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segunda-feira, maio 26, 2008

Para não dizer que não falei de política hoje

Por enquanto, a novidade política do dia é uma representação do deputado Carlos Sampaio contra a ministra Dilma Rousseff.

O restante do noticiário político desta segunda-feira na grande mídia é dedicado inteiramente a Lula que aproveita as segundas-feiras para deitar e rolar, começando com o tal café com o presidente e emendando com outra agenda.

E antes que eu me esqueça, os jornalistas continuam empregando de forma imprópria o verbo "confeccionar". E isto já contaminou inclusive o discurso dos parlamentares.


Todos falam em "confecção de dossiê" (argh!), confecção disso e daquilo, quando na verdade a palavra correta a ser empregada neste caso é “elaborar”. Não que esteja completamente errado.

Entretanto, usa-se confeccionar principalmente no que se relaciona à confecção de roupas, enquanto dossiês petralhas são "elaborados". Senão, daqui a pouco os magistrados estarão "confeccionando" setenças, os estudantes "confeccionando trabalhos escolares" e pós-graduandos "confeccionando dissertações e teses".

Segue lead e sub-lead da matéria que está no site do Estadão, para não dizer que não falei hoje de política no blog (Argh!):


O sub-relator de sistematização da
CPI dos Cartões Corporativos, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), protocolou nesta segunda-feira, 26, uma representação no Ministério Público Federal contra a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por improbidade administrativa, segundo a assessoria do tucano.

Sampaio também representou contra outras 15 pessoas, incluindo a assessora e braço direito da ministra, Erenice Guerra, acusada de elaborar o dossiê.

Se a procuradoria entender como pertinente a representação, pedirá abertura de ação na Justiça Federal contra os citados, pois não há foro privilegiado para autoridades em processos de improbidade administrativa.


A ação pode resultar em pagamento de multa e na inelegibilidade dos citados, em caso de condenação.

Dilma Rousseff chegou a instaurar uma sindicância para apurar o vazamento das informações, mas, segundo o deputado, a elaboração - e não só o vazamento - deveria ter sido investigado.


"Todos que confeccionaram o dossiê fizeram um ato imoral e feriram também o princípio da impessoalidade. Todo ato administrativo tem de ser impessoal", comentou. (Leia mais).

3 comentários:

Weluger disse...

P I L A N T R A G E M, pura e simplesmente, coisa rotineira em se tratando de comunistas petralhas.

Ricardo Rayol disse...

para não dizer que não comentei... comentei.

Anônimo disse...

Mais uma palhaçada daquele tucano cretino. Outra palhaçada será o outro cretino do Jô Soares que "entrevistará" a Mãe do Dossiê daqui a pouco, na Globo. Gentalha!

Stefano