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segunda-feira, outubro 15, 2012

JORNALISTA ARGENTINO CRÍTICO DO CHAVISMO É DETIDO NA VENEZUELA PELA POLÍCIA POLÍTICA DE CHÁVEZ

O jornalista argentino Jorge Lanata, um dos principais nomes da imprensa argentina teve suas reportagens apagadas de todos os computadores de sua equipe pela polícia política de Chávez.
Um dos mais conhecidos jornalistas da Argentina, colunista do jornal Clarín e apresentador do programa "Periodismo para Todos" (Jornalismo para Todos) no canal El Trece, Jorge Lanata foi detido no final da tarde desta segunda-feira no aeroporto de Caracas, quando se preparava para voltar a Buenos Aires. Lanata e sua equipe foram levados por agentes do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) ao subsolo do aeroporto, onde foram interrogados por cerca de duas horas. Segundo o jornalista, o material jornalístico que existia em computadores, tablets e celulares carregados por ele e sua equipe de produção foi apagado.

"Apagaram tudo", disse Lanata antes regressar à Argentina. "Foi insólito. Nos acusaram de espionagem. Nos interrogaram, principalmente eu e Nicolás Wiñazki (jornalista do Clarín). Examinaram exaustivamente os equipamentos e recolheram nossos passportes". Detido por volta das 16h30 (18 horas em Brasília), o grupo só foi liberado para pegar o avião de volta a Buenos Aires pouco antes das 19 horas locais. 

Corrupção – Jorge Lanata e sua equipe estavam na Venezuela desde a semana passada para cobrir a eleição presidencial de 7 de outubro, na qual Hugo Chávez conquistou seu quarto mandato. Crítico contumaz do autoritarismo do caudilho venezuelano – e também da adminstração de Cristina Kirchner –, Lanata exibiu neste final de semana na TV argentina uma reportagem especial sobre o enriquecimento da família Chávez desde sua chegada ao poder, 14 anos atrás.  

O programa mostrou a evolução patrimonial de parentes e pessoas próximas a Hugo Chávez, além dos diferentes cargos que ocuparam ao longo do tempo. Em uma entrevista do ex-deputado chavista Rafael Jiménez , o clã foi denunciado por corrupção. "Os carros, os luxos, as casas. A maneira como eles mudaram dramaticamente seu modo de vida é uma coisa que está à vista de todos", disse o antigo parlamentar. 

Provocação – Horas depois do episódio no aeroporto de Caracas, o embaixador da Argentina na Venezuela, Carlos Cheppi, negou que tivesse havido uma detenção. Em entrevista à TV pública argentina, ele afirmou que tudo não passou de um procedimento de rotina e que Lanata havia feito uma "provocação" aos agentes, ao exibir uma "pasta" do serviço de inteligência chavista. Cheppi também negou que dados da equipe do jornalista tivessem sido apagados. "Quando nós atuamos, rapidamente o liberaram e me asseguraram que os dados não foram subtraídos nem apagados", declarou o embaixador, que disse ter conversado com o ministro do Interior da Venezuela, Tareck el Aissami.

Ao desembarcar em Buenos Aires, Jorge Lanata afirmou que ele e sua equipe estavam bem fisicamente, mas muito nervosos com a situação. "É ultrajante. Parece que somos os inimigos", disse, lembrando que na chegada a Caracas a equipe também foi abordada pelo serviço de inteligência. Do site da revista Veja

MEU COMENTÁRIO: Enquanto isso, jornalistas brasileiros não relatam qualquer tipo de repressão, não é mesmo? E isto se explica: basta ver as reportagens chulés relativas à Venezuela produzidas pela Folha de S. Paulo, Estadão e assemelhados que enviaram jornalistas para cobrir o pleito venezuelano.

De todos os países latino-americanos a imprensa brasileira é, lamentavelmente, a pior. E isto se deve ao fato de que a maioria dos jornalistas - e afirmarei isso quantas vezes forem necessárias - são sabujos dos comunistas, ou idiotas úteis ou comedores de caraminguás oficiais.

Por isso a grande imprensa brasileira se tornou asquerosa, nojenta e o locus por meio do qual é promovida a lavagem cerebral diária que torna leitores, telespectadores e radio-ouvintes em robôs do PT.

A rigor, a censura à imprensa no Brasil já existe de uma forma invulgar, ou seja, é realizada pelas próprias redações dos grandes veículos de mídia, a ponto de que os grandes jornais e redes de televisão se transformaram é veículos de informação oficial do PT.

A única exceção fica por conta da revista Veja

Não há palavras capazes de definir tamanha ignomínia. Esta notícia sobre a brutal repressão da polícia política de Chávez ao jornalista argentino, reportada no site da revista Veja, só comprova o que acabo de afirmar. 

3 comentários:

Anônimo disse...

Preparemo-nos todos pois o q esse hugo chaveco vai fazer ate' morrer, vai ser de arrepiar os cabelos.

Atha disse...

O presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Gustavo Mohme, defendeu ontem que uma missão da SIP seja enviada à Argentina para se solidarizar com os donos de veículos de comunicação e protestar contra a entrada em vigor da Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, conhecida como Lei de Meios, aprovada em 2009.
Prevista para 7 de dezembro, a nova legislação obriga o “Grupo Clarín”, acusado pela presidente Cristina Kirchner de fazer oposição ao governo, a se desfazer de algumas de suas concessões.

As ameaças à liberdade de imprensa na Argentina foram as que ganharam maior destaque na apresentação dos relatórios da situação vivida por grupos de mídia e jornalistas em todos os países americanos, durante a 68ª Assembleia Geral da SIP, que acontece até amanhã no Hotel Renaissance, em São Paulo. Foi relatado um aumento da hostilidade à imprensa nos últimos seis meses, agressões a repórteres e entraves ao acesso a informações de interesse público.

Trata-se de uma confrontação deliberada de um governo a um grupo midiático, buscando limitar sua atuação e garantir que prevaleça apenas uma imprensa oficiosa, diz Mohme.

No relatório sobre a Argentina há um caso semelhante ao que derrubou o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, no governo Lula, em 2006, mas que não teria resultado em qualquer providência. Segundo a SIP, Kirchner usou a cadeia nacional de rádio e TV para acusar um corretor imobiliário de evasão fiscal depois de se referir a declarações que ele havia feito ao jornal “Clarín” sobre dificuldades econômicas no seu setor. Há reclamação pelo fato de a presidente não dar entrevistas e discriminação na distribuição das verbas de publicidade.

Anônimo disse...

Levará uns 50 anos para o regime chavista cair, pode anotar ai.
Idem no Brasil, o PT só sairá do poder daqui uns 50 anos também.
Ingênuo é acharem que os comunistas largarão o osso somente através do voto.
A democracia é usado somente para chegar ao poder, uma vez lá, a democracia serve apenas pra se perpetuarem no poder indefinidamente.