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domingo, novembro 16, 2008

Que seria desses brancos se não fossem os índios

Índios piripkuras, de contato recente no Mato Grosso, segundo a Funai
Em maio passado uma fotografia de índios supostamente isolados num matagal perto da fronteira com o Peru correram o mundo, embora haja controvérsia em torno delas e há quem assegure ser muito difícil a existência, na atualidade, de grupos indígenas que não tiveram nenhum contato com a civilização.

Controvérsias à parte, o certo é que a FUNAI já está no encalço (Folha de São Paulo deste domingo), segundo acredita, de 39 grupos indígenas isolados nas matas brasileiras. Para encontrá-los utilizará aeronave dotada de radar capaz de rastrear pessoas pela temperatura do corpo a uma grande distância.

Confirmado eventualmente o achado, o passo seguinte é a demarcação das terras por onde vagam esses aborígenes. Mais adiante já se pode antever confusão como aquela ocorrida recentemente em Gambá Serra do Sol.

Os antropólogos e ecochatos do mundo inteiro estão excitadíssimos com a possibilidade, remota, é verdade, de encontrar criaturas que jamais tiveram contato com homens brancos.
Ocorre-me, contudo, que pelo menos esses silvícolas devem ter visto algum avião cruzando o espaço sobre a floresta onde supostamente estariam vivendo.

Há, sem dúvida, uma estranha fascinação em torno dessas histórias de índio, provavelmente determinada por um gap no desenvolvimento genético a partir dos nossos ancestrais chimpanzés.

É de se notar que em certas áreas do planeta há uma maior ou menor influência simiesca na constituição cerebral da espécie humana.

Onde ela é mais presente, predomina o tipo botocudo, cuja característica principal é ser dominado por irresistível de vontade de retornar à situação de seus ancestrais.
Isto talvez explique a existência dos famosos sertanistas, esses valentes que se embrenham nas matas, correndo risco de vida, em busca de aborígenes.
Não deixa de ser uma estranha fixação, algo que desafia a razão: trocar o conforto derivado da ciência e da tecnologia por matas inóspitas pontilhadas por espécies peçonhentas, malária, febre amarela e outras adversidades para as quais os supostamente civilizados não estão preparados para enfrentar.
Para completar é inescapável este raciocínio eminentemente lógico: o que seria desses brancos se não fossem os índios?
Foto: arquivo Funai/Folha de São Paulo

3 comentários:

Anônimo disse...

O branco multiplicou-se que nem ratos, infestou tudo e ainda se acha!!!!!

Anônimo disse...

Aluízio
Você deve colocar o caso de Mato Grosso do Sul, onde querem transformar uma área enorme de fazendas exportadoras de soja em uma quilombola.
logicamente que a área em questão é estratégica, perto da fronteira.
Está semana teve até passeata na capital organizada por ONG's "patriotas" defendendo a demarcação.
O pior é que a grande imprensa não noticia nada.

Anônimo disse...

Tô achando esses índios muito parecidos. Será que são gêmeos? Estranho também é que são meio brancos...não sabia que existia esses tipos de selvagens em nossas florestas...heheheheheheh..