Depois que o jornalista Miguel Jorge, que integra o Conselho do Jornal O Estado de São Paulo, virou ministro de Lula, parece que o vetusto e tradicional órgão da imprensa paulista começou a patinar.
Seus editoriais, os melhores da imprensa brasileira, os quais já transcrevi aqui no blog várias vezes, começam a fraquejar.
E o desta terça-feira está infame, a começar pelo títutlo Abin desgovernada, porquanto tenta fazer crer que o vergonhoso escândalo do grampo telefônico perpetrado no gabinete do Ministro do Supremo Tribunal Federal não cria uma crise institucional no sentido ortodoxo da expressão.
Seus editoriais, os melhores da imprensa brasileira, os quais já transcrevi aqui no blog várias vezes, começam a fraquejar.
E o desta terça-feira está infame, a começar pelo títutlo Abin desgovernada, porquanto tenta fazer crer que o vergonhoso escândalo do grampo telefônico perpetrado no gabinete do Ministro do Supremo Tribunal Federal não cria uma crise institucional no sentido ortodoxo da expressão.
Ora, a Abin como a Polícia Federal não estão desgovernadas, estão aparelhadas pelo petismo dentro de sua estratégia gramsciana que busca a hegemonia de seu poder.
Jogo o meu diploma de advogado e mestre em Direito, ambos pela UFSC, no lixo e rasgo a Carteira da OAB/SC, como também atiro no mesmo lixo a minha carteira de jornalista, se esse escândalo não levaria à renúncia, senão ao impeachment puro e simples, o governo de um Estado verdadeiramente democrático.
Assim, o Estadão segue a corrente do pensamento único que passou a dominar no Brasil depois que Lula e seus sequazes chegaram ao poder. E vai mais além endossando uma teoria conspiratória em curso que insinua serem os remanescentes do velho SNI da ditadura os responsáveis pelos grampos.
Como disse em posts mais abaixo, o governo trata que montar um esquema capaz de justificar o vergonhoso escândalo e, para isso, já passou a contar com o beneplácito da imprensa.
Não fosse a revista Veja, que furou mais uma vez todos os jornalões, os grampos por certo continuariam a prosperar pelos escaninhos dos poderes da República.
Vamos ter que esperar mais uma vez pelo próximo final de semana quando sai uma nova edição dessa revista, a qual se resume hoje na única fonte confiável de informação.
Sente-se que o debate político está minimizado ao nível da opinião pública. Não se ouve um pio de qualquer pessoa, algo muito parecido com o ambiente que se vivia durante a ditadura, quando ninguém falava ou por medo ou por conveniência, em busca de uma boquinha em alguma repartição estatal.
Outro dado inquietante é que a reivindicação do Estado de direito democrático voltou ao debate. E isto é o sintoma mais preocupante, porque se está assistindo de forma passiva o desmonte paulatino das instituições democráticas. Este é o fato irretorquível.
E o desrespeito a essas instituições vai avançando, ao ponto de serem grampeados os telefones das autoridades maiores da República. Mas tudo isso, segundo o editorial do Estadão, não cria uma crise institucional no sentido ortodoxo da expressão.
Até que um dia um agente da Stasi petralha sentará praça na redação desse jornal. Aí não será possível editar sequer os versos de Camões ou receitas culinárias no lugar das notícias e opiniões que deveriam ser veiculadas.
O dever do jornalismo não é derrubar nem apoiar governos. É reportar fatos e opinar sobre eles dentro dos postulados da lei, defendendo de forma intransigente as instituições democráticas porque são elas, antes de tudo, as fiadoras da própria liberdade de imprensa, um dos principais pilares que sustenta a democracia.
N.B. E o editorial da Folha de São Paulo desta terça-feira não pode ser mais pusilânime, atomizando a questão do grampo, quando fala na leniência dos Poderes da República colocando todos como responsáveis.
Defintivamente não existe mais jornalismo independente no Brasil. Por enquanto sobrou apenas a revista Veja.
3 comentários:
Engraçado é que o editorial amestrado faz questão de rapidamente por em evidência a tese cretina segundo a qual o governo petralha está isento, porque também teve alguns dos seus ministros grampeados!
Ora bolas, será que é tão difícil presumir-se que o grampo em Dilma Russef e em José Múcio é apenas cortina de fumaça? É aquela história: vamos botar grampo nos nossos para dar a entender que é coisa de alguém de fora...
Aluizio,
Sempre considerei o Estadão um jornal sério. Leio-o desde adolescente. De um tempo para cá percebi que ele já não era o mesmo. Então está explicado. Lamentável, muito lamentável.
Abraço.
Durante o governo militar era muito melhor...e depois chamam injustamente aquilo de "ditadura".
Então isto que vivemos hoje é o que????
Resposta: Ditadura bancário-sindicalista, socialista-comunista-bolivariana do Foro de São Paulo e da Nova Ordem Mundial.
Ah, ia me esquecendo...o Brasil virou de novo colônia do capital internacional....
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