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quinta-feira, abril 11, 2013

HOMEM-BOMBA DO MENSALÃO PODERÁ SER OUVIDO NO SENADO SOBRE ACUSAÇÕES CONTRA LULA

Marcos Valério, o homem-bomba do mensalão, voltou a gerar alta ansiedade nos meios petistas.
Diante da revelação, feita por Marcos Valério à Procuradoria-Geral da União, de que dinheiro domensalão foi usado para pagar despesas pessoais do ex-presidente Lula, a oposição quer ouvir no Congresso o empresário, condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por ter operado o esquema de corrupção petista.
O PPS pediu, na manhã desta terça-feira, a abertura imediata de inquérito para investigar o ex-presidente. Já o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, afirmou que, ainda nesta tarde, deve protocolar um convite para que Valério fale ao Senado. Na semana passada os tucanos já haviam protocolado representação pedindo a abertura de investigação sobre a atuação de Lula no esquema do mensalão.
"Diante das declarações dadas ao Ministério Público não resta outro caminho. É abertura imediata de inquérito", defendeu Roberto Freire, presidente nacional do PPS. Já o líder do partido na Câmara, Rubens Bueno, criticou o silêncio de Lula sobre o caso. "Agora vem à tona a confirmação do que já sabíamos: ele era o verdadeiro chefe do mensalão. O lamentável é que, em vez de se explicar à nação, Lula se esconde no exterior", afirmou. O ex-presidente está em viagem a Paris, ao lado da presidente Dilma Rousseff.
Para Alvaro Dias, uma audiência com Valério serviria para, além de esclarecer as informações prestadas pelo operador do mensalão ao Ministério Público, proteger o publicitário, já que o próprio Valério afirma temer pela sua vida. Dias acrescentou que "este é um capítulo do mensalão ainda não escrito".
Congresso - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tentou desqualificar as revelações de Marcos Valério: "O senhor que disse não tem autoridade para falar sobre o presidente Lula,  que é um patrimônio do país, da história do país, por toda sua vida, por tudo que ele tem feito". 
Presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) seguiu a mesma linha. "Dar ouvidos a esse cidadão agora nesse momento seria dar ouvidos a um criminoso", disse. "Insistir nessa tecla é tentar manter vivo um tema que já foi superado, que já foi discutido à exaustão pelo Brasil, pelo país, pela Câmara, pelo Senado, pelo STF, enfim, por todas as instâncias". 
Revelações de Valério - Conforme reportagem publicada na edição desta terça-feira do jornal O Estado de S. Paulo, no depoimento que prestou em setembro à PGR, Valério afirmou que que Lula não apenas sabia do esquema como se beneficiou dele - tendo, inclusive, avalizado empréstimos ao PT. Segundo o jornal, Valério disse que os valores foram depositados na conta da empresa do ex-assessor da Presidência, Freud Godoy, conhecido como o "faz-tudo" de Lula na época – e ligado ao escândalo dos aloprados. O empresário declarou ainda que o ex-presidente deu "ok" para o PT tomar empréstimos com os bancos BMG e Rural para pagar deputados da base aliada. O aval teria sido dado em um reunião no Palácio do Planalto, que teve a presença do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, ambos também condenados pelo STF.
Na ocasião, Dirceu teria dito que Delúbio negociava em seu nome e no de Lula – o ex-ministro teria autorizado inicialmente pegar um empréstimo de 10 milhões de reais e, depois, mais 12 milhões. Além disso, conforme a reportagem do jornal, Marcos Valério também afirma no depoimento que Lula e o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, negociaram com a Portugal Telecom no Palácio do Planalto o repasse de 7 milhões de reais para o PT – dinheiro que, segundo Valério, foi recebido por suas empresas de publicidade.
Ameaças – No mesmo depoimento, Valério disse ainda ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamotto, atual diretor do Instituto Lula e amigo do ex-presidente. "Se abrisse a boca, morreria", afirmou o empresário à PGR.
"Tem gente no PT que acha que a gente devia matar você", teria dito Okamotto a Valério, conforme as duas últimas das 13 páginas do depoimento prestado no dia 24 de setembro pelo operador do mensalão ao Ministério Público Federal. "Ou você se comporta, ou você morre", teria completado Okamotto. Valério disse à subprocuradora da República Cláudia Sampaio e à procuradora Raquel Branquinho que foi "literalmente ameaçado por Okamotto". Procurado pelo site de VEJA, o Instituto Lula não se pronunciou sobre o caso. Do site da revista Veja

5 comentários:

lgn disse...

É de espantar a ingenuidade de Marcos Valério. Imaginou que se unindo ao PT, sem pertencer ao partido, teria salvo conduto permanente para agir criminalmente. Estourada a fortaleza, aguardou que vozes maiores o tirasse do embrulho. Mas, porém, todavia, no entanto, no entretanto, o que se viu foi a solidão. Ninguém o conhece, ninguém o acolhe, ninguém intercede por ele, o que se supõe que ele agiu por conta própria. Em outras palavras, ele é o chefe do mensalão e sua pena é compatível com o grau hierárquico que ocupou no esquema. Quem sabe ele possa estudar o marxismo, o gramscimo, técnicas revolucionárias, durante o período de clausura imposto pela justiça. Aprenderá que todo vigarista é bem apessoado e que todo socialista detesta indivíduos.

Anônimo disse...

Antigamente no banditismo havia mais respeito entre si. Havia uma regra, rigorosamente seguida. Quem quebrava, era severamente punido. E bastava um, cair nas malhas da justica que o bando se movimentava para apoia-lo,,,Hoje os bandidos nao seguem mais regra, e'tica,,,.E' cada um por si, e passando por cima do outro. Bom que seja assim.

Anônimo disse...

Ingenuidade mesmo é a sua ign achar que esse verme-mor vai preso. O brasil é a ultima centelha que acende o eterno fogo do inferno já que nesse país o bandido é a verdadeira "figura personalidade" que ostenta respeito e ordena a política desse país.

Anônimo disse...

Essa noticia é do ano passado.

Aluizio Amorim disse...

Anônimo:
Sei que é do ano passado. Todavia decidi postar para mostrar como a oposição largou de mão o que havia anunciado fazer.
Abraço