Da coluna de Lauro Jardim, no site da revista Veja:
A análise que se segue é de um dos mais argutos banqueiros de investimentos do país, que prefere manter-se anônimo no meio do terremoto. O cenário visto de agora (momento em que a Bovespa cai 11,74%), não pode ser pior, mas merece ser lido:
*"A crise de crédito é gravíssima e entrou com tudo no Brasil. O mercado sofre uma conjunção de fatores negativos que raramente ocorre. Em termos de fundamentos, a queda de commodities ataca os exportadores (CSN está caindo 25%, a Vale 20%). O aumento de juros e a conseqüente desaceleração do consumo afetam as empresas locais (Lojas Americanas cai 15%; Pão de Açúcar, 12%; Itaú e Bradesco 15%). Em termos de fluxo de capitais, o cenário é bem mais complicado no curto prazo, influenciado por três fatores: muitos hedge funds estão queimando suas posições de Brasil para cobrir resgates; empresas sólidas se aventuraram em derivativos malucos, gerando enorme desconfiança (Sadia, Aracruz e CSN são apenas o começo) e há fortes rumores de que vários bancos pequenos estariam no redesconto do Banco Central.”
*"Apesar de muitas blue chips estarem muito baratas na Bovespa, o mercado ainda pode chegar pertos dos 30 000 pontos (agora está em 39 293 pontos) antes de ensaiar uma recuperação mais consistente".
*"O consolo é que, como em toda crise de crédito, aqueles que sobreviverem poderão gozar de uma recuperação relativamente rápida, assumindo que uma crise econômica não virá com o mesmo vigor da crise de crédito”.
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