Nunca antes neste país, para usar o bordão favorito do Apedeuta, a classe média foi tão espoliada e tende a diminuir obviamente, quando na verdade deveria ocorrer o oposto. O crescimento da classe média significa o real desenvolvimento de um país.
A Folha deste domingo traz uma matéria a respeito do fato de que o custo de vida em São Paulo é mais alto para a classe média do que em Nova York, a ponto de muitos brasileiros, que têm algum trocado no bolso, darem um pulo até lá para fazer compras, ainda que o dólar esteja mais valorizado que o Real.
O jornal fez um rápido levantamento e comparou alguns preços e informa:
Em uma pesquisa informal, a reportagem da Folha visitou, na última semana, estabelecimentos comerciais em São Paulo e em Nova York em busca dos bens que a classe média costuma (ou deseja) comprar e detectou que a diferença de valores é grande, especialmente em vestuário, eletroeletrônicos e automóveis.
Basta comparar uma calça jeans Levi's feminina (R$ 54 na loja nova-iorquina, considerando o câmbio de R$ 1,589 de sexta-feira, e R$ 99 na brasileira), um notebook Sony Vaio (R$ 1.468,61 contra R$ 2.999), e um carro Honda Civic LXS (R$ 30.459 contra R$ 65.460).
Dá para sentir a diferença, não?
Carro e computador custam praticamente a metade dos preços que se paga aqui. Com R$ 65 mil o sujeito compra nos EUA um carrão! Aqui se esfola todo para ter um Honda Civic, automóvel que está praticamente na base da escala hierárquica das marcas de luxo.
O motivo para tamanha disparidade de preços decorre da voracidade fiscal do Estado, do patrimonialismo e também na má aplicação dos recursos e nas roubalheiras. Uma legislação trabalhista do tempo do boi e do arado também contribui para aumentar a carestia.
E tome imposto para cima da classe média em função da política petralha de transferir recursos para as parcelas mais pobres.
Não que isto não deva ser feito. Deve. Mas não drenando os recursos da classe média. A melhora de vida dos mais pobres só ocorrerá com desenvolvimento econômico forte e não através do esmagamento da classe média.
Por enquanto vigora aqui a maior carga tributária do planeta e os salários são comprimidos por uma inflação até há pouco mascarada, mas que já não dá mais para esconder.
Quem quiser ler a matéria completa, clica AQUI (assinantes).
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15 comentários:
Enquanto o nove dedos não conseguir extinguir a classe média elle não vai sossegar.
O objetivo da súcia comunista é nivelar o povo por baixo para, assim, dominá-lo ainda mais facilmente.
Vejam o caso dos aposentados que ganham mais que um salário mínimo. A cada ano vão chegando perto da base.
Enquanto isso, numa canetada só o presiMente ´da de presente à bolívia do cocaleiro,$230 milhões e deixa que morram, no norte 300 crianças culpando a extinção da CPMF
Quem mandou votar no homi?
Bem, o porteiro aqui do prédio adquiriu uma Harley Davidson desses modelitos novos.
Aluizio, um exemplo bem simples do que está acontecendo, procede análise da Folha, não precisava nem ir para Nova York.Meu filho me fez uma pergunta ontem "Por que um carro popular está tão caro e o nacional de luxo (a partir do básico Honda Civic) está mais barato em relação ao popular?."
Não sei se estou certo, senão vejamos:- a nova classe média do Lula começou de certa forma a ter acesso a créditos patrocinados que favoreceram o consumo e à possibilidade de chegar ao carro O Km com financiamentos em até 84 meses, sem entrada e sem mais nada e salve-se quem puder(Doce ilusão para uma triste realidade).A ex-classe média ora dizimada pela atual política do PT (Perda Total)
prováveis ou contumazes consumidores dos carros sedans nacionais estão usando Hat quando muito os básicos das marcas famosas e ou semi novos. Já os "ricos emergentes" desta nova era compram os importados sem pudor.
Esta semana fiquei sabendo que um cidadão comprou um carro O Km ao custo de mais ou menos R$ 60.000.00, financiou em suaves prestações mensais de R$ 1.200.00, pagou 3 prestações e já entregou os pontos. Este é o retrato do Brasil do faz de conta.
Leia também - Chafurda, Brasil, Chafurda no Lamaçal! por Mário Guerreiro no meu blog.
http://ferramula.zip.net/
Letícia: já existe a Harley botocuda, fabricada (montada) na Zona Franca de Manaus, made in Brazil...hehehe...dia desses vi que os preços dos modelos básicos já ficaram acessíveis em função desses financiamentos que se diluem em prestações sem fim...havia uma mostra HD botocudas no Iguatemi aqui em Fpolis.
Pois é, é dessas aí, Aluízio. Por um lado é bom, porque tudo passa, até a uva-passa, e adoro quando se desfazem mitos que sempre foram baseados em preço.
Por outro, esse meu porteiro continua morando mal à beça, não lê nem escreve direito e leva a vida numa boa, já que tem certo status na sua aldeia por ter um emprego de carteira assinada.
Ou ele está na ilusão, ou eu.
ah, pára. Quem trabalha mesmo, com afinco, não precisa se contentar com Honda Civic. O básico pra quem trabalha de verdade é um Jetta ou uma Land Rover. O pessoal reclama muito da carga tributária, do governo, é sempre a mesma ladainha. Querem tudo de mão beijada.
Land Rover, aquele do Silvinho...hehehe...petralhas gostam muito desses tipos de carro, como Jeep.
Pessoal, depois de assistir o didático filme "O Patriota", com Mel Gibson(*) e ler mais este do Amorim só tenho algo a dizer: "Fogo nos botocudos"!
(Já passou da hora de conversar com essa ralé!)
(*) Quem não assistiu ainda faça-o. É preciso acordar e agir enquanto isso é possível! Putz, cadê o outrora glorioso EB??
Petralhas também gostam de Mercedes, de Honda, de BMW... Mas não só eles. Pessoas honestas e trabalhadoras (de verdade) também.
Sim, pessoas honestas e trabalhadores que prosperam dentro da legalidade merecem comprar e usufruir aquilo que suas posses legítimas permitem. O que não tem sido o caso dos petralhas e o caso do Silvinho Land Rover que é emblemático.
Anônimo, é questão de ponto de vista. Eu já não faço muita coisa com meu Fiatzinho, pra que eu quereria um Land Rover? Pra atrapalhar o trânsito aqui em SP?
No Brasil as pessoas se macaqueiam muito pelo que oferecem a elas, e consomem exatamente tudo o que podem, desde que haja crédito em mil vezes.
Em qualquer lugar civilizado do mundo, comprar uma TV, por exemplo, é na bucha; aqui não. A pessoa prefere viver num lugar jerereca, desde que tenha seu utilitário da moda e possa parcelar sua comprinha de supermercado.
Será que não tem alguma distorção aí? Será que a gente não sofre da síndrome de Neuza, a doméstica cheia de anéis? Por não poder comprar sua casa num lugar decente, ela torra o que lhe sobra no mês com pequenos pedacinhos de latão; e se contenta com isso.
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A moça (pensa) que ouviu o galo cantar...! "Em qualquer lugar civilizado do mundo, comprar uma TV, por exemplo, é na bucha (...)" Eu me pergunto sempre: de onde essas pessoas tiram essas conclusões e as usam como exemplo genérico. Morei 28 anos nos EUA, e testemunhei o fenômeno do “buy more then you can” em todas as camadas sociais. Pessoas dirigindo SUV’s completamente fora de seu poder aquisitivo. Morando praticamente em guetos. Grandes magazines (Montgomery Ward, Federated, K-Mart,etc...) fechando as portas pela quantidade excessiva de inadimplência. Pessoas abrindo processo de falência (chapter 7, chapter 11, chapter 13) por possuírem tantos “Credit Cards” que no final nem os macetes que usavam para pagar um Credit Card com o outro funcionava mais. De onde vem essa pretensa sabedoria?
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A "pretensa sabedoria" vem do povo que habita a maior potência do planeta. Naturalmente, o petralha deve achar que os botocudos brasileiros é que são um exemplo para o mundo.
Hehehe...é isso mesmo Stefano. Os botocudos desprezam os norte-americanos e os qualificam de bobalhões. Só que eles, os americanos, edificaram a maior potência do mundo e todas as descobertas da ciência e as boas tecnologias vêm de lá. Salvam-se alguns países anglo-saxões da Europa, mas nem de longe chegam perto dos EUA.
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Eu vejo que vocês não entenderam bulhufas do meu post. Eu perguntei de onde vinha a 'pretensa sabedoria' da moça em relação ao que ela escreveu:
"Em qualquer lugar civilizado do mundo, comprar uma TV, por exemplo, é na bucha (...)"
E ainda perguntei: ...'de onde essas pessoas tiram essas conclusões e as usam como exemplo genérico.'
O que eu queria mostrar era que no primeiro dos primeiros mundos se compra mais a credito do que se pensa ou que se pretende saber. Só isso!
Mas estou certo que muitos entenderam!
Agora aqui prá gente Aluízio, você e esse Stefano fazem um bom par...
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