FLORIANÓPOLIS DEBATE PROJETO DA TERCEIRA PONTE. VEJA A FOTO DA MAQUETE

Maquete da terceira ponte de ligação Ilha-Continente

O governador Raimundo Colombo apresenta a maquete eletrônica com a proposta de uma nova ponte entre a Ilha e o Continente. Ele também assina abre o processo de licitação para o projeto executivo. Estimada em R$ 1,1 bilhão, a quarta ponte tem prazo de conclusão de quatro anos.

O secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, afirma que esta nova obra deve resolver os problemas no acesso à Ilha de Santa Catarina.

— Aquela ponte (a quarta) vale por duas. Serão oito faixas, além das destinadas para pedestres e ciclistas. Uma coisa jamais imaginada no Estado. Nosso estudo prevê 300 mil veículos passando pelas pontes por dia em 2020, quase o dobro dos que percorrem hoje. Com a nova travessia, vamos salvar o trânsito de Florianópolis — afirma.

Acompanhe ao vivo ao lançamento do projeto da quarta ponteO Diário Catarinense acompanha, a partir das 15h, a apresentação do projeto para a quarta ponte entre a Ilha de Santa Catarina e o Continente e a assinatura do edital de licitação para o projeto executivo. Clique AQUI para acompanhar online o lançamento do projeto a partir das 15 horas de hoje

MEU COMENTÁRIO: Como não conheço o projeto não posso emitir uma opinião. Tremos que aguardar.

Todavia, a iniciativa do governador Raimundo Colombo é louvável sob todos os aspectos. Florianópolis como já afirmei inúmeras vezes é uma cidade permanentemente assediada por forasteiros de todos os quadrantes do Brasil e do mundo! Esta que é uma das menores capitais do Brasil em população e território, mas tranformou-se no principal destino turístico do Brasil e exerce um fascínio sobre todos os visitantes. São milhares de pessoas em todo o país e do mundo que desejam viver em Florianópolis. 

O resultado disso é que a capital catarinense tornou-se uma cidade infernal no que respeita ao trânsito, que no linguajar politicamente correto denomina-se mobilidade urbana. Sua população cresceu muito, de forma inaudita, a ponto das vias públicas sofrerem um desgaste nas pistas asfaltadas em nível recorde. As obras de manutenção passam a ser feitas em períodos curtos e cada vez que são necessárias produzem verdadeiro caos no trânsito.

Mas eu considero que a par das inadiáveis obras como a terceira ponte de ligação Ilha-Continente, o maior problema de Florianópolis é a segurança pública. De uns três ou quatro anos para cá a capital dos catarinenses transformou-se num caldeirão de violência. Hordas de botocudos imigram para cá e se instalam de forma completamente descontrolada por todos os cantos da Ilha. Praias como Ingleses e Canasveiras já somam população superior a de muitos municípios catarinenses. Surgem favelas por todos os lados. Transitar à noite pela cidade tornou-se altamente perigoso.

Um dos grandes problemas é que Florianópolis atrai pelas suas belezas naturais e as 42 praias que bordam a Ilha.

Entretanto, a maioria dos forasteiros que aportam por aqui vem para a praia, vivem de bicos e o setor de serviços, que é fundamental numa cidade turística, não possui mão-de-obra qualificada. Quem vem para Florianópolis não vem em busca de trabalho, mas para curtir a praia. O trabalho para esses migrantes é apenas um quebra-galho. Há uma mobilidade espantosa de trabalhadores nas empresas e que aumenta significativamente com a chegada do verão.

Portanto, deixo aqui um apelo ao governador Raimundo Colombo para, sem descuidar da questão da mobilidade urbana, atacar de frente e com total destemor a questão da segurança pública impondo a tolerância zero, ordenando o fechamento de bares e botecos as 23 horas, como ocorre nas metrópoles da Europa. O ideal também seria a emissão de vistos para a entrada de forasteiros na cidade. O sistema de segurança pública de Florianópolis e de todo o Estado catarinense tem de ser reconfigurado urgentemente. 

E ainda há a questão do saneamento urbano. A cidade, como o resto do Brasil, não possui cobertura de esgoto tratado. O que existe é ínfimo. Se essa questão não for considerada o mar que circunda a Ilha tornar-se-á uma completa cloaca o que acabará destruirá o turismo, sem falar na proliferação de doenças. E como os médicos sanitarista sabem a prevenção das doenças começa pela higiene.

O que alinhei acima são apenas alguns dos principais problemas de Florianópolis que se conjugam com a obsolescência do sistema de tráfego de veículos.

A iniciativa do governador Raimundo Colombo , como afirmei, é digna dos aplausos dos florianopolitanos. Afinal, alguma coisa tem de ser feita e de forma urgente. Nesse aspecto Colombo dá mais um passo importante para dotar Florianópolis de infra-estrutura inadiável. A duplicação da rodovia em direção ao Norte da Ilha já está quase em fase de conclusão. Mas tem ainda a questão do acesso ao aeroporto que também tem de ser solucionada urgentemente.

Outra coisa: o governo catarinense não pode fraquejar perante a idiotia ecochata constituída por um bando de forasteiros que não foram chamados para cá e que só prejudicam a cidade com seus movimentos contra o progresso e a modernização da cidade.

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