ECOCHATOS FATURAM EM CIMA DA DESGRAÇA

Como era previsto, os ecochatos já estão em ação tentando faturar em cima da tragédia que vive o Estado de Santa Catarina.

Trata-se de uma ação deplorável desse bando de oportunistas que, espero, a grande imprensa nacional não dê ouvidos.

Por enquanto eles já comem pelas beiradas e há nesta terça-feira uma matéria no jornal argentino El Clarin, tentando fazer crer que as chuvas em Santa Catarina são causadas por mudanças na floresta Amazônia e pelo aquecimento global, todo aquele discurso que já se conhece e que não tem fundamento científico. É mentirada!

Quando nem se imaginava que um dia o mundo fosse ficar politicamente correto, as enchentes já castigavam o Alto e Médio Vale do Itajaí.

Em Rio do Sul, 100 quilômetro acima de Blumenau, onde nasci e vivi até os 20 anos de idade, testemunhei inúmeras enchentes.

Em 1958 aconteceu, se não me engano, uma grande cheia nos rios Itajaí do Sul e do Oeste que se juntam no centro da cidade de Rio do Sul para formar o Itajaí-Açú que desemboca no mar na cidade portuária Itajaí, que também foi seriamente atingida pelas cheias e enxurradas.

Nos anos 60 seguiram-se outras enchentes que castigaram o Alto Vale e a cidade de Blumenau.

Posteriormente foram construídas duas barragens de contenção das águas, uma em Taió e outra na região de Ituporanga. Isto minimizou de forma apreciável a ocorrência de enchentes que naquela época, que eram muito mais freqüentes que do que atualmente. Quem mora naquelas regiões sabe disso.

Em 1974, a cidade de Tubarão, no Sul catarinense, foi varrida por uma grande cheia que ficou anotada como uma das maiores tragédias acontecidas no Estado.

Em 1983 e 1984, duas grandes enchentes inundaram Rio do Sul e Blumenau e as águas desceram sobre essas cidades com muita força causando destruição, particularmente em Rio do Sul.

Nessa época estava no jornal O Estado, aqui de Florianópolis e, juntamente com o meu amigo e fotógrafo Marco César, fizemos a cobertura da enchente de 1984 em Rio do Sul. Voamos até Lages, de carona num avião da FAB e de lá, por helicóptero da Base de Santa Maria, chegamos aos arredores de Rio do Sul e tivemos que ir a pé até o centro da cidade.

Nessa época ninguém falava em aquecimento global. Também há registros que em 1912 houve uma enchente gigante em Blumenau e há fotos que mostram que o volume da água na cidade foi do mesmo tamanho daquele registrado em 1984.

Recentemente estive em Rio do Sul e constatei que os grandes morros que circundam a cidade possuem hoje cobertura vegetal maior que há 40 anos atrás!

Clareiras que eram vistas nos anos 60 foram completamente reconstituídas. As margens dos dois rios que cruzam a cidade estão quase fechadas pelo matagal, constituído por árvores nativas conhecidas como “salseiros” que providencialmente evitam a erosão dos barrancos.

Os episódios de seca no Nordeste do Brasil se repetem há muitos anos desde um tempo em que nem se pensava em aquecimento global e ecochatismo.

E também é bom lembrar que antes da onda ecochata do efeito estufa, falou-se muito que o planeta corria o risco de esfriar. Lembram? Há inclusive um filme sobre isso que não me lembro agora o título.

Tais prognósticos não se confirmaram. Agora os ecochatos antevêem o fim dos tempos com o aquecimento global.

Se vier esse tal aquecimento mesmo, tomara que esturrique esse planetinha de merda habitado por um bando de botocudos estúpidos e cretinos que num momento como este de comoção, de tristeza e destruição, ficam enchendo o saco como essa mentirada e procuram faturar em cima da desgraça de milhares de pessoas.

Vade retro, ecochatos!