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quinta-feira, outubro 02, 2008

A virtude da Constituição de 88: ser de centro.

Os jornalistas Carlos Marchi e João Domingos, do Estadão, assinam uma matéria especial que já integra o elenco de reportagens que haverão de ser publicadas até este domingo, dia 5, quando a Constituição de 1988, completa 20 anos de existência.

O lead da matéria refere-se ao enxerto de um dispositivo à última hora que, segundo consta, teria evitado uma crise militar.

Entretanto, pinço do texto uma passagem que considero importante para efeito de reflexão política num momento em que vários países latino-americanos, dirigidos por tiranetes comuno-fascistas, dão meia volta e retornam ao passado à guisa de refundar seus respectivos países em bases socialistas. A América Latina é o único continente do mundo onde teorias derrotadas pela prática são adotadas.

Nesta reportagem de Marchi e Domingos, destaco então este trecho:

"Uma Constituição tem de ser de centro, não pode ser de esquerda ou de direita", diz hoje Afif. "A visão da economia era autárquica. Tudo devia ser estatal, como se Estado fosse o povo", contesta Fernando Henrique. "A gente precisava radicalizar. Nosso pensamento era dominado pelo estatismo e pela idéia de uma sociedade socialista", admite Roberto Freire (PCB-PE).


Foi então que os dois lados descobriram a urgente e imperiosa necessidade de negociar, sob pena de a Constituição não vingar. O primeiro passo foi eleger dois novos vice-presidentes respeitados - Fernando Henrique, para segurar os radicais de esquerda; e Passarinho, para conter os excessos dos conservadores. (Clique AQUI e leia tudo).

Como toda a obra dos homens uma Constituição jamais será perfeita. Mas Carta de 1988, que embala o período democrático mais longo do Brasil, perdura no tempo justamente pelo equilíbrio que a coloca no centro do expectro político ideológico.

Que o aniversário de duas décadas de vigência da Constituição enseje uma reflexão política e social honesta que reforce o apreço da Nação brasileira pela democracia, pela legalidade e pela liberdade.


P.S.: A redação do Estadão não está imune à infiltração de jornalistas penas alugadas do lulismo. Mas ainda é o único grande jornal que possui em seus quadros profissionais do excelente nível e de compromisso com a liberdade de imprensa. Além disso é o jornal que tem a melhor unidade e qualidade de texto da imprensa brasileira.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pior eh ter uma constituicao q serve apenas pra peso morto, pq nao vale nada!

Anônimo disse...

Já passou da hora de se rasgar essa horrível e comunista constituição!
Precisamos é refundar o Brasil sobre verdadeiras bases da Ordem e Progresso e não de "tudo por dinheiro".
É preciso que existam boas leis - a polícia não é onipresente, e o criminoso só respeita leis firmes.
(inclusive o criminoso engravatado...)