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quinta-feira, dezembro 24, 2009

VEJAM SÓ O QUE OBSERVA O 'OBSERVATÓRIO'

O Alberto Dines, velho de guerra da imprensa brasileira, escreveu um desses textos sem pé e nem cabeça, uma coisa muito estranha a respeito da famigerada Confecom, a Conferência de Lula para amordaçar a imprensa.

Evoca um tal Conselho de Comunicação Social (ah...sempre os conselhos e seus conselheiros estúpidos que normalmente tentam propor a censura à imprensa) e pasmem! leva a sério o convescote esquerdista que se realizou em Brasília, bancado com dinheiro público (R$ 8 milhões, segundo os dados oficiais divulgados), e que propôs a criação de um "Tribunal da Mídia", para monitorar e punir jornalistas e veículos de comunicação!


O Dines, outrora combatente da censura à imprensa durante o regime militar, cedeu lugar a outro, vamos dizer assim, mais afeito à atualidade política botocuda produzida por esses quase oito anos de lulismo.

Se pensavam que Alberto Dines, do alto de seu "Observatório da Imprensa" iria condenar essa tentativa de amordaçar a imprensa, enganaram-se. Dines preferiu tripudiar sobre os empresários da comunicação, que qualifica de intransigentes por se negarem a participar de uma conferência de cartas marcadas e na qual comporiam uma minoria alvo da fúria bestial dessas viúvas do finado comunismo. Uma coisa ridícula!

Feito este prólogo, transcrevo o que diz Alberto Dines a respeito da (argh!) Confecom e dou link para lerem o escrito na íntegra, em cuja primeira parte, segundo observei aqui do meu 'observatório politicamente incorreto', constata-se que Dines também faz coro agora com os ecochatos. Leva a sério também a tal Cop 15 e os prosélitos da hecatombe do aquecimento global.

Leiam a parte dedicada à Confecom:

Tudo como dantes

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) realizada em Brasília teve todos os defeitos estruturais dos eventos, acrescidos da falta de experiência. Vilã foi a ausência das seis maiores corporações empresariais – que não se importaram em assumir publicamente o papel de algozes do consenso. Não queriam o confronto e ingenuamente ajudaram a prepará-lo a médio prazo. Isso não é estratégia, é absoluta falta de inspiração e de malícia.

O erro maior foi a fascinação com o espetáculo político. O governo que assistiu impassível à brutal liquidação do Conselho de Comunicação Social (CCS) deveria tê-lo reavivado no início de 2009. Reeleito para presidir o Senado, José Sarney jamais permitiria o renascimento de uma entidade que detesta antes mesmo de regulamentada (ver "E a sociedade civil?", na edição nº 1 desde Observatório). O governo não tentou demovê-lo, preferia não ameaçar a coesão da base aliada.

O CCS seria o incubador natural de uma agenda para desintoxicar o ambiente, modernizar a estrutura e distender as posturas do setor de mídia. Como órgão auxiliar do Congresso Nacional, desprovido de poder, poderia ao menos identificar as carências, produzir diagnósticos e reconhecer oportunidades mais visíveis.

Ao longo dos seus dois anos de existência efetiva (2003-2005), o CCS jamais registrou confrontos entre empresários, profissionais e representantes da sociedade civil. Num ambiente restrito, obrigatoriamente marcado pela civilidade, seria possível desenvolver aquela pequena plataforma de convivência e negociação. Isso não interessava aos quase 50% de parlamentares-concessionários (Sarney incluído). Muito menos às redes de radiodifusão às quais estão atrelados.

A Confecom fez barulho, chamou a atenção, obrigou o grosso do empresariado a revelar a sua intransigência, mas dificilmente produzirá qualquer alteração substantiva antes das próximas eleições presidenciais.

Eventos chamam a atenção, mobilizam apoios e também estimulam resistências. É tênue a linha que separa o evento exitoso do evento fracassado. Instrumentos produzem resultado. Se quiser ler o ARTIGO COMPLETO clique AQUI

Um comentário:

Atha disse...

Observatório da Intervozes da CNBB, lança série "Debates Fundamentais".

Portal lança série especial que vai jogar luz sobre temas como "Convergência Digital" e "Sistema Público". Quatro documentos, que serão lançados até o fim de janeiro, vão se transformar em revista digital sobre a Comunicação no Brasil.

A equipe do site Observatório do Direito à Comunicação publicou recentemente os dois primeiros documentos da série "Debates Fundamentais" abordando os temas da “Convergência digital e o direito à comunicação” e do “Sistema Público no Brasil”. Os outros assuntos que compõem o material são “Controle Público e social” e “Gestão do Espectro” e estarão disponíveis no site até o fim de janeiro.

O Observatório, que já lançou trabalhos semelhantes a este, agora busca focar e aprofundar em conceitos muitas vezes difíceis de serem entendidos e acompanhados. “Esta série tem um perfil de provocar discussões e mapear a situação de alguns temas importantes para a efetivação do direito à comunicação”, explica Cristina Charão, editora do site.

Os temas que estão no especial também fizeram parte dos eixos temáticos definidos para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que aconteceu entre os dias 14 a 17 de dezembro.

Entre a diversidade de assuntos sobre Comunicação a escolha dos quatro já citados está relacionada com algumas sinalizações surgidas no processo de organização da Confecom. “Eles foram pensados justamente pela centralidade nas discussões da Conferência, mas não se encerra com a sua realização”, indica Cristina.

De acordo a editora, nos temas “Controle público e social dos meios de comunicação" e “Sistema Público” o desafio não estava em buscar dados. "Esses debates estão mais no terreno da disputa simbólica, da briga por estabelecer conceitos”, esclarece.

Para assuntos como convergência digital e gestão do espectro – via de transmissão dos sinais de rádio e TV’s -, Cristina considera que é preciso trazer dados de mercado, mas "o mais importante, em todos os casos, é dar a estes debates o viés do Direito à comunicação”, defende.

Perspectivas - Todos os documentos foram produzidos com apoio da verba recebida com o prêmio Ponto de Mídia Livre, do Ministério da Cultura, e a idéia não é que haja outros. “Para o ano que vem, devemos produzir outros quatro especiais, ainda sem temas definidos. Estamos inclusive pensando em fazer um que reflita sobre o processo da Confecom e seus desdobramentos”, antecipa Cristina.