Contardo, o psicanalista. Fala sério, cara!

Contardo Caligaris é um psicanalista italiano que viveu no Brasil e se mudou para os Estados Unidos. Aqui é festejado, lá não sei se o conhecem. Escreve na Folha de São Paulo. Este post abaixo serve como uma luva também para ele.

Em seu artigo desta segunda-feira, como não poderia deixar de ser, investe contra o governador da Califórnia, o competente ator e político Arnold Schwarzenegger e minimiza de forma sorrateira a coragem e heroísmo de McCain (aliás, deve causar inveja a muita gente, inclusive ao Caligaris e demais cascateiros) e endeusa Hussein Obama, buscando na escravidão a unção que sacraliza as supostas qualidades do candidato democrata.

Arre! Essa gente continua sempre no passado, sempre estimulando o racismo, sempre buscando culpar as gerações que não têm nada a ver com a escravatura.

O genial Sigmund Freud não poderia supor que seus estudos, que originaram a psicanálise, pudessem ser apropriados de forma tão rasteira e ordinária.

Pergunto então para o Caligaris por que ele foi morar nos Estados Unidos?

E o editor da primeira página da Folha foi além de Caligaris e mandou ver na chamada para o artigo: “Escravatura, ainda hoje, se revela no corpo de Obama”. Logo Obama, que não tem ancestrais escravos e é o exemplo mais bem acabado de beneficiário da democracia e da liberdade vigentes nos Estados Unidos.

Tenho quase certeza que não leu o artigo inteiro de Caligaris, que no título preferiu dar um tom comum aos textos psicanalíticos que, aliás, não têm nada a ver com aqueles lavrados pelo sábio de Viena que de politicamente corretos não tinham nada.

Tudo isso é asqueroso, pegajoso, sórdido. Mentirada que a mídia reveste de verdade.