Um bom e lúcido editorial de O Estado de São Paulo, intitulado O segundo vagalhão da crise, chama a atenção para a fragilidade econômica do Brasil, sobretudo quando as contas de seu comércio internacional começarem a reduzir-se em função da recessão já constatada nas maiores economias do planeta. Leiam:
O primeiro vagalhão da crise internacional atingiu o Brasil no setor financeiro. Enquanto o crédito encolheu para as empresas locais, dólares foram mandados às matrizes das multinacionais e ao mercado de títulos públicos americanos.
O segundo vagalhão vai sacudir o balanço de pagamentos, com a redução da demanda externa e a diminuição dos preços das commodities. Com a recessão declarada oficialmente na Europa e o rápido agravamento da situação nos Estados Unidos, no Japão e até nas economias mais dinâmicas da Ásia, já não há como alimentar fantasias sobre as perspectivas do Brasil.
(...)
Nos últimos anos, o comércio exterior brasileiro foi muito beneficiado pelo rápido aumento da procura e dos preços de produtos agrícolas, minério de ferro e outras commodities. Esse quadro favorável explica, em boa parte, a sucessão de grandes superávits comerciais e a acumulação de reservas.
O País deve preparar-se para um quadro muito diferente. Se não se adaptar, a solidez das contas externas, um importante fator de segurança, poderá ser comprometida. O governo parece não haver dado suficiente importância, até agora, a esse perigo. (Leiam o editorial completo clicando AQUI).
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6 comentários:
Falar agora não vale. Eu antecipei essa mesma análise em seu Blog no meu primeiro artigo para você Aluizio. Esse editorial está atrasado. Dizer coisas que todo mundo está vendo acontecer não acrescenta nada.
Por que não se fala do que irá acontecer com a moeda “peg” do mundo? O dólar.
Será que nossos jornalistas e economistas não têm imaginação? Para que então foram na escola?
Que nos vamos sofrer estava claro. Aquele tipo de euforia e preços altos era pura fantasia.
A realidade virá muito além do que esse jornalista esta pensando.
Vivemos uma grande mentira, não só no Brasil, mas no mundo. Porém aqui a mentira vai cair na cara dos políticos de uma vez por todas.
O que ninguém fala mesmo é do tamanho e da gravidade da tal crise. Suas proporções são gigantescas. Levou a Alemanha, o Japão, a Espanha, a Inglaterra e outros países, a entrarem em recessão em apenas 90 dias.
O sistema financeiro mundial, com ressalva para o do Brasil, simplesmente irá desaparecer em falência generalizada. Pode apostar nisso.
Nós não iremos apenas sofrer, nós vamos quebrar, a Argentina primeiro, depois a Venezuela, em seguida o Brasil. O dinheiro na praça dura se tanto 60 dias, depois disso virão aqui com outro editorial.
Já disse ai embaixo, em algum comentário, que em duas semanas vai virar bagunça.
Não acreditam? Então vocês verão.
Nathal,
vc tem absoluta razão e realmente já escreveu artigo que postei aqui no blog quando explodiu a crise. Os jornalões como sempre estão atrasados.
Entretanto, louvei o Estadão neste editorial pelo fato de que, finalmente, os grandes veículos estão alertando para esta séria crise financeira. E ainda estão pegando leve, eu sei.
Acontece que o editorial do Estadão, um dos maiores jornais do mundo, tem um peso especial, evidentemente muito maior do que este meu blog, que é independente, não está alojado em nenhum grande portal.
Mesmo assim, contando com o seu conhecimento na área, este blog foi pioneiro, ao antecipar a gravidade da situação.
Grande abraço do
Aluizio Amorim
Se for este o preço pra nos vermos livres do PT, acho q vale.
JC.
O bom dessa crise é que o PT e sindicatos, e o povo, não tem como reclamar.
Vai dai a boca calada de tudos e todos, menos nóis que somos zelite.
ehehehe
Nathal
Enquanto isso no Brasil...
Lula manda a galera gastar a vontade.
O mantega diz que nossa economia está mais sólida do que nunca, e fala, "nós fizemos o dever de casa".
A Dilma diz que o PAC não vai empacar, pelo contrário o "Pac é uma vacina contra a crise".
E por aí vão enganando a população.
O certo é que o bicho vai pegar!
Vamos ver, quero ver o caos mesmo.
Sempre disse que esse "pais" soh se emenda com um banho de sague...quem sabe eh o estopim.
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