COM ESSA POLÍTICA MONETÁRIA FAJUTA, PREPARE-SE PARA O PIOR!
Conforme antecipei aqui no blog em post mais abaixo, essa alardeada queda na taxa de juros, de mísero 1% na Selic, a maior do mundo, se traduz para o consumidor em reduções praticamente imperceptíveis.
Trata-se de uma piada, um deboche, uma tremenda mentira e os jornalões ainda têm coragem de editar matéria levando a sério essa palhaçada.
Ninguém precisa ser um expert em finanças para saber que com a manutenção dessas altíssimas taxas de juros a economia brasileira continuará engessada. A taxa Selic ainda está muito maior do que nos tempos de bonança econômica.
E também ninguém precisa ser um economista para entender que nesse momento de retração de demanda a economia só se aquecerá se forem ofertados mecanismos que permitam o aumento ou até mesmo a manutenção do consumo. E um dos instrumentos monetários mais eficientes neste momento é a redução das taxas de juros para patamares civilizados.
A verdade é que permanece incólume a agiotagem institucionalizada. Resultado: o impacto da crise financeira internacional poderá ser devastador para um país que depende de capital externo e que, para isso, dedica-se a atraí-los remunerando-os com taxas que não são praticadas em nenhum lugar do planeta.
Ainda que se reduza essa tal Selic a 0,1% ao ano, duvido que reacenda uma inflação de demanda, já que os salários são ridículos e praticamente congelados.
Para provar que não estou falando bobagens, leiam esta matéria que está no site do Estado e que será destaque em todos os jornalões desta quinta-feira. Vejam em quanto foram reduzidas as taxas de cheques especiais e outros financiamentos. Pura piada. Leiam:
Acompanhando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar a taxa de juros em 1 ponto porcentual, para 12,75% ao ano, vários bancos anunciaram a redução das taxas de juros para diversas modalidades, incluindo pessoas físicas e jurídicas. Entre os bancos, estão o Bradesco, Itaú, Unibanco, Banco do Brasil e a Caixa Econômica.
O Bradesco anunciou a redução das taxas de juros para diversas modalidades de crédito, incluindo pessoas físicas, jurídicas e leasing de veículos. A medida passa a vigorar a partir de quinta-feira, 22.
Para pessoa física, a taxa de juros mínima do Bradesco do cheque especial vai recuar de 4,83% ao mês para 4,78% ao mês e a máxima, de 8,64% ao mês para 8,56% ao mês. No crédito pessoal, a taxa mínima foi reduzida de 3,39% ao mês para 3,31% ao mês e a máxima, de 5,99% ao mês para 5,91% ao mês.
Na modalidade CDC Veículos, a taxa mínima caiu para 1,62% ao mês, de 1,70% ao mês, e a máxima foi reduzida de 2,76% ao mês para 2,68% ao mês. As taxas do CDC Bens caíram de 2,98% ao mês para 2,90% ao mês na mínima e de 4,26% ao mês para 4,18% ao mês na máxima.
A modalidade Leasing Veículos passará a operar com um teto mínimo de 1,86% ao mês, contra 1,94% ao mês praticado anteriormente e sua taxa máxima recuou de 2,87% ao mês para 2,79% ao mês.
Para empresas, a linha de capital de giro vai passar a operar com taxas a partir de 2,68% ao mês, contra uma mínima de 2,76% ao mês. A taxa máxima caiu de 5,12% ao mês para 5,04% ao mês.
Os juros da linha de antecipação de recebíveis de duplicatas, cheques e cartão de crédito foram reduzidos de 2,65% ao mês para 2,57% ao mês na mínima e de 4,60% ao mês para 4,52% ao mês, na máxima. (Leia MAIS)
quinta-feira, janeiro 22, 2009
A MENTIRA DA QUEDA NAS TAXAS DE JUROS
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Postado por
Aluizio Amorim
às
1/22/2009 03:43:00 AM
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6 comentários:
Na minha singela visão, se houver um corte adequado nas taxas de juros, corre-se o risco da economia reascender e a popularidade "duhomi" voltar novamente ao patamar anterior, ou seja aqueles tão propalados 78%.
Isso será péssimo pois o reconduzirá com muito maior facilidade para a eternização "nupudê".
Ou bem torçamos para que elle saia chutado, ou nos fazemos de desentendidos e o engolimos por mais vinte anos. Fica a critério de cada um.
Entretanto, para o bem do Brasil, por incrível e paradoxal que possa parecer, no momento quanto pior melhor!
...especulando...
Teremos inflação com recessão.
O problema é que o Estado/governos, com seus pulhas agregados, está cobrando caro demais para deixar as pessoas trabalharem e produzirem.
Além de cobrar para deixar as pessoas trabalharem e produzirem, os governantes também cobram caro para deixar as pessoas viverem bem. Como se fossem os proprietários do conforto e bem viver que "alugam" para a população - boa casa, bom carro, boa localização e etc., são penalisados com elevados impostos: "quer viver bem? então pague um pedágio aos governantes" ...eles são os donos da vida e do bem viver, quem não paga não pode usufruir ...CUISP! CUISP! CUISP! ...a população é a esposa submissa do governo, que ainda a explora.
Esse é o problema: o custo para se trabalhar e produzir honestamente para trocar está elevado demais, inviabilizando a produção. Somente os muiiito eficientes conseguem pagar o "custo-Poder político" (argh! cuisp!) e ainda obter algum lucro para investir e viver.
A inflação, expansão monetária, permite que o governo gaste sem tomar (cobrar impostos) moeda da população. Com isso pode consumir sem impedir DIRETAMNTE o consumo da população que trabalha e produz (é, minha gente, imposto não é para dar recursos ao governo não, mas para impedir o consumo de quem produz para sobrar para quem governa). Porém a copnsequencia é a elavação dos preços pelo fato de haver mais consumidores com moeda do que produtos para serem trocados por moeda.
A atual situação não pode mais ser maquiada pela fantasia financeira, sobre a qual o gov também arrecadou, e a merda está aparecendo. O governo que exaure a sociedade produtiva e que toma emprestado também se faz emprestador para os "mais chegados" que sem isso se arruinariam - NÃO É UMA ABERRAÇÃO???
Os muito eficientes não seguram o rojão sozinhos, mesmo com sua exuberante produtividade. Os demais, não tão eficientes - com menor produtividade - não conseguem suportatr a carga tributária (o pedágio que a corja política e seus pulhas agregados cobra para deixar produzir para trocar) - e param de produzir por incapacidade de pagar tributos e sobreviver. ESSA É A MERDA!
Não adianta inflacionar e extorquir a população. Isso resulta em stagflação. Contudo, a expansão monetária arroxa renda do consumidor e favorece o produtor, desde que não num processo contínuo. ...
Isso é o que eu ESPECULO, e talvez algo seja aproveitável.
abs
C. Mouro
Enquanto o resto do mundo vive uma realidade avassaladora, nós por aqui temos o copo meio cheio. O governo vai empurrando com a barriga (por sinal deve estar lotada de 51) o trabalho que deveria estar fazendo. Como já citei aqui, o não fazer é a marca registrada do governo petista.
O governo está convicto de que uma deflação é impossível de acontecer no Brasil. Tem ainda outra convicção quanto aos efeitos de crise mundial. Está certo de que não seremos duramente atingidos e que o mercado interno deverá suprir o crescimento desejado e imprescindível. Mais, contam com que a crise dure apenas alguns poucos meses, não mais de três, e que as coisas voltem ao "normal" após esse período de transição.
Na verdade o Meirelles está vendo que a distribuição de dinheiro no governo PT é mesmo séria e que só há uma maneira da inflação não comer o salário do trabalhador, isto é, manter as taxas de juros nas alturas. Pelo menos ele tem o bom senso e reconhece os efeitos de uma política fiscal desastrada.
O redemoinho no hemisfério sul roda no sentido horário. E o ralo econômico está ai sugando empregos, lucros e dividendos. Querem me fazer acreditar que em março já estaremos fora da crise.
O IBGE solta estatísticas do passado noticiando como se ainda estivéssemos andando para frente.
Querem me fazer acreditar no impossível.
A roda esta girando para baixo no mundo, fazer força contra ela é querer fazer acontecer um acidente. O nosso BC reconhece antecipadamente que a distribuição de dinheiro no mundo vai trazer inflação, é cauteloso e não quer baixar os juros. De fato isso acontecerá, mas não se sabe quando. Então o melhor é dar uma porrada no cravo, baixando 1% nas taxas mais altas do universo e fazendo os sindicalistas calarem a boca, e outra na ferradura, mantendo a taxa mais alta do universo no mesmo patamar que antes para os investidores estrangeiros.
É a malandragem nacional.
Essa foi certeira no cravo:
"De fato isso acontecerá, mas não se sabe quando. Então o melhor é dar uma porrada no cravo, baixando 1% nas taxas mais altas do universo e fazendo os sindicalistas calarem a boca, e outra na ferradura, mantendo a taxa mais alta do universo no mesmo patamar que antes para os investidores estrangeiros."
..Show de bola!
Querem exibir UMA face arrumadinha do "cubo mágico" da economia ...mas as outras estão embaralhadas...
Abs
C. Mouro
Mantega acaba de afirmar que nao haverá recessão no Brasil em 2009.
Qual vai ser a magica?
A mágica é simples:
Basta adequar as formulas para a nova realidade ...hehehe!
Com essa tecnologia poderiam fazer o braziu crescer uns 7% ou 8% em 2009. Talvez mais até.
Tudo é uma questão de fórmula. É só usar uma fórmula adequada e pronto! ...hehehe!
Abs
C. Mouro
...mas que vem recessão e com inflação, eu arrisco apostar.
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