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quarta-feira, julho 14, 2010

ARTIGO ESPECIAL: O fascismo escancarado

Por Nilson Borges Filho (*)

Não é um ato isolado de determinado País, às voltas com uma oposição golpista ou com uma mídia comprometida com grupos extremados. O que existe, na realidade, é uma ação articulada entre diversos governos da América Sul tentando, por todos os meios, lícitos ou não, em monitorar a liberdade de imprensa e estabelecer limites sobre o que pode ou não ser publicado.

Depois de aparelhar o legislativo e o judiciário, linhas auxiliares do chavismo botocudo, o protoditador Hugo Chávez conseguiu, com o uso fa força, exterminar partidos oposicionistas e calar os meios de comunicação, que porventura tornassem públicas suas críticas ao regime autoritário, que está se consolidando na Venezuela e se propagando em seu entorno.

O último surto ideológico de Chávez foi colocar o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), polícia política do regime venezuelano, no encalço de Alejandro Esclusa, ex- candidato à presidência e atual presidente da UnoAmérica, organização que atua, às claras, em defesa da democracia na América. Esclusa foi preso, algemado e teve sua residência invadida pelos agentes do governo chavista.

O déficit democrático na Venezuela é assustador e periga piorar. Além da insegurança política, de um legislativo vendido e de um judiciário domesticado e feitos à vontade do seu dono, a Venezuela caminha para uma derrocada econômica sem igual na sua história. O número de pessoas que está abaixo da linha de pobreza avança exponencialmente. Uma convulsão social não está descartada num futuro próximo.

O pior disso tudo está no fato de que as ações do presidente venezuelano encontram eco em boa parte de governantes sulamericanos como, por exemplo, o presidente equatoriano. Rafael Correa, conhecido como o Chávez em compota, colocou no ar, através do sinal de duas emissoras estatizadas no seu governo, propaganda onde uma mulher lê um jornal e as letras se soltam atingindo seu rosto e, numa outra situação, cobras saem de uma tela de televisão.

A ideia do presidente Correa é a de criar - entre a população equatoriana - um clima de insatisfação com a mídia em geral. O momento é propício, uma vez que se encontra no parlamento do Equador, à espera de ser votado, um projeto de lei que visa colocar uma mordaça nos meios de comunicação desse país.

Vejam que coincidência: no projeto produzido pelos burocratas do governo de Rafael Correa está previsto a criação de um Conselho de Comunicação – integrado por prepostos do governo – com a finalidade de verificar o que é publicado, aplicar multas, exigir diploma de jornalista e, pasmem, fiscalizar a prestação de contas públicas sobre a linha editorial de cada veículo.

Correa defende a estatização de emissoras, sustentando que isso faz parte da linha político-ideológica do “socialismo do século XXI”, protagonizado pelas diretrizes traçadas pela Aliança Bolivariana para as Américas – Alba.

O Brasil de Dilma Rousseff e do neopeleguismo chinfrim, não abre mão do “controle social da mídia”. Ou seja, eliminar a liberdade de expressão.

(*) Nilson Borger Filho é doutor em Direito, professor e articulista colaborador deste blog.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Coronel,
A coisa está tão feia que o artigo já foi ultrapassado pelos fatos. Com o depoimento do secretário da Receita, houve mudança de patamar. Não mais se trata apenas de ameaça à liberdade de imprensa. É de se repetir no Brasil a totalidade dos eventos ditatoriais da Venezuela.

Anônimo disse...

Só a guerra civil pode salvar os Venezuelanos.