Vale a pena ler o editorial de O Estado de São Paulo desta sexta-feira, intitulado O circo do pré-sal, questionando, como deve fazer o bom jornalismo, esse verdadeiro circo marketeiro que promete o paraíso para os brasileiros, sempre pela ótica da luta de classes.
O Apedeuta sujará suas mãos com óleo no 7 de Setembro para anunciar a boa nova de forma a garantir a eleição daquele que escolher como sucessor.
Trata-se de um ardil para implantar o poder hereditário petralha. Os áulicos aplaudirão e mostrarão seus dentes com aquele sorriso comum dos puxa-sacos; o resto da população também apoiará num ato de fé pusilânime, reafirmando esse caráter poltrão, sempre afeito ao compadrio quando o assunto é política.
Leiam:
O presidente Lula nega que já tenha decidido criar uma nova estatal para administrar a exploração do petróleo do chamado pré-sal, a 7 mil metros de profundidade e a mais de 200 quilômetros da costa. Segundo ele, a questão continua em discussão no governo.
É certo, de toda forma, que o setor terá um segundo marco regulatório. O atual, que data de 1997, ficará restrito às reservas que se poderiam chamar de convencionais e para os 11 blocos em águas ultraprofundas já licitados. Nele, a União, por meio da Agência Nacional do Petróleo (ANP), concede a exploração em troca de royalties e participações.
O outro modelo previsto é o da partilha de produção, em que o lucro é dividido em partes desiguais entre o Estado e as empresas escolhidas. Lula não se cansa de afirmar que as riquezas do pré-sal servirão para financiar a educação e "acabar definitivamente com a pobreza".Ou seja, o presidente cujo mandato termina em 2010 já sabe onde gastar os lucros que não sabe de quanto serão, de uma operação de extrema complexidade que ninguém sabe quando começará, nem o que custará, muito menos como será financiada - e se terá o sucesso desejado.
Mas o circo do pré-sal já está armado. No dia 2 de setembro, ao que se divulgou, Lula se exibirá ao País com as mãos sujas do óleo do Campo de Jubarte. Pouco importa que se trate de uma extração experimental.
O que lhe importa, para fazer de quem queira o seu sucessor, é aparecer e reaparecer como o responsável pela criação de uma riqueza de proporções fenomenais, que, nas suas palavras, "acabará definitivamente com a pobreza" no Brasil. Assombra a desenvoltura com que o presidente se põe a manipular uma questão desse calibre no mais estratégico dos setores - o da energia - em qualquer nação do mundo. (Clique AQUI para ler na íntegra).
N.B.: Para vocês terem uma idéia do que é o jornalismo brasileiro, li há pouco no site O Filtro, assinado por Juliano Machado, da revista Época, a observação que o Estadão “pegou pesado” no editorial.
Viram só? A crítica ao governo do imperador Lula não pode não. Isto significa pegar pesado!
A grande imprensa, com raríssimas exceções, como é o caso de boa parte dos que fazem o Estadão, está completamente entregue a uma malta de puxa-sacos do lulismo. Argh!
sexta-feira, agosto 22, 2008
Lula, o imperador, promete o paraíso aos súditos.
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Postado por
Aluizio Amorim
às
8/22/2008 04:53:00 PM
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