Em um dos piores momentos da história das relações entre Venezuela e Estados Unidos, a Casa Branca impôs sanções a três autoridades venezuelanas - dois chefes de agências de espionagem e um ex-ministro acusados de laços com organizações terroristas e com o tráfico de drogas - e expulsou o embaixador da Venezuela de Washington, nesta sexta-feira.
As medidas foram adotadas em retaliação à decisão do presidente Hugo Chávez de mandar embora o principal representante diplomático americano de Caracas e às ameaças de corte das exportações de petróleo venezuelano para os EUA, a diminuição do número de vôos entre os países e a uma possível aliança com a Rússia.
O Departamento do Tesouro dos EUA acusa Hugo Carvajal Barrios, chefe da Diretoria Geral da Inteligência Militar (DGIM), Henry Rangel Silva, chefe do Serviço de Inteligência e Prevenção (Disip) e Ramón Rodríguez Chacín, que até o início desta semana era ministro do Interior, de ter negócios com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
(...)
E tudo isso ocorre na semana em que um julgamento nos EUA indica a participação pessoal de Chávez num escândalo de financiamento da campanha da presidente argentina, Cristina Kirchner.
Segundo os promotores, o destino dos US$ 790 mil que estavam na mala do empresário venezuelano Guido Wilson seria a campanha da presidente argentina, Cristina Kirchner. A mala foi retida por policiais argentinos às vésperas da chegada de Chávez a Buenos Aires, em agosto de 2007.
Antonini chegou ao aeroporto de Buenos Aires num avião fretado pelo Estado argentino, no qual também viajaram funcionários dos governos Kirchner e Chávez.
Segundo informações no julgamento de Miami, quem entregou a mala ao venezuelano foi Claudio Uberti, o único funcionário do governo argentino afastado.
A Justiça americana está julgando venezuelanos acusados de tentar encobrir a participação da Venezuela no escândalo. Um dos acusados é o empresário Franklin Durán, empresário vinculado a Chávez.
Nos últimos anos, o ditador venezuelano foi acusado de financiar candidatos de Bolívia, Equador, Nicarágua, Paraguai e Peru. (Leia mais).
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Um comentário:
Por que não param de comprar o petróleo da Venezuela? Não seria a estratégia mais coerente: embargo? Por muito menos defenderam embargos ao Irã. A coisa não deve ser tão séria assim.
Ah, também poderiam parar de comprar cocaína da Colômbia. Assim prejudicariam as narcoterroristas FARC.
Vamos lá, povo americano, desenvolvam ao máximo o seu altruísmo com o resto do mundo.
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