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sábado, outubro 25, 2008

Debates reforçam a excelência da democracia

Não pretendo fazer propriamente uma analise dos debates. Mas a impressão que tenho é que aqueles que pensavam no triunfo do pensamento único em cima de cerca de 80% de suposta aprovação popular a Lula, estavam enganados. Nos grandes centros o PT é praticamente um partido diminuto, coadjuvante.

Os resultados das pesquisas eleitorais têm demonstrado isso. Creio ser difícil a partir de agora que a tendência do eleitorado se altere muito em São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis.

Em Belo Horizonte, ainda que os institutos de pesquisa apontem um crescimento de Márcio Lacerda nos últimos dias, aparentemente os índices ainda revelam uma forte tendência do eleitorado local a sufragar Leonardo Quintão, de certa forma rechaçando aquilo que afirmei no início dessas linhas: o pensamento único articulado por Aécio Neves mirando 2010.

No Rio de Janeiro, também se registra uma tendência a favor Fernando Gabeira, ainda que nos últimos dias Paes tenha reagido. Como em Belo Horizonte, no Rio a disputa parece ser apertada e contaminada por uma variável perigosa que é a atuação eleitoral do crime organizado.

Nesta semana, o prefeito Cesar Maia revelou apreensão no seu boletim diário Ex-Blog a respeito de possibilidade de fraude, a exemplo do episódio que cercou a eleição de Brizola no Rio de Janeiro.


Não vi em nenhum grande jornal a repercussão desse fato. Reproduzi aqui no blog a denúncia de Cesar Maia e hoje verifiquei que Cubano tocou no assunto em seu blog, embora pautado em outras fontes. A mostrar que há alguma movimentação de bastidores que merece uma acurada atenção da Justiça Eleitoral e da imprensa.

De modo geral creio que nada de extraordinário vá emergir a partir dos debates.


Entretanto, a dinâmica dos acontecimentos pode fazer surgir algo que interfira na decisão do eleitorado. Contudo, a maioria dos eleitores já está praticamente definida, restando uma minúscula parcela que decidirá na última hora.

E, para finalizar, nunca é demais repetir: como é bom a democracia, a liberdade de imprensa e a alternância do poder.

A eleição tem sempre esse poder pedagógico, mas o aprendizado é longo e difícil, ainda mais em sociedades como a brasileira, onde a dominação racional legal (o império da lei) que tipifica o Estado Moderno, ainda depende de um refinamento que separe radicalmente as esferas pública e privada.

2 comentários:

Alexandre, The Great disse...

É, Aluízio. O RJ corre este risco, realmente. No debate diante de uma "acusação" de ser ligado a César Maia, Gabeira com seu fleuma característico respondeu: "o Prefeito César Maia, enquanto eleitor, optou pela nossa candidatura; quanto ao sr. eu poderia dizer que é apoiado pelo Dep. Babu, cujos milicianos nos ameaçaram em nossa carreata pela Zona Oeste. Poderia, mas não sou leviano para acusá-lo disso..."

Detalhe: as regras do debate não permitiam ataques pessoais entre os candidatos.

Outro ponto: Paes tentou jogar 2 cascas de banana para Gabeira e numa delas o feitiço virou contra o feiticeiro. Naquele momento tragi-cômico o candidato do PMDB gaguejou e balbuciou uma réplica desconexa. Foi hilário!

Outra bola fora do pmedebista foi a cantilena da parceria com a União e o Estado. Ficou repetitivo e enfadonho, além de sugerir um golpe chantagista: "ao candidato do lula - tudo; ao outro - nada"

FOGO NOS BOTOCUDOS!

Anônimo disse...

Recomendo a leitura da colunoa do Mauro Chaves, no Estadão de hoje.
Pá de cal na madame da virada e fogo nos botocudos.
PONTO 50 NELLES!
Eduardo