terça-feira, julho 29, 2008
Por que votaria em McCain se fosse americano?
Sigo a análise formulada pelo Reinaldo de Azevedo, que vislumbra ainda uma interrogação nas eleições americanas. Dia desses o New York Times recusou um artigo de John McCain, sinal que o experimentado herói de guerra americano incomoda.
Até porque possui mais de 40% das intenções de voto, contra os 49% de Barack Obama, segundo aponta o instituto Gallup. E a margem de erro está ao redor de dois pontos percentuais. Assim, Obama, segundo esta sondagem, também poderia estar com um cacife menor.
Nenhum dos candidatos até agora obteve 50% mais um das manifestações de intenção de votos. Sinal que há um bom pedaço de chão a ser palmilhado até o dia do pleito.
Se levarmos em consideração que McCain carrega sobre as costas algumas bobagens cometidas por Bush, até que exibe uma ótima performance e a eleição está longe de ser decidida.
Refiro-me a algumas bobagens, porque Bush, consoante com o que tenho afirmado aqui, deixará saudades. Lembram de sua visita ao Brasil, quando o Lula levantou a questão do ponto G, com aquele sorriso de escárnio frente ao mandatário da maior democracia do planeta?
Bush apenas sorriu, como um bom pai faria ante um leve deslize cometido por um filho. Portou-se como um paizão. Em todos os momentos Bush tem sido calmo, ainda que lhe falte o traquejo e o jogo de cintura nesses momentos delicados da política externa americana.
Foi no seu governo que os Estados Unidos foram covardemente atacados pelo terrorismo, quando uma meia dúzia de fundamentalistas porras-loucas lançaram dois aviões contra as torres gêmeas do World Trade Center, matando centenas de pessoas. Nem com a dor dos familiares das vítimas, da comoção e do medo que tomaram conta dos cidadãos americanos, a mídia internacional deu colher de chá.
Houve até mesmo analistas e scholars que tiveram a coragem de formular teorias que, no final das contas, davam um desconto para o terrorismo.
Todos sabem que o esquerdismo que resta no mundo continua apoiando os fundamentalistas na sua cruzada contra os Estados Unidos.
Depois disso, o furacão Katrina demoliu a cidade de New Orleans e, mais recentemente, a crise dos créditos subprime torpedeou mais uma vez o governo de George W. Bush, fazendo balançar a economia.
Entretanto, em nenhum desses episódios Bush fraquejou ou titubeou. Reagiu como das outras vezes. Ao invés aplicar um torniquete à população americana, à guisa de solucionar o enorme problema que ainda ameaça o sistema financeiro, decidiu injetar mais grana na economia e incentivar o consumo das famílias. Até prova em contrário a manobra de Bush parece que está dando algum resultado.
Se fosse eleitor americano cravava direto em favor de McCain. Por que? Primeiro porque todas as pessoas sabem exatamente quem ele é. O republicano parece que, embora contando com 70 anos de idade, ainda é um homem ágil e combativo e exibe boa saúde. Sua vida de militar e o cultivo de hábitos espartamos aparentemente lhe garantem uma saúde boa e disposição para o trabalho.
Homens de idade provecta saudáveis tendem a ser bons governantes, não que a velhice confira por si só sabedoria. Mas homens mais velhos e com boa formação e experiência podem ser ótimos chefes de Estado, porque cedem menos às tentações que rodeiam o poder.
Ou alguém é capaz de imaginar que é fácil e doce enfrentar uma campanha presidencial americana, quando o país é tomando pelos botocudos que o invadem por todos os flancos e tendo no poder um presidente de seu partido que vem sendo impiedosamente detonado pela grande imprensa internacional?
Ah como eu gostaria de poder fazer parte do grupo que faz o marketing de McCain. No fundo, McCain e os republicanos meio que balançam quando se trata de combater a idiotia politicamente correta que incensa Obama.
Como a Nação americana é um grande e próspero país, seus cidadãos pouco conhecem da sórdida ação dos botocudos que estão infiltrados na grande mídia internacional e dentro dos próprios veículos de comunicação americanos.
Às vezes, sinto que só eu, este pequeno blogueiro brasileiro, tem a coragem de cutucar a ferida, de mostrar que Bush não é o diabo que pintam e que McCain, sem nenhuma dúvida, representa a garantia da continuidade da luta contra as ameaças desse novo barbarismo que se agiganta de novo no planeta.
Notem que na coluna ao lado coloquei um banner que linka para o blog de John McCain. Pelo menos, até agora, não vi nenhum blog que teve a coragem de assumir esta luta em favor dos Republicanos no sentido de alertar para o perigo de um eventual salto no escuro.
O debate nessas eleições americanas, principalmente nesta reta final, tem que atacar aquilo que é fundamental e decisivo: a interrogação que paira sobre quem é efetivamente Barack Obama, o que quer e o que fará.
Boa parte dos eleitores americanos ainda não caíram na realidade.
Pode estar em jogo os rumos da civilização ocidental, exatamente aqueles que derivam do conjunto dos valores mais expressivos formulados pelo movimento iluminista e que têm permitido uma melhor qualidade de vida para a humanidade, sobretudo a garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana, a liberdade, a democracia e a repulsa e o combate a todas as formas de opressão e terrorismo. Sem falar no desenvolvimento da ciência e da tecnologia que mitigam o sofrimento humano.
Faço daqui do blog um apelo aos milhares de brasileiros que vivem nos Estados Unidos já como cidadãos daquele país e que lêem este blog diariamente (cerca de 10% dos acessos ao blog procedem do território americano), para que conversem com as pessoas e abram os seus olhos.
Os eleitores americanos encontram-se diante de uma cartada decisiva: o salto no incógnito escuro sufragando Obama ou a opção pela certeza da manutenção dos Estados Unidos como uma grande Nação que funciona como o esteio da liberdade e da defesa contra a invasão bárbara do terrorismo e sua nefasta política de terra arrasada.
John McCain todos conhecem. Sobretudo os americanos. Qualquer vacilo pode ser fatal.
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8 comentários:
Boas considerações. Obama capturou o "politicamente correto" e vai surfando.
Os EUA como a mais poderosa nação da Terra, um verdadeiro império vai acabar caindo, a história mostra isto. A eleição de Obama pode ser o início do fim...
Qualquer um que ganhe tratará o Brasil como quintal, pobre coitado e cheio de botucudos.Se o outro ganhar os americanos estarão inseridos no resto dos paises americanos: um populista, demagogo com discursos sem pé nem cabeça para mostrar-se salvador da pátria.Como é por aqui, sem tirar nem por.
Sinto, intuo (olha só as escolhas lexicais...) que você está certo, Aluízio...
Meu filho se ouvisse isso me transformaria num churrasquinho de mãe. Tenho evitado conversar com ele sobre o tema.
E tenho que ler mais sobre o assunto também! De preferência matérias que escapem desse círculo de giz caucasiano, dessa brechtisse brega, chata e hipócrita da eterna malhação do Judas feita em cima do Bush.
Bush o mauzinho/mauzão...
Existe algum presidente de qualquer país que esteja exercendo o cargo para ser bonzinho/bonzão?
Por que será que esses novos e "hegemônicos" pregadores das verdades deles parecem jamais terem parado pra pensar nisso?
Qual é a função de um presidente da maior potência mundial?
Não pensam nada...
Haja...
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Meus filhos vão votar em McCain porque McCain é um deles. Obama, arraigado nas profundezas do seu "reptilian brain", é de outra "species". Se alguém tem dúvida do que estou dizendo, espere e verá.... A igreja, a qual ele freqüenta religiosamente, diz em suas páginas da Internet: TUCC (Trinity United Church of Christ) is "unashamedly black" and has a "non-negotiable commitment to Africa."
Se o cara freqüenta uma turma que se diz com laços irrefutáveis com a África, essa por certo não é a minha turma!
Qualquer dúvida:
http://urbanlegends.about.com/od/government/a/obama_church.htm
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Também acho que o McCain leva. Pelo conservadorismo, principalmente, do americano que vota. Eleger um negro, que leva um Hussein no nome e sobre o qual recai a pecha de muçulmano, acho demais para uma vez só. Abraços.
SE OS AMERICANOS COMETEREM O MAIOR ERRO DE SUA HISTORIA E ELEGER O AFRO-AMERICANO-MULÇUMANO ENTÃO PODEMOS FICAR CERTOS QUE É O FIM A DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL CRISTÃ...
O SUJEITO TEM RAIZES POLITICAS LIGADAS AO FUNDAMENTALISMO ISLAMICO,PELO LADO MATERNO TEM RAIZES DA ESQUERDA BEATNIK DOS ANOS 60 E PARA CONFEITAR O BOLO.. O SUJEITO É TOTALMENTE IMATURO, INEXPERIENTE, NUNCA ADMINISTROU NEM UMA VILA... E QUER SER PRESIDENTE DA MAIOR POTENCIA MUNDIAL?? É UM DEMAGOGO MENTIROSO E DEBOCHADO!!!IGUALZINHO A LULACORLEONE DEVEM ESTAR LOUCOS OS QUE APOIAM TAMANHA ABERRAÇÃO INCLUSIVE A MÍDIA AMERICANA EM SUA MAIORIA. VÃO LEVAR OS U.S.A A SEU FIM E JUNTO COM ELE O BLOCO OCIDENTAL. A ESQUERDALHA E OS RADICAIS EXTREMISTAS DE TODAS AS MATIZES ESTÃO CELEBRANDO POR ANTECIPAÇÃO!
JÁ É HORA DE SE DAR UM BOM PONTAPÉ NO TRASEIRO NOS DEFENSORES DO "POLITICAMENTE CORRETO" E DOS "DIREITOS HUMANOS" DO CONTRARIO ESTES BISONHOS UTOPISTAS VÃO LIQUIDAR COM TODOS OS FUNDAMNETOS DA SOCIEDADE HUMANA ATÉ AQUI CONHECIDOS.
A HORA É GRAVE.
ACORDA AMERICA!!!!
MCAIN PRESIDENTE!!!!
Aluizio, off post:
Bem Aluizio, quando a gente acha que já viu tudo. . . Aqui em São Paulo: “Foi sancionada no último dia 23 uma nova lei que proíbe a venda de banana por unidade e obriga à cobrança pelo peso. Quem desobedecer a nova regra pode pagar multa que varia de R$ 297,60 a R$ 297,6 mil.” A partir de agora, vamos discutir o preço da banana. Essa gente não tem mais o que fazer. Não sou contra a venda da banana por quilo. Acho até que já era lei e estava sendo cumprida. Mas, não há nada mais importante a tratar aqui no país?
Aluizio,
Muito sensata e objetiva sua análise do páreo Obama X McCain. Concordo com vc e ainda digo mais: essa onda de apoio ao terceiro-mundismo, apesar de válida e necessária, está criando uma legião de espertalhões que se projetam às custas dos bilhões de desfavorecidos. Isso sem contar os soldados de frente de batalha, os chamados terroristas que fazem a fumaça para que os empresários da desgraça possam agir camuflados de acordo com seus próprios interesses. É o mesmo velho jogo de poder, sempre revestido de bravatas reparadoras. Parabéns!
Maria Helena
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