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Triunvirato vermelho mantém suspensão ao Paraguai |
O que os chanceleres discutiram nesta quinta foi a decisão tomada em junho. “Não há alteração da suspensão”, disse o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, acrescentando que os ministros vão “continuar examinando e acompanhando” a situação no país vizinho.
O Paraguai foi suspenso dos dois blocos no final de junho, sob o argumento de que o impeachment de Fernando Lugo correspondeu a uma ‘ruptura’ da ordem democrática no país. Com a suspensão, abriu-se caminho para a entrada da Venezuela – apenas o Paraguai era contra.
Apesar de rápido (durou apenas dois dias), o processo de impeachment respeitou a Constituição do país, que vive uma democracia plena. A admissão da Venezuela, no entanto, ocorreu sem que fossem contestados os traços semiditatoriais do governo de Hugo Chávez.
O Paraguai terá novas eleições presidenciais em abril do ano que vem. Unasul e Mercosul querem enviar observadores para acompanhar o processo eleitoral, mas o presidente Federico Franco não parece disposto a permitir esse acompanhamento. Franco qualifica as suspensões como uma “cruzada de perseguição” que procura “coagir” o país e “restringir o pleno exercício de seus direitos soberanos”.
CHÁVEZ NÃO VIRÁ
O encontro em Brasília também analisa o processo de adaptação da Venezuela às normas do Mercosul. Hugo Chávez não deverá participar da cúpula. Apesar de o cancelamento de sua participação no evento não ter sido confirmado oficialmente, fontes do Itaramaty informaram que ele não viajará ao Brasil. O país deverá ser representado pelo vice de Chávez, o chanceler Nicolás Maduro.
Chávez viajou a Cuba para um tratamento de saúde. Desde junho do ano passado, quando foi diagnosticado com um câncer, o coronel já foi submetido a três cirurgias em Cuba para combater a doença.Na solicitação enviada à
Assembleia Nacional no final de novembro, para que pudesse se ausentar do país, Chávez afirmou que o tratamento consolidaria “o processo de fortalecimento” de sua saúde. No entanto, as dúvidas sobre seu real estado de saúde permanecem.
Chávez não aparece em público desde 15 de novembro e também não foram divulgadas imagens de sua chegada a Cuba como ocorreu em viagens anteriores.
Sua participação no encontro em Brasília marcaria a estreia venezuelana como membro do Mercosul. Sua ausência só aumentará os rumores sobre sua saúde. Nelson Bocaranda, autor de boletins não autorizados sobre o estado de saúde do coronel, publicou em seu blog que os médicos recomendaram a Chávez que não viajasse. O jornalista cita que foi considerada a possibilidade de o tirano aparecer em público enfraquecido, o que seria negativo em um momento de campanha para eleições regionais na Venezuela.
Mas o jornalista faz uma ponderação: “assim como tirou forças de onde não tinha para chegar ao 7 de outubro, pois traçou esta meta, também poderia desenvolver essa motivação” para aparecer em Brasília até esta sexta.
No dia 7 de outubro, Chávez foi reeleito para o quarto mandato consecutivo, depois de ter sua campanha comprometida pelo tratamento contra o câncer. A estratégia de campanha dar informações desencontradas sobre a doença – nem mesmo a localização exata dos tumores foi revelada. Do site da revista Veja
2 comentários:
Li ontem no blog do Cláudio Humberto que o Chaves está nas últimas. Já vai tarde.
COMUNISTA BOM E' COMUNISTA MORTO
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