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domingo, novembro 02, 2008

Como no Brasil, esquerdismo também cai no Chile

Não é apenas no Brasil que o esquerdismo começa a perder fôlego. Em post mais abaixo reproduzi a entrevista do sociólogo Demétrio Magnoli onde ele explica com muita propriedade o que está acontecendo no Brasil.

E dá para fazer uma ponte com o que ocorre no Chile atualmente, onde a denominada “direita”, já completamente descolada daquela que era ligada a Pinochet, modernizada e aceitando pacificamente o jogo democrático, já faz um contrapeso importante dentro do processo político chileno.

Acredito que a onda esquerdizante extemporânea na América Latina já começou a perder fôlego. Vejo como a ressaca de uma festança política que começou com a redemocratização em todos os países do continente. Curado o porre o dia seguinte é uma dor de cabeça e a volta lenta à realidade.

O que parece é que nenhuma tentativa de retrocesso institucional à esquerda ou à direita, nos moldes tradicionais, terá lugar novamente no continente sul-americano. Este é o fato auspicioso.

No Chile o aliança que levou Bachelet ao poder também fez água nas eleições municipais. Vejam esta reportagem que está no Estadão deste domingo:


Ao contrário de quase todos os outros países da América - incluindo os EUA -, a direita foi quem mais cresceu com as eleições municipais do dia 26 no Chile.


E isso aconteceu justamente em um dos poucos países onde a clássica divisão direita-esquerda dispensa eufemismos como cocaleiros, indígenas, peronistas e bolivarianos.

A Concertação, aliança da atual presidente socialista, Michelle Bachelet, perdeu sua primeira eleição em 18 anos para a direita. O prejuízo da esquerda foi de 56 das 203 prefeituras, enquanto a Aliança, coligação de partidos de direita, elegeu 36 novos prefeitos, além dos 104 que detinha anteriormente.

A dança das cadeiras representa um salto de 25% para a direita e um tombo de 27% para a esquerda.Desde o fim da ditadura do general Augusto Pinochet, em 1990, a Concertação, coalização de socialistas, social-democratas e democratas-cristãos, vinha se mantendo e se expandindo no poder, em um claro sinal de que o legado de 17 anos de governo militar (1973-1990) tinha sido suficiente para a maioria dos chilenos.

Entretanto, as eleições da semana passada mostraram mais do que uma revanche da direita - revelam que talvez já não haja no país aquela mesma direita das décadas de 70 e 80, ou que, pelo menos, mostraram que ela está em vias de extinção.

Prova disso foi que Lucía Pinochet Hiriart, filha do ex-ditador, foi a segunda vereadora em número de votos na comuna (bairro) de Vitacura, com 15,75% dos votos. No entanto, ela saiu como candidata independente, em vez de usar o guarda-chuva da direita. (Leia MAIS).

3 comentários:

Anônimo disse...

Oxalá estejamos caminhando para a exterminação dos botocudos da terra brasilis. Minha parte tem sido feita.
Sobre o post abaixo "retórica mentirosa de lula sobre a imigração" é tudo o que vc disse com sabedoria.
Eu ainda vejo um lado prático no assunto; como lulla é um retirante nordestino que se fez em São Paulo tem a tendência natural de achar que os outros devem aceitar pacificamente a invasão botocuda.
Não disponho de números mas arriscaria dizer que hoje em Sampa há mais nortistas e nordestinos que em seus estados de origem.
Lá, de cada dez pessoas que vc conversa, onze têm "sutaki". Detalhe, os que produzem são bem poucos devido a sua natural indolência e exagerado gosto etílico.
De fato, querer comparar os imigrantes europeus e japoneses que aqui aportaram no século passado com a onda botocuda atual é, no mínimo, má fé!

Anônimo disse...

Irretocável o comentário do ateuatoa: Para os paulistanos, a horda botocuda só trouxe merda. Vide Lulla)
Ponto .50 nelles!
Eduardo

Anônimo disse...

quanto a votaçao da filha de Pinochet, nota-se que uma parcela da população ainda abraça o totalitarismo, adora uma ditadura.