TRANSLATE/TRADUTOR

domingo, setembro 28, 2008

Congressistas avançam para acordo sobre pacote

Como os Estados Unidos não são um império governado por um dépota ou qualquer arremedo de tiranete sul-americano, nada é aprovado sem passar pelo crivo do parlamento que representa efetivamente o conjunto dos cidadãos. A democracia representativa verdadeira é assim.

Como eu disse, o pacotão de Bush deverá ser mesmo aprovado com algumas alterações pontuais. Mas na sua essência mudará pouco. Nesses momentos o Estado tem de intervir. Afinal, para que serve o Estado então?

Enquanto isso, sem espalhafato, quietinho como convém às polícias de países civilizados, o FBI vai trabalhando na investigação em busca de fraudadores.

A notícia sobre a crise americana que está no site do Estadão, diz o seguinte:


Os líderes do Congresso dos Estados Unidos disseram na madrugada deste domingo, 28, que chegaram a um acordo para aprovar o pacote de ajuda de 700 bilhões de dólares para socorrer o mercado financeiro, mas ainda aguardam o acerto de últimos detalhes no papel para declará-lo como pronto.

A meta era chegar a um consenso sobre o plano antes da abertura das bolsas na Ásia e evitar que o atraso levasse a uma reação negativa nos mercados. Esse é o maior plano de resgate financeiro da história dos Estados Unidos, segundo o qual o governo comprará dívidas de má qualidade dos bancos.

A Câmara dos Deputados votará o projeto na segunda-feira, disse o presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, o democrata Barney Frank. Já o Senado enfrenta problemas mais complexos para aprová-lo. "O mais cedo que o Senado pode trabalhar nisso é na quarta-feira", disse uma fonte, que preferiu não ser identificada.


Os líderes precisam determinar se algum senador está considerando obstáculos processuais para desacelerar o processo. Além disso, um feriado judaico irá parar os trabalhos na segunda-feira e eles serão retomados apenas na terça-feira.

"Nós fizemos um grande progresso. Entretanto, temos que colocar tudo por escrito para alcançar um acordo formalmente", disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, ao término de uma reunião no Congresso no começo da madrugada de hoje. Segundo a democrata, a Casa pode votar o projeto de lei neste domingo, e o Senado, na segunda-feira. A Casa Branca elogiou o esboço de um acordo.


Veja as principais linhas do acordo:

* Os 700 bilhões de dólares serão fornecidos em parcelas. Assim que a primeira de 250 bilhões de dólares for autorizada, o presidente pode requerer mais 100 bilhões de dólares. A parcela final de 350 bilhões de dólares pode ser liberada com uma nova movimentação do Congresso.


* Washington assumirá uma participação nas empresas que forem auxiliadas pelo programa, para que os contribuintes possam compartilhar os lucros das companhias se elas se recuperarem.

* Um novo painel do Congresso terá poder de supervisão sobre o plano e o secretário do Tesouro irá reportar-se regularmente aos parlamentares.


* Um limite de compensação será determinado para os chefes das empresas participantes do programa, para evitar pagamento excessivo e evitar que alguém se aproveite da ajuda do governo e depois deixe o cargo.

2 comentários:

Anônimo disse...

* Washington assumirá uma participação nas empresas que forem auxiliadas pelo programa, para que os contribuintes possam compartilhar os lucros das companhias se elas se recuperarem.

Quando eu fiz um comentário dizendo que o povo americano seria dono de excelentes bancos o Aluizio deu algumas risadas enlatadas.

Tomara que a União dos Estados Socialistas da América dê certo.

Anônimo disse...

Cade aqueles que criticavam o Estado intervencionista?????? Viraram todos seguidores de Chávez???

PARIS, 29 Set 2008 (AFP) - O Congresso dos Estados Unidos deve aprovar nesta segunda-feira o plano de ajuda ao setor financeiro de US$ 700 bilhões, mas o anúncio não foi suficiente para impedir a queda das Bolsas e a propagação da crise à Europa, que amanheceu nesta segunda-feira com vários bancos nacionalizados.

Depois de uma semana de negociações, os líderes parlamentares e o governo de George W.Bush fecharam um acordo sobre os termos do plano, que será votado nesta segunda-feira na Câmara de Representantes e no Senado.

No entanto, o anúncio não freou a onda de estatizações e aquisições.

Na Grã-Bretanha, o governo anunciou a nacionalização do banco Bradford & Bingley, que segue assim o mesmo destino dos compatriotas Northern Rock, Alliance & Leicester e HBOS, adquirido pelo rival Lloyds TSB.

No domingo à noite, os governos da Bélgica, Holanda e Luxemburgo anunciaram a nacionalização parcial do banco e seguradora Fortis, com uma injeção de liquidez de € 11,2 bilhões.

Na Dinamarca, o banco Roskilde foi comprado por três instituições financeiras, enquanto o Vestjysk Bank adquiriu o Bonus Bank e vai realizar uma fusão com outra instituição regional.

Na Alemanha, o Hypo Real Estate (HRE) escapou da falência no último minuto ao obter uma linha de crédito de um consórcio de bancos do país.

As autoridades belgas se comprometeram ainda a ajudar o banco franco-belga Dexia, como fizeram com o Fortis, após uma queda superior a 29% das ações do primeiro.