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segunda-feira, novembro 15, 2010

ROMBO NO BANCO DO SÍLVIO SANTOS PODE SER MAIOR

O rombo no Banco PanAmericano e na empresa de cartão de crédito do grupo Silvio Santos pode ser maior do que os R$ 2,5 bilhões informados até agora.

A cifra é resultado da soma de um buraco de R$ 2,1 bilhões em operações de crédito do banco e de R$ 400 milhões na área de cartões.

Mas a informação de que há um rombo dessa magnitude nas operações de cartão de crédito foi passada ao Banco Central pelos próprios dirigentes da holding do apresentador, segundo a Folha apurou.

Como R$ 400 milhões é uma estimativa dos dirigentes do grupo de quanto seria necessário para cobrir "potenciais problemas" com cartões e não foi determinado por fiscalização ou auditoria externa, há risco de que seja impreciso.

O que significa que o rombo total pode ser maior que os R$ 2,5 bilhões reportados, segundo a Folha apurou.

De acordo com auditores do BC, as informações declaradas pelo grupo em relação ao rombo na empresa de cartões de crédito ainda não foram conferidas.

Uma autoridade envolvida na fiscalização do PanAmericano disse à Folha que o tamanho exato do rombo só vai ficar claro à medida que avance o trabalho de escrutínio nas contas da empresa de cartões do grupo -e do próprio banco- tocado até agora principalmente pela nova diretoria.

A suspeita maior é de que os problemas na empresa de cartão de crédito sejam de natureza parecida com o que ocorria nas operações de empréstimo do banco: valores a ser recebidos de clientes no futuro eram inflados nos balanços, aumentando artificialmente o resultado. 

FALTA DE FISCALIZAÇÃO
Os dirigentes do grupo de Silvio Santos se manifestaram a respeito da existência de um rombo na área de cartões apenas depois que o BC havia detectado a fraude.


O BC não fiscaliza a área de cartão de crédito, o que facilita desvios. A falta de fiscalização também dificulta a apuração de problemas.

Especialistas em direito bancário, como o advogado Jairo Saddi, coordenador do curso de direito do Insper, defendem há anos a inclusão do setor de cartões de crédito como atividade financeira, o que implicaria na fiscalização do Banco Central.

A autoridade monetária, no entanto, resiste à ideia.

As primeiras irregularidades encontradas pelo BC no PanAmericano foram operações de venda de uma mesma carteira de crédito para duas instituições diferentes.

Vender para outro banco o direito de receber as prestações de empréstimos concedidos é prática comum.

Bancos de porte médio como o PanAmericano fazem isso para levantar dinheiro rapidamente a fim de conceder novos empréstimos. 

PREJUÍZO DISFARÇADO
Segundo a Folha apurou, não há dúvida entre autoridades envolvidas no caso de que as irregularidades no PanAmericano foram resultado de fraude e não de erro.


Há indícios de que executivos do banco armaram essas operações fraudulentas para cobrir o resultado deficitário do banco, transformando prejuízo em lucro.

Os problemas financeiros do PanAmericano foram resultado da combinação de dois fatores: custos altos e inadimplência elevada.

Sem base significativa de correntistas, o banco pagava caro para captar recursos no mercado. Além disso passou a ter problemas de inadimplência (o foco do banco são crédito consignado e financiamento de veículos). 

O banco tinha de lidar ainda com outros custos altos -também amargados pelos demais bancos, especialmente os de médio porte- como o pagamento de comissões para os "pastinhas". 

É como são chamados os trabalhadores autônomos que captam clientes para os bancos, batendo de porta em porta, visitando empresas e repartições públicas. Da Folha de S. Paulo desta segunda-feira

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4 comentários:

Escatopholes disse...

Eu não sei porque, mas essa história do rombo do banco do SS está estranha. Partindo do óbvio de que SS não é tão ingênuo como alguns pensam, poder-se-ia desconfiar que aí houve sim desvio de dinheio, mas, talvez, com a participação de todos.
Talvez seja uma maneira de passar o SBT para frente visto que SS parece não ter a quem deixar a rede como herança.

Anônimo disse...

O que é a vida....
eu fico imaginando qual seria a reação da esquerda se o rombo do banco panamericano tivesse ocorrido no governo FHC e o mesmo tivesse prestado socorro. Estariam nas ruas, coordenando passeatas, protestos e dando entrevistas condenando o caso do banco panamericano. Mas, como SÃO ELES os atores principais desta óper bufa com o NOSSO DINHEIRO, está tudo bem. ACORDA, OPOSIÇÃO!

Anônimo disse...

Incrível, esta vocação para o pior, que parte dos filhos desta pátria sem futuro demonstram.

Anônimo disse...

O homem do golpe do Baú abraça o cachaceiro e ambos dizem não saber de nada: è muita cara de pau, para não utilizar o termo adequado para definir essa dupla!
FOGO NELLES!!!
Eduardo.45