revela quão vigorosamente os impulsos totalitários correm na veia da maioria de seus signatários.

Entre as mais soviéticas propostas aprovadas pela Confecom está a criação de um observatório de "conteúdos midiáticos", reencarnação do já rechaçado Conselho Federal de Jornalismo que o governo tentou impor há alguns anos a pretexto de coibir erros da imprensa, mas com o mal disfarçado propósito de submetê-la a censura prévia.

Na versão apresentada pela Confecom, o conselho natimorto vira uma espécie de tribunal cuja atribuição é julgar jornalistas nos casos em que seus textos não atendam a determinados critérios de qualidade – critérios esses a ser definidos pelos Torquemadas do tal observatório. É mais uma tentativa, em nova embalagem, da já manifestada pretensão petista de controlar os meios de comunicação – processo que, se não ocorrer pela coerção legal, tem também a chance de se dar via coerção financeira.

Assim, outra resolução aprovada pela Confecom é a redução, de 30% para 10%, do limite máximo de participação acionária de empresas estrangeiras em empresas de comunicação brasileiras. "Isso mostra o que a imprensa representa para esses segmentos: uma inimiga, organizadora social da burguesia e uma classe a ser combatida", resume o cientista social Demétrio Magnoli.

Para a turma da Confecom, enfim, a imprensa (ou a "mídia", segundo o termo apropriadamente monolítico adotado por seus participantes) opina demais, fala demais e, quem sabe, existe em demasia. Opinião semelhante tinha Fidel Castro quando aboliu todos os jornais em Cuba e estabeleceu que o Granma, a publicação oficial do Partido Comunista que hoje supre a falta de papel higiênico na ilha, seria o único a circular no país.

Na fala cínica de Fidel, a existência de mais de um jornal era um desperdício de recursos. As propostas da Confecom formam apenas mais uma pequena nuvem a turvar o horizonte da liberdade de imprensa na América Latina. A atmosfera anda bem mais pesada em outros países. Na Venezuela de Hugo Chávez, só neste ano foram fechadas 34 emissoras de rádio e TV. Na Argentina de Cristina Kirchner, o governo promove uma perseguição ao grupo editorial Clarín, disfarçada de contencioso fiscal. No Equador de Rafael Correa, jornais e revistas podem se tornar reféns de concessão estatal, renovável a cada ano.

No Brasil, felizmente, o presidente Lula tem-se declarado um defensor incondicional da liberdade de imprensa. Por isso também, as bobagens da Confecom dificilmente terão consequência prática. Enquanto Lula resistir aos liberticidas, o máximo a que os participantes dessas Confecons poderão aspirar é mais um dinheirinho público para seus convescotes (o custo deste para o bolso dos trabalhadores: 8 milhões de reais).

De caráter meramente propositivo, o relatório produzido pelo encontro será agora enviado ao Congresso a título de subsídio para os parlamentares. Espera-se que eles reservem ao documento destino tão nobre quanto o dado pelo povo cubano à imprensa oficial da ilha.

4 comentários:

gaia disse...

Li a reprodução de um post seu que estimulava a caça a animais em extinção. Ou o seu blog é uma grande piada irônica ou você é dono das opiniões mais lamentáveis com que já me deparei. Parabéns.

Aluizio Amorim disse...

Por favor, você poderia fornecer o link? Obrigado. Porém não costumo defender a caça de animais em extinção. Embora o extermínio de alguns tipos que atacam as lavouras é conveniente, ou pelo menos regulação sua proliferação.
Aguardo o link.
De toda sorte, grato pela sua visita ao blog. Não espero nunca a unanimidade dos leitores quanto àquilo que eu penso. Aliás, se assim procedesse estaria patinando numa incoerência, já que nós democratas defendemos o respeito à diversidade de idéias, diferentemente do que ocorre em regimes totalitários que impõem um pensamento único.

Anônimo disse...

NOTAS, INFORMAÇÕES & ATUALIDADES

- da DASLULLA, a ditadura comunofascista do Foro de São Paulo -


1) Fernando Sarney - esse grande democrata, filhotinho de um "cidadão incomum", "kumpanheirão" do Lulla - desistiu, num gesto midiático, da censura contra o Estadão. Censura que, como se sabe, foi avalizada, surpreendentemente, por seis ministros do nosso egrégio STF.

2) Por falar no nosso egrégio STF, ele acaba de patrocinar mais um triste espetáculo, com o adiamento da decisão contra o senador Valdir Raupp - um ferrenho aliado do desgoverno do Foro -, por crime cometido contra o sistema financeiro. O julgamento já havia sido adiado em 2007, quando o senador estava em desvantagem na votação, por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes (ex-Palócci, ex-Battisti e ex-Estadão). A prescrição de vários dos crimes arrolados tornou-se inevitável diante da demora na decisão sobre a aceitação da denúncia, que vem sendo enrolada desde 2003.

3) Terminou o convescote comunofascista patrocinado pelo desgoverno do Foro, com o nosso dinheiro, para debater a "democratização dos meios de comunicação", ou melhor, para fazer no país aquilo que o Foro de São Paulo vem fazendo com a liberdade de expressão nas outras ditaduras e protoditaduras da América Latina.

Atha disse...

Aluizio e seguidores da Liberty que foi tirada dos Abuzus que las Eblorabam explovam, estejam em alerta, isso é deblorabel deplorável, você poderá ser prezo se falar que o MST cometeu crime por invazão das Propriedades Impropriedades, Galiley que foi condenado por Subo Sumo Insumu Sacerdote deve estar tremendo.

Leia a seguir, o que o Confecom da Intervozes dos CNBBBispos querem impor, mas nenhum Jornalista os cita como os Chefes do Comunismo e izquerdismo, todos se escondem e fingem que "eu não sabia".

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) pediu ontem a criação de um "tribunal de mídia" para monitorar o "desrespeito aos direitos do cidadão" nos diferentes meios de comunicação, com ênfase no racismo, diversidade sexual, deficientes, crianças, adolescentes, idosos, movimentos sociais e comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas. Trata-se de uma das várias medidas contra a mídia endossadas pela conferência, encerrada ontem, em Brasília, depois de quatro dias de funcionamento. Significa que uma notícia sobre o MST, por exemplo, pode levar um veículo de comunicação ao "tribunal de mídia".

Como esta, outras decisões da conferência atacaram diretamente os meios de comunicação. Uma delas propõe a criação de mecanismos de controle social e participação popular em todos os processos de financiamento, obrigações fiscais e trabalhistas das emissoras de rádio e TV, além do conteúdo da programação.

O governo havia feito um acordo com os participantes da conferência para evitar esse tipo de proposta. Mas ontem a proposição foi aprovada por 395 votos a 362. O secretário-geral da Secretaria da Comunicação do Governo, Ottoni Fernandes Júnior, um dos que encabeçaram as negociações, disse que a medida passou por descuido. "Vamos dizer que tomamos um frango."

Contrário ao controle social dos meios de comunicação, o ministro Franklin Martins (Comunicação Social) disse que o governo vai analisar todo o relatório da Confecom para ver se será necessário editar algum decreto com propostas sugeridas, apresentar projeto de lei ao Congresso e o que deve deixar como está.

Houve também preocupação com o controle do exercício do jornalismo e o comportamento dos empresários. A conferência apoiou sugestão que pode atingir profundamente a liberdade de expressão. Quer que seja criado um Código de Ética do Jornalismo Brasileiro com mecanismos de controle público e social, com objetivo de garantir a qualidade da informação veiculada pelos meios de comunicação. Esse código deverá alcançar os jornalistas e os empresários. Antônio Teles, da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), representando os empresários, foi à tribuna dizer que a proposta era uma "ameaça a tudo o que signifique liberdade de expressão". O presidente da Fenaj, Sérgio Murilo, a defendeu.

ALERTA

A presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito, recomendou à sociedade que fique alerta quanto às propostas da Confecom, como a que insiste na tese de criação do Conselho Nacional de Jornalismo. "É uma tentativa de retornar com algo que já foi refutado pela sociedade brasileira", disse ela. Em 2004, o governo apresentou projeto de criação do conselho, com o objetivo de "orientar, disciplinar e fiscalizar" o trabalho dos jornalistas. "A sociedade reagiu e a ideia foi abandonada", lembrou Judith.

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