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quarta-feira, setembro 05, 2012

PSDB CONTRA-ATACA: "REESCREVER A HISTÓRIA É TENTAR NEGAR A EXISTÊNCIA DO MENSALÃO".

Transcrevo como segue comentário do jornalista Augusto Nunes assinalando que a Oposição, leia-se PSDB, acordou do seu estado de hibernação. Na sequência o editorial lançado pelo PSDB nesta terça-feira. Leiam:

“Reescrever a história é tentar negar a existência do mensalão”, afirma a direção do PSDB em editorial divulgado nesta terça-feira, poucas horas depois da publicação no site do Instituto Teotônio Vilela do texto que respondeu à nota oficial da presidente Dilma Rousseff. Depois de dez anos de omissão, o principal partido oposicionista enfim assumiu a defesa do legado de Fernando Henrique Cardoso. Num único dia, fez duas vezes o que se dispensou de fazer desde a campanha presidencial de 2002.

São irrelevantes, no momento, a forma e o conteúdo da contra-ofensiva. Importam muito mais os sinais de que a greve da oposição, denunciada por Reinaldo Azevedo com o endosso imediato desta coluna, parece estar chegando ao fim.

EM DEFESA DO CONTRADITÓRIO
A democracia brasileira, conquistada a duras penas, pressupõe o contraditório, coisa com a qual o PT não consegue lidar bem. Só isso justifica o grande incômodo provocado no último fim de semana pelo artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no qual ele dá exemplos da herança pesada herdada do governo Lula pela presidente Dilma Rousseff.

Nos causa surpresa, em especial, a reação da presidente Dilma Rousseff, que, cedendo às pressões de seu partido, acabou se excedendo na defesa do legado recebido de seu antecessor. Infelizmente, usando os mesmos métodos utilizados pelo ex-presidente Lula: este sim um especialista em tentar reescrever a história brasileira de acordo com suas conveniências.


Basta lembrar as inúmeras tentativas do ex-presidente Lula e de vários de seus aliados em tentar negar a existência do mensalão. Uma tese, aliás, que o Supremo Tribunal Federal vem derrubando a cada dia com as condenações que já começaram a ser proclamadas.


No afã de defender a herança recebida de Lula, a presidente Dilma incorreu em alguns erros ao ressaltar que seu antecessor havia recebido um país sob “intervenção” do Fundo Monetário Internacional (FMI) do governo FHC.


Esqueceu a presidente de lembrar o pânico gerado, em 2002, nos meios financeiros só com a possibilidade de vitória do candidato do PT, o que chegou a provocar corrida bancária e forte elevação da taxa de juros, além de desencadear pressões inflacionárias.


Estas, sim, foram as razões que levaram o então presidente Fernando Henrique a negociar um acordo com o FMI. Um acordo, aliás, que teve o aval de todos os candidatos à Presidência, inclusive o do PT.


De fato o ex-presidente Lula não cedeu à tentação de disputar um terceiro mandato, como chegaram a pregar muitos de seus correligionários, mas não pestanejou em disputar a reeleição, garantida pelo Congresso Nacional em votações qualificadas e com o apoio majoritário da sociedade brasileira.


O mais curioso é que, mesmo há quase uma década no Poder, o PT ainda insista em atribuir à gestão tucana os males que não conseguiu consertar no país ou que reedite, sem cerimônia, políticas que tanto criticou como a das privatizações, hoje rebatizada como concessões à iniciativa privada.


Pior ainda é que o PT tente atribuir a adversários comportamentos golpistas, enquanto nos bastidores trabalha pela implantação de um projeto hegemônico, através do qual imagina ser possível aniquilar a oposição no Brasil.

Nada nos fará calar diante do que nos parecem erros graves, mas sempre com equilíbrio e sem faltar com a verdade.

3 comentários:

Anônimo disse...

Acordaram tarde, mas ainda dá tempo.
Acho que os tucanos perceberam que se não mudassem as suas posições, o PT lentamente destruiria a democracia no Brasil e se tornaria o partido único aos moldes do PC chinês, coisa que nem Hugo Chavez conseguiu na Venezuela.
Enfim, os tucanos tinha medo da radicalização petista, mas a verdade é que Lula lentamente estava conseguindo coaptar toda a sociedade, talvez esta eleição seja o momento da virada dessa triste situação.

Anônimo disse...

Para o Serra ler:
"Eu lhes trago uma mensagem antiga, que se renova a cada dia: a democracia, com todas as suas imperfeições, ainda é o melhor caminho para resolvermos as nossas diferenças.

Eu lhes trago aqui uma convicção antiga, que se prova verdadeira a cada dia: a igualdade sem a liberdade é justiça tirana; a liberdade sem a busca da igualdade é injustiça cordial. E nós somos aqueles que lutam por um mundo justo, porém amoroso.

Eu lhes trago aqui uma crença antiga, que se faz viva a cada dia: a única razão de ser de um governo, em qualquer esfera, é cuidar das pessoas. E esse cuidado implica criar as condições para que cada brasileiro tenha plenas condições de cuidar de si mesmo.

Sou antigo porque acredito na democracia.
Sou antigo porque acredito na igualdade.
Sou antigo porque acredito na liberdade.
Sou antigo porque acredito na Justiça.
Sou antigo porque acredito na eficiência.
Sou antigo porque acredito na autonomia.

E, por isso, minhas caras, meu caros, por isso mesmo, eu sou muito jovem. Aos 70 anos — eu tenho orgulho da minha idade, eu tenho orgulho da minha luta, eu tenho orgulho da minha história —, eu posso lhes dizer que a idade de uma mulher e a idade de um homem não se medem apenas pelo tempo que viveram, mas também por sua experiência e por sua capacidade de se renovar.

A luta por democracia, por igualdade, por liberdade e por justiça é bem mais velha do que eu, bem mais velha do que todos nós. Ela acompanha a trajetória humana desde os seus primórdios. Que proclamem por aí: a experiência que acumulei em diversos cargos públicos vale bem mais, se quiserem, do que os 70 anos que tenho.

A juventude de uma mulher e de um homem está na sua ousadia.
A juventude de uma mulher e de um homem está no combate ao preconceito.
A juventude de uma mulher e de um homem está na sua inquietude.

E eu tenho a satisfação de ter construído uma carreira política que ousou dizer “não” ao arbítrio, que lutou contra o peso das ideias mortas, que soube se renovar e se preparar para o futuro.

O que pode haver de mais velho neste país do que a incompetência?
O que pode haver de mais velho neste país do que a aposta na impunidade?
O que pode haver de mais velho neste país do que a aposta no vale-tudo?
O que pode haver de mais velho neste país do que a corrupção, que rouba a o futuro de nossas crianças e de nossos jovens e sequestra o presente de nossos homens e mulheres?

Velha, no Brasil, é velhacaria!
Velho, no Brasil, é o autoritarismo!
Velho, no Brasil, é o vale-tudo.

Hitler se tornou chanceler da Alemanha antes de completar 44 anos. Todos conhecem as consequências. Fez o que fez porque era jovem? Não! Produziu a tragédia que produziu porque, na verdade, velhas eram suas ideias. Konrad Adenauer assumiu a chancelaria da Alemanha Ocidental, em 1949, aos 73 anos e conduziu o país até os 87 anos. Só deixou o Parlamento ao morrer, em 1967, aos 91!

Hitler matou milhões porque, sendo jovem, era muito velho.
Adenauer salvou a democracia porque, sendo velho, era muito jovem.

Podem me chamar de velho. Fico feliz que não possam me chamar de velhaco. Os jornalistas lembrarão que Ulysses Guimarães já disse isso antes. É verdade. Foi na disputa eleitoral de 1989, quando perdeu para Lula e Collor.

Ulysses perdeu a eleição, mas não perdeu a vergonha na cara. Eu quero, sim, ganhar a eleição. Mas, para tanto, não aceito a perder a vergonha".
[Reinaldo Azevedo - Veja]

Anônimo disse...

"Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos
difíceis. Claro que, no reverso da medalha, foi promovida ampla
modernização das nossas estruturas materiais. Fica para o historiador
do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos."

Mas uma evidência salta aos olhos: a honestidade pessoal de cada um!

Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os
herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e
umas poucas ações de empresas públicas e privadas.

Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o
privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras,
deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em
construção, em Copacabana.

Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de
gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da
Aeronáutica, no Galeão.

Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o
Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder
manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado de lamentável conservação.

OBS: foi operado no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio.

Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem
ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram
nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus
governos.

Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou
agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente
remuneradas.

Bem diferente dos tempos atuais, não é?
Pois é... o pior é que ninguém faz nada !
Acrescento: nenhum deles mandou fazer um filme pseudo biográfico, pago com dinheiro público, de auto-exaltação e culto à própria personalidade!

Nenhum deles usou dinheiro público para fazer um parque homenageando a própria mãe.
Nenhum deles usou o hospital Sírio e Libanês.
Nenhum deles comprou avião de luxo no exterior.
Nenhum deles enviou nosso dinheiro para "ajudar" outro país.
Nenhum deles saiu de Brasília, ao fim do mandato, acompanhado por 11 caminhões lotados de toda espécie de móveis e objetos roubados.
Nenhum deles exaltou a ignorância.
Nenhum deles falava errado.
Nenhum deles apareceu embriagado em público.
Nenhum deles se mijou em público.
Nenhum deles passou a apoiar notórios desonestos depois de tê-los chamado de ladrões.