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quinta-feira, fevereiro 12, 2009

ISRAEL E O JORNALISMO BUNDA SUJA

Considerei razoável esta análise sobre o quadro político de Israel que está no Estadão e que transcrevo na íntegra após este prólogo.

Leve em consideração que lá o regime é parlamentarista. Vejam o peso do parlamento. Claro que nada é perfeito, mas o parlamentarismo impede a existência de um regime presidencialista imperial, como é o brasileiro, uma excrescência que permite tudo isso que está se vendo todos os dias.

Li que Bibi não vai abrir mão para o politicamente correto representado, desta feita, por Tzipi Livni que está tentando negociar - arre! - com o denominado ultradireitista Lieberman que acabou, como analisei ontem, como o fiel na balança para a composição do novo governo.

E notem que a imprensa, dominada pelo jornalismo politicamente correto, qualifica Lieberman como ultradireitista. Mas não é bem issso não. É que os politicamente corretos devem estar a soldo dos árabes porras-loucas do Hamas, justamente porque Lieberman não quer saber de papo com os terroristas malucos. No que está certíssimo!

Entretanto, quando se vislumbra que Livni negocia com Lieberman, já começam a qualificá-lo não de ultradireitista, mas de "ultranacionalista"! Caracas! Os políticamente corretos constituem, com o perdão da má palavra, um bando de bundas sujas.

A gente conhece bem como eles são aqui no Brasil, não é mesmo?...hehehe...

Leiam:

Os dois candidatos mais votados nas eleições israelenses de terça-feira, a ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni, do partido de centro Kadima, e o ex-premiê Binyamin "Bibi" Netanyahu, do partido de direita Likud, passaram o dia buscando aliados na tentativa de assegurar o direito de formar o próximo governo.

Tzipi e Bibi saíram praticamente empatados do embate eleitoral e ambos declararam vitória.Com 99,7% dos votos apurados, Tzipi obtinha 28 das 120 cadeiras da Knesset (o Parlamento israelense), 1 a mais do que Bibi.

Mesmo assim, a chanceler pode acabar na oposição.Assim que o dia amanheceu, começaram os encontros entre os dois candidatos e líderes dos outros dez partidos que conseguiram eleger parlamentares.

Tinham como objetivo: pedir que eles os recomendem para o cargo de primeiro-ministro ao presidente Shimon Peres, a quem cabe decidir quem formará a coalizão de governo.

O encontro mais importante foi entre Tzipi e a grande surpresa dessas eleições, o imigrante da Moldávia ultranacionalista Avigdor Lieberman, do partido Israel Beiteinu (Israel Nossa Casa). Acredita-se que Lieberman, com 15 cadeiras, será o fiel da balança na definição do próximo governo. Caso aceite unir-se a Tzipi, dará a ela a chance de conseguir apoio suficiente para tornar-se a nova primeira-ministra.

Na matemática política que tomou conta do país, porém, Tzipi leva a pior: o bloco de partidos de esquerda ficou com 55 cadeiras contra 65 dos partidos de direita. É nessa vantagem que aposta o Likud. "A realidade política é que vencemos. A direita venceu", afirma a deputada do Likud Limor Livnat.

"Espero que o Kadima aceite juntar-se a nós numa coalizão liderada por Bibi", continua Livnat. Uma coalizão entre os dois maiores partidos, Likud e Kadima, é um dos vários cenários traçados por analistas e políticos para o futuro governo. Eles só precisariam de mais um ou dois partidos para consolidar um governo amplo e estável.

Essa é a opinião do cientista político Yitzhak Galnoor, do Instituto Van Leer em Jerusalém. "Esse seria o cenário mais lógico: o Likud e o Kadima ao lado de dois partidos menores, como o Shas (de religiosos sefarditas) e os trabalhistas - um de direita e outro de esquerda", sugere. Caso isso se concretize, o governo contaria com nada menos do que 79 parlamentares, dois terços da Knesset.

Tzipi e Bibi poderiam até mesmo revezarem-se no posto de primeiro-ministro. Esse tipo de revezamento já ocorreu uma vez em Israel, na década de 80.Mas Galnoor crê que o que vai ocorrer, é outra coisa.

Segundo ele, o Likud deve buscar o apoio apenas de partidos de direita, formando um governo com 65 parlamentares e posições linha-dura, principalmente em relação às negociações de paz com os palestinos.

Entrariam na coalizão o Israel Beiteinu, o Shas, e outros três partidos menores da direita religiosa. Nesse cenário, o Likud administraria um governo com maioria estreita e mal recebido internacionalmente.

"Se isso ocorrer, voltamos à estaca zero nas negociações e ao derramamento de sangue dos últimos tempos", prevê.Outro cenário possível é um governo liderado pelo Kadima com parceria do Israel Beiteinu e dos trabalhistas (com a ajuda do Shas), num total de 66 cadeiras. Foi justamente isso que sugeriu Tzipi a Lieberman ontem. O Kadima é bem mais liberal no que diz respeito às negociações com os palestinos e ao tratamento aos árabes-israelenses do que o imigrante russo.

Mas, se Lieberman é radical no discurso antiárabe, ele é considerado liberal no que diz respeito aos direitos civis. Laico, defende o fim do monopólio dos rabinos ortodoxos sobre o casamento no país, prometendo aprovar uma lei que crie a possibilidade de casamentos civis.

Para tê-lo em sua coalizão, Tzipi pode prometer a Lieberman o apoio a essa lei. Em troca, ele aceitaria ficar de fora das negociações de paz com os palestinos e do relacionamento com os árabes-israelenses.

Um comentário:

Atha disse...

Aluizio,

Deu na BBCBrasil, o Chefe mor das FARC atribue a libertação da francezinha Betancourt, a Israel. Dizem que o "Serviço Secreto" de Israel interferiu para que Betancourt fosse liberada e não Chavez, o Divino dos comungas de segunda comungação.

Pode ser que tenha sido o Babá Boé, apelidado de Papai Noel e até de Ali Babá, mas o Babá não é Aly e nem Alya é Jabalyia. Seria o Lula, o chamado de Jabá Babá?