Um dia depois de ter feito uma forte defesa da liberdade de imprensa, indicando que estava criticando os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e da Justiça, Tarso Genro, que defendem propostas que criminalizam o vazamento de informações sigilosas, responsabilizando quem fornece os dados e quem os publica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi dúbio ao tratar do assunto. "A liberdade de imprensa pressupõe o aumento da responsabilidade de todos para que possamos conviver com ela", afirmou.
O Planalto acaba de enviar ao Congresso um projeto de lei que criminaliza as fontes e os jornalistas que divulgarem informações sigilosas. "Liberdade de imprensa não pode pressupor que alguém possa roubar informações e elas possam ser divulgadas sem que a pessoa que tenha roubado fique impune, porque senão você terá dois tipos de cidadãos no Brasil: um que estará subordinado à Constituição e à legislação e um que pode tudo". Em seguida, Lula advertiu que é preciso ter cuidado com este tema.
"Quando eu defendo a liberdade de imprensa, é porque eu digo todo santo dia: eu sou o que sou porque no Brasil teve liberdade de imprensa, mesmo quando falavam mal de mim. Eu não quero liberdade de imprensa para falar bem, quero liberdade pra falar a verdade. Quando as pessoas não falarem a verdade, o povo fará seu julgamento", disse Lula, na porta do hotel Waldorf Astoria, onde está hospedado, assim que retornou da sede da Organização das Nações Unidas (ONU).
O presidente não quis responder, no entanto, se defendia a punição das fontes e dos jornalistas que divulgarem informações sigilosas, como pregou o ministro Jobim, em depoimento no Congresso.
Ao Estado, o presidente Lula reiterou que, no caso do grampo que revelou a conversa do presidente do Supremo, Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-TO) o problema da quebra do sigilo seria facilmente resolvida, se o jornalista que escreveu a matéria contasse quem lhe deu a informação. "Era fácil encontrar, saber quem fez o grampo, se o jornalista que fez a matéria dissesse quem é o cara", disse Lula, acrescentando que, se isso ocorresse, "livrava todo mundo".
No seu depoimento à CPI dos Grampos, Jobim tinha afirmado ser necessário discutir se a imprensa não seria co-autora dos vazamentos de informações sigilosas. "É preciso pensar na punição de quem faz o grampo ilícito e de quem divulga", disse o ministro. (Do site do Estadão).
MEU COMENTÁRIO: Basta ler esta matéria para se ter uma idéia de como Lula entende a liberdade de imprensa.
Lula quer saber quem é o cara!
Daria para morrer de tanto gargalhar se tudo isso não fosse trágico.
Os comentários estão aí para vocês, leitores, opinarem.
Aproveitem enquanto Lula não baixa um decreto-lei determinando o fim da internet no Brasil.
terça-feira, setembro 23, 2008
Lula volta atrás e quer saber "quem é o cara"
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Postado por
Aluizio Amorim
às
9/23/2008 10:48:00 PM
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2 comentários:
Está parecendo ameaça explicita tipo: ou dá ou desce. Ou seja, deêm o nome do cara para não provocar a ira da cumpanherada.
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Lá se vai o fim do repórter investigativo. O desvendador das falcatruas enrustidas. O entrevistador dos sem face. Agora é o poder da chantagem e opressão na mão do sistema. Nesse cenário Watergate nunca teria existido. Gilmar Mendes (o porreta aí do Aluízio), se pronuncie... he,he,he,...
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