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terça-feira, fevereiro 17, 2009

PORTOS: ‘PRÁTICO’ SEM PRÁTICA É UM PERIGO




DENUNCIADA IRREGULARIDADE EM CONCURSO DE 'PRÁTICO'
Levar o navio para dentro do porto não é tarefa do capitão. É do prático, profissional com salário de até R$ 130 mil por mês.

As poucas vagas de prático são muito cobiçadas, e o último concurso virou um festival de denúncias. Uma delas trazida à redação do “Jornal da Globo” por um telespectador. A reportagem é de Vladimir Netto.

Levar o navio para dentro do porto não é tarefa do capitão. É do prático, profissional com salário de até R$ 130 mil por mês. As poucas vagas de prático são muito cobiçadas, e o último concurso virou um festival de denúncias.


Uma delas trazida à redação do “Jornal da Globo” por um telespectador. A reportagem é de Vladimir Netto.

O prático entra em cena numa pequena lancha, que encosta no navio na entrada do porto. O capitão, depois da longa viagem, não faz mais nada, apenas observa. Na cabine de comando, é o prático que dá ordens agora.

Fica de olho no movimento do porto, na maré, no vento, verifica instrumentos, faz cálculos, passa orientações. Aos poucos, ele vai movendo o enorme navio até que ele pare no cais sem nenhum arranhão. Concluído o trabalho, o prático recebe o pagamento e vai embora.

Manobrar um navio grande como esse não é fácil. É um trabalho que exige muita habilidade e um profundo conhecimento técnico. Mas paga bem.

Em um porto movimentado como o do Rio de Janeiro, um prático pode ganhar até R$ 130 mil por mês. E aí é que começa a briga.

Não existe um curso ou uma faculdade privada para formar práticos. A única maneira de ingressar na carreira é passar em um concurso público organizado pela Marinha, que regulamenta a profissão.

O último concurso para aprendiz de prático aconteceu em setembro do ano passado, no Rio de Janeiro. Os aprovados fariam um estágio de dois anos em empresas de praticagem.

Entretanto, candidatos reprovados denunciam o que consideram irregularidades cometidas para favorecer pessoas ligadas ao Conselho Nacional de Praticagem, o sindicato da categoria. O Ministério Público abriu uma investigação e apontou indícios de quebra de sigilo da prova. (Leia MAIS)

MEU COMENTÁRIO:
depois que PT começou a governar o Brasil, sob a botocuda liderança de Lula, o impoluto, várias área cruciais para a economia e o desenvolvimento do Brasil vêm sendo sistematicamente destruídas pelo deletério aparelhamento e contaminação por esquemas de corrupção.

Primeiro foi o sistema aéreo que virou uma zorra total e o nível de segurança dos vôos continua sendo questionado, principalmente depois que o sindicalismo tomou conta do setor, quando promoveu aquele famigerado apagão aéreo total.

Agora há intranqüilidade em relação ao portos.

Ao se confirmarem as denúncias do Jornal da Globo, referente a essa suposta malandragem no que se relaciona ao concurso de “prático”, qualquer dia estaremos vendo um apagão portuário ou mesmo algum desses grandes navios desgovernados pela falta de prática do “prático”.

As empresas de navegação devem, a partir de agora, tomar muito cuidado quando forem atracar seus navios em portos brasileiros até que este episódio fique esclarecido e se tenha a total confiança nos 'práticos', e nos concursos de provimento para essa importante função profissional portuária.

8 comentários:

Engraciele disse...

Explicações sobre o trabalho realizado pelos práticos práticos - da assessoria da Praticagem do Estado de São Paulo

Sobre a matéria veiculada pelo Jornal da Globo referente ao concurso de práticos e sua publicação no site do G1, é importante esclarecer alguns fatos:

1. O Prático não é um ”rebocador de navios” (o serviço de rebocador de navios pertencem a empresas que nada têm a ver com a praticagem) e sua atividade é completamente diferente. O prático é um profissional altamente qualificado que não mantém vínculos empregatícios de qualquer espécie e não recebe, portanto, vencimento ou salário. O prático é o profissional que assessora os Comandantes nas manobras de atracação e desatracação dos navios, bem como na sua navegação pelo canal portuário. O trabalho do prático é regulamentado pela Marinha, que estabelece padrões rígidos de atuação.



2. Na maioria dos portos do mundo, assim como no Brasil, esse serviço é prestado por meio de empresas, formadas pelos práticos na qualidade de sócios.

3. A Autoridade Marítima, conduz o processo seletivo que se destina à habilitação de Práticos, e não à contratação.

4. A remuneração pelos serviços prestados é feita à empresa de praticagem, e não ao Prático. O prático nunca recebe o pagamento a bordo do navio. O faturamento é feito diretamente, após o serviço prestado, pela empresa de praticagem ao contratante. Os serviços das empresas devem estar permanentemente disponíveis.

5. A empresa de praticagem não recebe qualquer subsídio público ou privado.

6. Os práticos, como sócios, auferem eventuais lucros ou arcam com os prejuízos gerados por sua empresa.

7. Os preços vigentes pelos serviços prestados são decorrentes de livre negociação efetuada com as empresas de navegação, que operam em todo o mundo. Na inexistência de acordo, a Autoridade Marítima tem o poder de arbitrar o preço e , enquanto perdurar a ausência de acordo , o prático continua obrigado à prestação de serviço sem qualquer interrupção.



Mais informações para a imprensa com Ivani Cardoso – Lu Fernandes Escritório de Comunicação – tel. (11) 3814-4600 – assessoria da Praticagem do Estado de São Paulo

Anônimo disse...

Tenho certeza de que um computador faria o serviço de prático MUITO melhor e mais rápido que qualquer prático. Essa função é uma excrescência, uma máfia bem articulada, um oligopólio ardiloso.

Alexandre Rocha disse...

Não há computador que possa fazer uma manobra de navio com a precisão necessária a um custo menor que o do prático. Isto ocorre porque as variáveis envolvidas nas manobras cambiam com rapidez.

Anônimo disse...

Esse Alexandre, com este comentário, prova que não entende nada de tecnologia. É impressionante como uma pessoa elabora um discurso pífio, simplesmente por uma alta quantia de dinheiro. Isso um dia vai acabar. É fácil concluir que um estudo aplicado dessas "variáveis" pode resultar em uma boa tecnologia para executar este tipo de serviço, assim, substituindo esse "profissional" tão raro e tão caro. A tecnologia serve para isso, automatizar e melhorar as atividades. Os setores responsáveis simplesmente não colaboraram para o desenvolvimento de uma tecnologia para este fim, porque sabem que vão desvalorizar e acabar com esta classe... perdão... com esta máfia, tão lucrativa. Não adianta criar barreiras, o conhecimento serve para ultrapassá-las. Fica evidente que se for desenvolvido um bom aparato tecnógico para a referida atividade, o tal do "prático" tão caro vai ser substituído por uma solução mais econômica e muito mais eficiente.

Anônimo disse...

Anônimo, vc acha msm que vão substituir a capacidade humana de um profissional, muito bem treinado para não fazer uma "cagada" ambiental e prejuízos financeiros, por uma máquina?
Vc acha que vive aonde meu caro? em uma matrix?
Isso não é máfia, é livre concorrência, é capitalismo, oferta e procura.
E o por que te incomoda tanto o salário dos caras? Vc não tem o seu?
Ou é só mais um nerd que se acha crítico?!
Preocupe-se com o a sua vida.

"Essa função é uma excrescência, uma máfia bem articulada, um oligopólio ardiloso."

Isso é inveja.
Apenas trabalhe, se for competente e inteligente tbm terá suas recompensas.

Anônimo disse...

Não se pode dar a uma máquina ,uma decisao que só o homem pode tomar!
Por que ,quando ela falha a esperiência é que conta .

Anônimo disse...

Ao anõnimo que fala mal da praticagem: talvez vc seja apenas mais um jovem da pretensa geração "y"( q carece de discernimento e senso crítico) e que apenas aceita o q lhe parece óbvio ou apenas mais um incomodado com a praticagem, talvez até um empresariozinho sem brios.Não fale mal do que vc desconhece e de quem não conhece.Alexandre Lotsemmann é um dos grandes profissionais deste país e não é como qualquer empresário tacanho e sem ética.Para o seu governo,há mais de 30 anos, na Alemanha,inventaram um navio que supostamente atracaria"sozinho" e o resultado foi desastroso.De lá para cá nada mais se conseguiu.Acho q vc deveria tentar solucionar a equação de Navier-strokes primeiro(experimente ,filho há um prêmio na INTERNET).Aí vc verificaria que Hidrodinâmica não é o que parece ser, filhinho(a).Para quem entende do assunto chegam a ser cômicas suas linhas.Respeite quem é de Marinha Mercante, pois em quaisquer áreas há profissionais muito bem remunerados, puro merecimento. Ah... e não esqueça de fazer por onde...se é q vc consegue.

Anônimo disse...

Investimentos em logística e portuária aliados a um plano de desaçoriamentos de baías, como a baía de Guanabara, resolveriam o problema. Francamente, um salário de 12 mil tava de bom tamanho. Quanta babaquice e bravatismos saudosos....