Alvarás de construção? Só se for para construir dentro d'água.
Há pouco entre no site Clima Tempo, para ver a previsão meteorológica, já que a temperatura está incrivelmente baixa para esta época do ano, mesmo aqui no Sul, onde os termômetros têm alcançado até mais de 30 graus centígrados. Afinal, estamos em pleno verão. Mas esse ar de outono na manhã dest sexta-feira está muito agradável e civilizado.
Mas não é o clima que vou abordar neste rápido post. É que enquanto navegava no site Clima Tempo, notei ao lado a coluna de anúncios Google (veja reprodução abaixo). O primeiro deles anuncia casas de luxo à venda aqui em Florianópolis e hospedagem em hotel de luxo. Outro oferece terrenos prontos para construir em paradisíaco local próximo a uma das 42 praias da Ilha.
Nada contra o progresso ou aos empreendimentos imobiliários e hoteleiros, principalmente nesta época em que se fala mais em crise do que se trabalha.
Ocorre, como já alertei aqui no blog, que Florianópolis, a capital do Estado de Santa Catarina, fica sobre uma Ilha, a Ilha de Santa Catarina, avançando um pouco sobre o continente e a ele ligado por três pontes.
Santa Catarina é aquele pedacinho de terra entre o Paraná e o Rio Grande do Sul. Preciso explicar melhor porque muita gente de São Paulo para cima não sabe onde fica Santa Catarina e muitas vezes nos confundem com os gaúchos ou até mesmo paranaenses.
Mas como dizia, a capital catarinense está sobre uma Ilha pequena, estreia, apertada e que já não dispõe de mais espaço para nada, além de já estar infestada de botocudos.
De alguns anos para cá Florianópolis foi descoberta pelo Brasil e pelo mundo e hoje é um dos principais destinos turísticos internacionais!
Isto pode, num primeiro momento, determinar o desenvolvimento da capital em todos os aspectos. Mas pela exiguidade de seu território, Florianópolis já é uma cidade saturada e violenta. Não cabe mais ninguém.
E, quando vejo a administração municipal conceder alvarás para novos empreendimentos fico apavorado. Trata-se da manifestação em grande escala da ignorância, da insanidade e da estupidez.
Finalmente, quando vejo anúncios Google espalhados pela grande rede em nível planetário constato, sem qualquer dúvida, que daqui a pouco terei que encontrar outro lugar para viver.
Alerto todas as pessoas: não adquiram imóveis em Florianópolis, não venham para cá, por favor. Não há mais espaço. Perdoem-me, mas estou apenas sendo sincero. Gostaria muito de poder estar aqui postando uma informação contrária a esta. Mas, se o fizesse, estaria mentindo.
Mas não é o clima que vou abordar neste rápido post. É que enquanto navegava no site Clima Tempo, notei ao lado a coluna de anúncios Google (veja reprodução abaixo). O primeiro deles anuncia casas de luxo à venda aqui em Florianópolis e hospedagem em hotel de luxo. Outro oferece terrenos prontos para construir em paradisíaco local próximo a uma das 42 praias da Ilha.
Nada contra o progresso ou aos empreendimentos imobiliários e hoteleiros, principalmente nesta época em que se fala mais em crise do que se trabalha.
Ocorre, como já alertei aqui no blog, que Florianópolis, a capital do Estado de Santa Catarina, fica sobre uma Ilha, a Ilha de Santa Catarina, avançando um pouco sobre o continente e a ele ligado por três pontes.
Santa Catarina é aquele pedacinho de terra entre o Paraná e o Rio Grande do Sul. Preciso explicar melhor porque muita gente de São Paulo para cima não sabe onde fica Santa Catarina e muitas vezes nos confundem com os gaúchos ou até mesmo paranaenses.
Mas como dizia, a capital catarinense está sobre uma Ilha pequena, estreia, apertada e que já não dispõe de mais espaço para nada, além de já estar infestada de botocudos.
De alguns anos para cá Florianópolis foi descoberta pelo Brasil e pelo mundo e hoje é um dos principais destinos turísticos internacionais!
Isto pode, num primeiro momento, determinar o desenvolvimento da capital em todos os aspectos. Mas pela exiguidade de seu território, Florianópolis já é uma cidade saturada e violenta. Não cabe mais ninguém.
E, quando vejo a administração municipal conceder alvarás para novos empreendimentos fico apavorado. Trata-se da manifestação em grande escala da ignorância, da insanidade e da estupidez.
Finalmente, quando vejo anúncios Google espalhados pela grande rede em nível planetário constato, sem qualquer dúvida, que daqui a pouco terei que encontrar outro lugar para viver.
Alerto todas as pessoas: não adquiram imóveis em Florianópolis, não venham para cá, por favor. Não há mais espaço. Perdoem-me, mas estou apenas sendo sincero. Gostaria muito de poder estar aqui postando uma informação contrária a esta. Mas, se o fizesse, estaria mentindo.
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11 comentários:
Não, não irei, Aluízio, pode ficar descansado.
Mas acho que aí, como aqui e em qualquer lugar visado, empreendimentos imobiliários carregam aquela dose de "otimismo" (não cliquei neles, mas posso adivinhar) empreendedor: "a 10 minutos da praia", a cinco minutos do shopping tal", e quando você vai ver fica no cafundó da Creuza.
Pode ser que eu esteja errada e que Floripa esteja fadada a virar uma grande Copacabana mesmo. Mas entrevi, nesses três anúncios, indicações de lonjura... "Campanário" não é nome de hotel urbano, nénão?...
Esta é a parte fácil, Aluízio, como sempre: Há problema para ser resolvido? Solução mágica: penaliza-se quem está na legalidade. Tem gente demais na Ilha? Fim para novos alvarás e tranca de ferro na indústria da construção civil. Mas... e como é que faz para conseguir parar com a ocupação clandestina? Como é que se impede que novas servidões, onde quase não passa um Uno de cada vez e com infraestrutra zero, continuem sendo abertas à facão e ocupadas completamente à revelia da legislação urbanística, inclusive sobre áreas de preservação? Não vale falar em novo Plano Diretor e fiscalização, porque isso a gente já sabe como funciona: o PD, nínguém respeita mesmo, e a fiscalização - como testemunha o próprio prefeito - "é viciada e corrupta". E até corrigir isso vai um eito! O projeto de um empreendimento planejadao demanda quase dois anos para ser aprovado. Enquanto isso, dezenas de servidões clandestinas são abertas, ocupadas e recebem até o benefício de leis ordinárias (!!!!) dos Vereadores, que atendem abaixo-assinados dos moradores, com "denominação oficial": é que - sabe como é - as pessoas que moram na cidade, é claro, têm direito humano fundamental a endereço para correspondência, água, luz, pavimentação da via, tudo por conta da Prefeitura. Moeda de troca por votinhos, você conhece bem isso, certo? E, aqui, abre-se uma nova discussão: o que é IPTU e para que servem seus recursos? Para infraestruturar servidão clandestina ou para oferecer manutenção e melhorias a quem estabeleceu-se na cidade de acordo com a lei? É um debate grandioso, esse. E urgente. Mas é preciso afastar os ranços de ressentimento da ideologia pobrista, que demoniza Jurerê Internacional e a verticalização da beiramar e põe asas de anjo na "estética da periferia" que - esta sim - está assumindo o comando da ocupação em Floripa. Sob o patrocínio da sociologia petralha.
Salve, Maria Aparecida!
Concordo com vc. Seu comentário está perfeito. E acrescenta esse detalhe importante, que é a glamourização do lixo.
Sobre a reprodução de favelas não há nenhum ecochato reclamando. Como também não reclamam da ausência de esgoto sanitário.
Abraços
Aluízio Amorim
Caríssima Letícia,
é um prazer e uma satisfação poder recebê-la aqui na Ilha. Vc é dessas exceções especiais dentre essa maioria idiota que compõe a população do planeta.
Portanto, é bem-vinda. Oxalá se todas as pessoas que viessem para Florianópolis fossem como vc...hehehe....
abs.
Aluízio Amorim
Letícia,
esses empreendimentos imobiliários são todos em áreas nobres. Aliás, a Ilha é toda uma área nobre e cobiçada.
Fossem apenas construções de luxo em pouca quantidade, tudo bem. Mas isto acontece em espantosa profusão, ao mesmo tempo em as favelas vão aumentando. Leia o comentário acima da jornalista Maria Aparecida que está perfeito.
abs
Aluizio Amorim
Aluizio, e os esgotos, já estão prontos?
(tem que ter estação de tratamento, jogar na praia não vale tá?)
Ô, querido, obrigada pela deferência... Mas já me encafofei na minha cidade natal, o que já me dá certas prerrogativas pra não arredar o pé daqui nem que um monte de sem-teto venha querer me despejar.
No mais, foi quase uma maneira de tentar brincar com a situação. Pobre Florianópolis, que é a bola da vez... Moda é uma droga, viu? E se espalhasse um boato bem-bolado pro pessoal sumir daí?
E o Anônimo está certíssimo: periga os dejetos estarem indo pra praia, e aí lascou de vez!
Perfeito o comentário da Maria Aparecida, como sempre. Só acrescento que a prática indica que achacam-se os que constroem na legalidade para financiar campanhas e a corrupação e faz-se visa grossa às ocupações irregulares, porque tornam-se currais eleitorais. O meio ambiente que se exploda!!!
SOLUÇÃO PARA ESSES CASOS DE ENDEMIA: FOGO, MUITO FOGO NESSES BOTOCUDOS E SEUS VEREADORES APEDEUTAS! PODE-SE INCLUIR O "PODER EXECUTIVO".
PONTO 50 NELLES!
Eduardo.50
Êita, Ester Eloísa!
Uma observação relevante: o loteamento planejado, pronto para construir, onde são oferecidos terrenos, é o Residencial Moinho, aqui no Rio Vermelho, entre a praia do Moçambique e a morraiada. Durante anos este Distrito esteve sequestrado para ser a Baixada Fluminense (ou a Zona Leste, em Sampa) de Floripa, sob o patrocínio do aparelho petralha que ocupava a Associação de Moradores. Graças à reação corajosa de uma parcela dos moradores, uma grande virada está ocorrendo: nada menos do que seis loteamentos planejados e infraestruturados já roubam significativo espaço da ocupação clandestina e da favelização que grassava sob o olhar complacente das otoridades botocudas.
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