TRANSLATE/TRADUTOR

segunda-feira, agosto 29, 2011

UM SHOW DE JAZZ ÀS VÉSPERAS DA SOCIEDADE OCIDENTAL COMEÇAR A SER VILIPENDIADA PELA DELETÉRIA CONTRACULTURA

>
Para começar esta segunda-feira trago para vocês uma apresentação especial de Anita O'Day, célebre cantora de jazz americana. Ela canta duas músicas que são consagrados standards do jazz: Sweet Georgia Brown e Tea for Two em dois arranjos onde ela mostra o completo domínio da voz e dá um passeio nos improvisos dialogando intensamente com o trio de piano, baixo e bateria que a acompanha.
Aproveito este vídeo para formular algumas reflexões (êpa!) no que tange ao tipo de sociedade que se tem em 2011 e aquela que se tinha nos anos 50 do século XX. Sim, porque esta filmagem retrata o Festival de Jazz de Newport, nos Estados Unidos, em julho ou agosto de 1958.
O evento ocorre no auge do verão do hemisfério norte, ao ar livre. O público é grande, porém ordeiro e concentrado no espetáculo. O ambiente, diria, é familiar. Há jovens pais mimando seus bebês no embalo sincopado da música. As pessoas se comportam com elegância e educação; estão bem vestidas, num clima de absoluta paz. Trata-se, portanto, de algo muito diferente o que ocorre neste século XXI em shows ao ar livre.
Esse tipo sociedade que prezava os valores da educaçãos, os bons modos e a elegância e que permitiu  o extraordinário progresso dos Estados Unidos que contaminou positivamente todo o mundo ocidental, já estava nessa época - o final dos anos 50 - à beira do precipício da denominada contracultura que originou o movimento hippie, o culto às drogas e à anarquia social e política. Reparem que em certo momento a câmera flagra um tipo que destoa da maioria, usando barba e chapéu, tragando a fumaça de um cigarro, com aquele olhar em soslaio... Eles já começavam a aparecer.
Uns cinco ou seis anos depois dessa memorável apresentação de Anita O'Day em Newport o mundo já não seria mais o mesmo. O glamour, a educação e o respeito à lei e à ordem começavam a ser estraçalhados.
Foi no embalo do movimento também chamado de underground, que surgiram os primeiros fundamentos do pensamento politicamente correto. A partir daí o mundo mudou. E mudou para pior, pois nessa guerra de valores venceram os vagabundos, os vadios, os imundos, os drogados, os falsos pacificistas que se contrapunham à cultura ocidental e, de forma especial, à ética do trabalho. E tem mais: essa gente constituia um bando de anti-higiênicos e, quem sabe, provavelmente foram os vetores do virus da AIDS.
No âmbito político essa vagabundagem se perfilava em torno de promessas socialistas, comunistas e assemelhadas. O pacifismo por eles entoado acabou edulcorando regimes ditatoriais odiosos, como o cubano, tanto é que foi naquela época que a foto de Che Guevara começou a estampar as camisetas dos hippies. 
O estrago causado por essa guinada anárquica da sociedade ocidental foi tão grande que chegou a destruir inclusive a produção cultural de bom gosto e alto nível, seja na música, nas artes plásticas, na literatura, enfim, em todos os setores artísticos. Sem falar no fato de que o movimento contracultural contaminou seriamente as universidades imprimindo nelas o seu viés ideológico. Depois de cerca de meio século da eclosão desse movimento idiota tem-se aí o resultado: a destruição da família e o aumento inaudito da violência que campeia em todas as regiões do planeta. O que poderia parecer moderno e avançado nos anos 60 do século passado, tipificado pelo slogan Make Love, Not War, resultou nesse ambiente que caracteriza o século XXI, onde os cidadãos vivem numa verdadeira roleta russa e só podem contar com a sorte para sobreviver ante o assédio permanente e impune dos bandidos.
A reflexão que faço tomando por base um documentário de um concerto de jazz de 1958 do século passado não se trata de nostalgia, sentimento que reputo como dos mais cretinos, haja vista para o fato de que não tem qualquer sentido. Estou apanhando uma cena do passado como paradigma para examinar o presente. A constatação resulta inelutável. Verifica-se que houve uma degeneração dos hábitos e costumes, ou seja, um apodrecimento do tecido social, que se vai esgarçando ainda mais pela ação corrosiva do pensamento politicamente correto que considero o maior flagelo deste século. Não se trata de pregar o retorno ao passado; trata-se de de corrigir o presente no sentido de se preservar os principais valores da civilização ocidental da qual são emblemas a democracia e a liberdade.
Tenham todos uma ótima semana. O blog será atualizado no decorrer do dia.
CLIQUE E SIGA ---> BLOG DO ALUÍZIO AMORIM NO TWITTER

Um comentário:

Anônimo disse...

Segundo estudiosos dos movimentos revolucionários, a contracultura deletéria iniciou-se já no século XVI, teve impulso com a Revolução Francesa e tem se aprofundado com as revoluções socialistas, feminismo, gayzismo e por afora vai. Esse jazz aí dos anos 60, apesar do bom batido, já estava no olho do furacão da contracultura venal.

Sugiro boa leitura:

http://www.cchla.ufrn.br/shXIX/anais/GT48/Revoluo%20e%20Contra-Revoluo%20numa%20perspectiva%20histrica.pdf