Aribert Ferdinand Heim, conhecido como "Doutor Morte" e um dos criminosos nazistas mais procurados do mundo, morreu em 1992 no Cairo, informou a TV alemã ZDF na quarta-feira, 4.
De acordo com a TV, Heim vivia no Egito usando o pseudônimo de Tarek Hussein Farid e havia se convertido ao islamismo antes de sua morte, de câncer intestinal.
A ZDF - que investigou o caso juntamente com o jornal The New York Times - disse ter obtido a informação de Ruediger Heim, filho do nazista, e de amigos dele no Egito.
A TV diz ter visto a certidão de óbito, além do passaporte, o pedido de residência, extratos bancários, cartas pessoais e documentos médicos que Heim deixou no quarto de hotel onde vivia no Cairo.
Alguns papéis estavam no nome de Heim, outros no de Farid, mas todos os documentos tinham a mesma data e local de de nascimento - 28 de junho de 1914, em Radkersburg, Áustria.
Um dos investigadores do Centro Simon Wiesenthal, Efraim Zuroff, disse que não viu os documentos, mas se a notícia for verdadeira será "um grande impacto".
Investigadores em Israel e na Alemanha acreditavam que Heim estava vivo, escondido em algum lugar na América Latina. Ele teria uma filha ilegítima vivendo no Chile.
Heim era considerado um dos mais sanguinários criminosos de guerra nazistas e suspeita-se que torturou e assassinou centenas de prisioneiros judeus nos campos de concentração de Buchenwald, Sachsenhausen e Mauthausen , injetando-lhes veneno no coração ou arrancando-lhes órgãos sem anestesia.
Durante muitos anos, Heim foi o número 2 na lista de criminosos nazistas mais procurados do mundo, depois de Alois Brunner - o principal assistente de Adolf Eichmann -, que possivelmente está morto. (Do site do Estadão)
A REDE DE PROTEÇÃO AOS NAZISTAS
O mais incrível de tudo isso é que esses criminosos nazistas, como Heim, conseguiram escapar da justiça por que tiveram a proteção de centenas de viúvas de Hitler e que continuam tão nazistas quanto os sanguinários algozes comandados pelo tirano alemão.
O nazismo mantém milhares de adeptos. Não só na Alemanha, mas em todo o mundo.
No Brasil também há muitos nazistas, tanto é que Mengele, o Anjo da morte, viveu tranquilo por muitos anos até que morreu afogado e de forma misteriosa, numa praia do litoral paulista.
Até hoje há que afirme que Mengele inclusive andou por Blumenau, Rio do Sul e teria clinicado clandestinamente na cidade de Dona Emma, no Alto Vale do Iajaí, aqui em Santa Catarina.
Nos anos 60/70 essas histórias a respeito dos nazistas foram freqüentes nos jornais.
Muitas eram puro delírio, outras confirmavam a existência de uma incrível rede de proteção aos nazistas funcionando no Estado de Santa Catarina, onde existe uma forte colonização germânica, principalmente no Vale do Itajaí.
Tanto é que há alguns anos um empresário de origem alemã de Blumenau, já falecido, me confidenciou que possuia uma coleção de badulaques nazistas originais, incluído abotoaduras e uma adaga, nas quais estava incrustrada a sinistra cruz suástica, o emblema do Estado nazista alemão.
Em 2000, quando lancei o meu livro "Nazismo em Santa Catarina" numa noite de autógrafos no Bistrô, o famoso bar do meu saudoso amigo Horário Braun, no Shopping Neumarket, em Blumenau, nunca me esqueço de um episódio engraçado.
Em dado momento, enquanto autografava, surgiu um homem de uns 60 anos de idade e, aproximando-se à mesa, e exclamou: "isto aí (o livro) é financiado pelos judeus de Nova York". Ao que retruquei brincando: "que nada, seu Fritz, senta aí e toma um chopinho".
O alemão comprou o livro. Sim, ele viera especialmente com a finalidade de comprá-lo, como outro misterioso cidadão já estava lá quando cheguei para a noite de autógrafos. Era um alemão que misturava o sotaque germânico com o espanhol. Vivera por muitos anos na Argentina...e, na época, morava em Pomerode, pequeno município próximo a Blumenau. Pomerode é considerada a cidade mais alemã do Brasil.
Hoje a rede protetora dos nazistas que eventualmente ainda estejam vivos é constituída pelos árabes e, pasmem, pelos partidários do esquerdismo que gravitam em torno do PT, PSOL, PCdoB e seus congêneres em todo o mundo.
Nas reuniões dos petralhas, dizem que é comum ouvir a tradicional saudação nazista: Heil, Hitler!, naquele inconfundível sotaque botocudo.
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