PREPAREM-SE PARA 2009!

TOMARA QUE "ESTEPAÍS" NÃO MERGULHE NUMA RECESSÃO.

Acabo de ver no site do Estadão, a sessão Monitor da Crise, que pretende ser uma radiografia a respeito do comportamento do mercado brasileiro em relação à crise econômica global.

No que respeita à pressão sobre os preços, está lá o impacto do aumento do dólar.

É aí que surge, pela enésima vez, a indagação que os consumidores brasileiros estão cansados de fazer: por que quando o dólar cai, como caiu recentemente, os preços não declinaram?

O dólar, no Brasil, só influencia os preços para cima, nunca para baixo.

E os juros? Todos os países que experimentam a virulência da crise baixaram as taxas de juros, coisa óbvia para esquentar a economia. Mas no Brasil as taxas não caem nem a pau.

Ora, alguém está levando vantagem com isso. Seria o próprio governo em função da denominada “dívida interna”? Digam lá economistas.

Expliquem por que os juros não caem e os preços nunca descem de patamar mesmo quando o dólar cai?

Agora mesmo está se vendo os preços do petróleo desabarem mas os preços do combustível, do gás de cozinha, continuam nas alturas.

Aqui em Florianópolis se paga os preços mais altos pelos litro da gasolina e também do álcool.

O consumidor de Florianópolis está submetido a um cartel vergonhoso. É aí que a gente precisava de um Protógenes agindo contra a deletéria ação dos cartéis.

Não. Não há uma só ação do governo petralha que seja digna de nota. Os desgraçados atuam apenas no sentido de açular a luta de classes com ações espetaculosas da Polícia Federal.

Por que não desbaratam, por exemplo, o maldito cartel dos postos de combustíveis em Florianópolis?

Não. Aqui também os petralhas agem açulando a luta de classes e utilizam para isso a Polícia Federal, como se viu na recente Operação (argh!) Moeda Verde, que submeteu ao vexame e à execração pública diversos empresários.

Este é um país da mentira, da sacanagem, do patrimonialismo. A rigor, as medidas contra a crise estão direcionadas apenas a manter a liquidez dos bancos. Está certo que isso tem de ser feito. Mas não é só isso.

Estados Unidos e países europeus adotaram as mesmas medidas, mas em paralelo baixaram as taxas de juros. E olha que lá não existem taxas sequer parecidas com as praticadas no Brasil as quais configuram verdadeira agiotagem.

Torço para que em 2009 “estepaís” não mergulhe numa fantástica recessão, principalmente pelo fato de que aqui não há capitalismo verdadeiro, mas patrimonialismo e o povo brasileiro, com exceção aqui do Sul, é indolente e espera sempre as soluções dos problemas a partir do Estado-Pai.