Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira a lei de autoria da senadora Marina Silva (PT-AC) que anistia, após a morte, o marinheiro João Cândido, conhecido como Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata, ocorrida em 1910.
Além de Cândido, outros 600 marinheiros que participaram da revolta também foram beneficiados. A lei teve um artigo vetado: o que tornava automática a concessão de reparação aos descendentes dos militares da Marinha por parte do governo.
O argumento foi financeiro: de acordo com a equipe econômica, o custo total das indenizações poderia passar de R$ 1 bilhão. Menos do que os R$ 2,4 bilhões que foram pagos em ressarcimentos por causa da ditadura militar, mas um gasto que a administração federal não estava disposta a assumir nesse momento.
O veto, no entanto, não impede os descendentes de entrarem na Justiça para pedir as compensações. Apenas retira a obrigação imediata, o que pode tornar o processo mais lento - e até mesmo impossível, em alguns casos, uma vez que os descendentes teriam de provar o parentesco com alguém que morreu há quase cem anos. O próprio Cândido tinha uma filha, que morreu recentemente. Estão vivos, no entanto, alguns netos.
Marina, autora da lei, foi informada do veto no momento da sanção, no gabinete de Lula, ontem. A avaliação dela é que o mais importante foi preservado, que era a anistia e a "reparação da injustiça" feita aos marinheiros.
Segundo a assessoria de Marina, ela compreendeu que o valor seria muito alto na forma em que a lei estava, mas espera que sejam definidos, depois, limites orçamentários para o pagamento das indenizações.
Revolta
A Revolta da Chibata aconteceu em novembro de 1910, na Baía da Guanabara (RJ), e começou a bordo do encouraçado Minas Gerais depois que o marinheiro Marcelino Menezes recebeu 250 chibatadas por ter levado cachaça para o navio.
A ação já teria sido planejada contra os castigos físicos dos marinheiros - a maioria negros e mulatos, comandados por oficiais brancos -, mas teria sido antecipada por causa da punição excessiva contra Menezes. (Do site do Estadão)
MEU COMENTÁRIO: deixo a cargo dos leitores os comentários sobre mais esta lei de anistia.
quinta-feira, julho 24, 2008
Lula assina anistia para líder da Revolta da Chibata
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest


Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
O Mestre Sala dos Mares
(João Bosco / Aldir Blanc)
(letra original sem censura)
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos negros pelas pontas das chibatas
Inundando o coração de toda tripulação
Que a exemplo do marinheiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo
O Mestre Sala dos Mares
(João Bosco / Aldir Blanc)
(letra após censura durante ditadura militar)
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que a exemplo do feiticeiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo...
Coisa boa é anistiar mitos! A seguir por esta linha, daqui a pouco noço líder estará anistiando Prometeu, Medéia, Lisístrata e outros míticos contraventores!
Então eu pergunto: que porcaria de mer... é essa que concede "anistia", mas não tem dim-dim pra pagar pelos erros do passado?
Essa "anistia" tem um e apenas um nome: D. Luís LI quer ficar bem na fita.
Reconhece (e assume, e açambarca e devora) os erros do passado como se ELE os tivesse cometido. Mas não paga o que deveria pagar como indenização aos descendentes porque não foi ELE quem cometeu os tais erros passados.
Ou seja: na medida em que interessa ao imperador D. Luís LI Bonus Idea, ele assume os erros. Mas quando esse interesse começa a prejudicar SEUS augustos interesses tudo muda de configuração.
Coisa boa é ser imperador! A roda da fortuna gira em torno DELE!
Oh, fortuna!
Velut luna!
Status variabilis?!
Porra nenhuma! O imperador que se orgulha de nunca ter lido nada, niente, nicht, o imperador que é onipotente, onisciente, e que se pudesse transformaria a si mesmo em Livro Sagrado do Lulismo Bêbado não acredita que a situação possa mudar.
E certamente ELE está certo: quando a ignorância reina, não há pasto para a sabedoria.
O que resta, então, a nós? Esperar que a resposta brote - verde - nos campos?
PV?
Outra PerVersão cheia de verdades verdes...
E no meio desse furdunço todo, o marinheiro foi anistiado...
E o Kiko? O que é que temos a ver com isso?
Sáááállllveeee! O navegante néééégroooo, que tem por monumééééénnnto, as pedras pisadas no cais!
E quem é capaz de decodificar a linguagem das pedras sabe: somente pedras obviamente acéfalas restarão neste Grotão!
Na tampa, Maria! Sem retoques. Abração do Aluízio
Postar um comentário