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segunda-feira, agosto 25, 2008

Expedição enfrenta escassez de combustível




Clicando na foto você pode vê-la ampliada
A Expedição Los Andes 2008 continua a saga em direçãoaos Andes e já está há mais de uma semana na estrada.
O relato do Renato Hadlich, o correspondente informal do blog desta aventura de doze casais de catarinenses e gaúchos, revela os sobressaltos e contratempos comuns a empreitadas dessa natureza. Mas por enquanto tudo corre dentro do que estava previsto. Leiam:

Hoje pela manhã (dia 22) combinamos mudanças no projeto inicial.
Não contávamos com a escassez de combustível que causou preocupação sobre a possibilidade de não podermos atingir lugares remotos que estavam no nosso roteiro.

O combustível tem sido difícil de conseguir, principalmente o diesel. Alguns não tinham combustível e outros vendiam somente 50 pesos de diesel. Por isto alguns queriam ir para o Chile e conhecer as estações de sky e outros queriam procurar novas trilhas de off-road .

Decidimos então partir rumo a fronteira com o Chile que fica em Las Cuevas.

Na medida que subíamos a cordilheira o frio ía aumentando junto com a altitude. Em pouco tempo encontramos neve e um tráfego intenso, principalmente de caminhões, passamos por alguns caminhões brasileiros que fazem esta rota.

Próximo de Los Penitentes havia uma fila de caminhões de alguns quilômetros esperando para serem liberados para o Chile. No fim de semana havia nevado intensamente e por isto a pista estava sendo liberada aos poucos.

Para nós não houve problemas e passamos direto. Porém, um dos carros apresentou uma pane com o líquido da direção e sofremos atraso de quase duas horas. Um grupo decidiu continuar a viagem rumo ao Chile e outro grupo voltou a Mendoza consertar o veículo.

Nos despedimos com alguma tristeza pois estes dias passados juntos foram muito divertidos e aprofundaram amizades que já existiam e criaram sentimentos de amizade e companheirismo em quem ainda não se conhecia.

Voltamos a Mendoza para descobrir que não havia solução rápida para o problema mecânico, mas que poderíamos continuar a viagem pois a falha do carro não impediria seu deslocamento.

Fomos dormir e resolvemos que no dia seguinte iríamos enfrentar o desafio de subir o caminho que leva a Uspallata por Villavicencio, conhecido pela trilha das 361 curvas.

FESTA ARGENTINA, NOITE MAL DORMIDA.
Todos dormiram mal à noite. A Argentina ganhou medalha de ouro no futebol olímpico e a festa foi grande com muitos foquetes e gritaria, fato que impediu um sono reparador.

No dia 23 rumamos para às 361 curvas e percorremos vários postos a procura de combustível e só conseguimos abastecer ao pegar a estrada.

O que posso dizer é que não são 361 curvas, pelos meus cálculos o número é bem maior. São curvas bem fechadas em uma estrada de rípeo e alguns trechos de barro devido ao descongelamento da neve que se depositou nas montanhas ao redor deste “sendero”.

Chegamos a 2.850 metros de altitude, junto com a altitude veio também a neve, tornando o caminho escorregadio em alguns trechos. A adrenalina estava alta e algumas pessoas, que não vou citar os nomes para não ferir suscetibilidades, ficaram bastante assustadas.

Em nossa primeira parada para fotografia e para apreciar a vista brindamos com uma champanhe da Cave Zonda. Subimos mais um pouco e encontramos um espaço entre duas elevações com bastante gelo, paramos para fazer um lanche a bordo, pois o frio fora do carro era insuportável.

Alguns comeram massa em potes e outros atum com champanhe, desta vez foi uma cave comprada no free-shop de Rivera.

Chegando em Uspallata, pela terceira vez abastecemos os carros e fomos para El Barreal. Apreciamos muito a passagem por este lugar e nossa idéia é tentar chegar até o Valle de la Luna que fica ao norte de San Juan, onde iremos dormir.

O cansaço e as tensões próprias de uma viagem como esta começam a mostrar seus sintomas: alguns sentem dores no corpo, outros rinite e outros gripe.
A verdade é que nos acostumamos a falar em dias, mas estes passam na forma de horas e minutos e em escassos seis dias existem milhares de minutos cansativos de deslocamentos por estradas asfaltadas.

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