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quarta-feira, fevereiro 25, 2009

SIK PREVÊ O CAOS. VOCÊ ESTÁ PREPARADO?

Costumo apresentá-lo como "Sik, o oráculo da Lagoa da Conceição", um dos distrito dos mais badalados aqui da Ilha. Paraíso dos achados e perdidos, a Lagoa transformou-se no último refúgio para o que resta dos chamados 'alternativos', a versão botocuda dos hippies dos anos 60.

Sik, abreviatura marota de Siqueira, o seu sobrenome, não faz parte do grupo alternativo. Mas tem lá um quê de mistério. Até porque largou o glamour da vida acadêmica, já que foi professor de Finanças da FGV em São Paulo, e logo que pôde se aposentou. Há um bom tempo se entrega àquilo que qualifica debochadamente de “doce vagabundagem”.


Paulista de Ribeirão Preto, Sik na verdade optou por uma vida de hábitos espartanos tendo se enfurnado no Rio Tavares, bucólico lugarejo do interior da Ilha, porém estrategicamente muito próximo à famosa Lagoa da Conceição.

Isso não quer dizer que Sik seja um eremita. Até porque marca ponto todas as noites no Café Cultura, localizado no chamado “centrinho” da Lagoa, onde entre dois ou três espressos, cuja receita já leva o seu nome, derrota o jornal Folha de São Paulo, quando não aparece algum amigo ou uma donzela para um bate-papo.

Além do já famoso café Sik, um latte espumante (foto) salpicado de canela, Sik tem direito a uma cadeira especial, generosamente estofada, que o garçon providencia de imediato logo à sua chegada.

Rigorosamente à meia-noite Sik despede-se do seu eventual interlocutor e retorna ao seu esconderijo, onde pilota um possante computador que o deixa plugado com o mundo, por meio do qual singra por mares nunca d’antes navegados.

A noite reserva para ler e escrever. É quando alimenta o seu site, o Siksite (links). Escreve de tudo, mas, sobretudo, a respeito de filosofia, cosmologia, matemática, arte, poesia, ficção e cultura em geral.

Sik inverteu tudo. Trocou o dia pela noite e vice-versa.

Quando ele chega por volta das 21h30m ao Café Clutura, é a hora de seu desjejum ou lanche matinal.

Almoça à meia noite e creio que seu jantar é às 7 horas da manhã, quando ingere uma mistura de grãos, frutas secas e vegetais fibrosos, que denomina de “ração” e cuja receita é segredo absoluto. Às 12 horas – meia-noite no seu relógio – dorme. Acorda por volta das 19 horas, ou seja, 7 horas da manhã no 'horário Sik'.

Cidadão do mundo, Sik já beliscou a sorte em cassinos de Monte Carlo quando vivia uma vida fausta. Andou pela Europa e estudou nos Estados Unidos. Até que resolveu largar tudo e foi morar num barco na Amazônia de onde há cerca de dez anos veio diretamente para Florianópolis com o propósito de por aqui ficar um bom tempo. Suponho que Sik já esteja aqui na Ilha há uns 10 anos ou mais.

Há, contudo, no seu olhar, um misto de inquietude e apreensão. Suspeito que esteja a fim de embarcar numa nova aventura. Tanto é que tem falado muito num tal Plano Z, agora descrito minuciosamente em seu site.

Segue abaixo um aperitivo do Plano Z. Dou o link para quem quiser ler tudo e saber de suas soturnas e irônicas premonições. Sik parece estar convencido que vai haver um colapso geral. E se houver, você está preparado?, indaga, atiçando a curiosidade de seus leitores.

Plano Z.
O único propósito deste verbete é convidar as guerreiras e guerreiros interessados em participar de um jogo virtual, mas que um dia pode tornar-se real. É sobre o que fazer numa situação de alto risco, como num caos urbano; além do mais, pensar no assunto só lhe fará bem, estimula os neurônios, antecipa e, segundo o sábio Freud, melhora as compensações econômicas da libido, o que deve deixar-te mais feliz.

No texto sobre a formação das NAK's fiz uma pergunta que agora tentarei, não propriamente responder porque não disponho da experiência necessária, mas refletir sobre ela e divertir-me com meu Plano Z, para o último caso.

Ali descrevi um cenário no qual o início da desorganização nas áreas urbanas, quando ocorrer, será rápido como raio: energia elétrica.

A rede elétrica de alta tensão está inteiramente exposta a qualquer um com uma serrinha de metal e QI suficiente para movimentar o braço, ou ainda, num gesto mais sofisticado, acertar um tiro bem dado nos isoladores de vidro que prendem os cabos às torres de transmissão e lá se vai a civilização, a vida organizada, que, sem uma tomada, sucumbe em menos de 96 horas, e no final do quarto dia a própria usina geradora terá se desorganizado e não haverá mais supermercado, sistema bancário, indústria, comércio, escola, hospital, farmácia, câmara de deputados... Foram todos saqueados. Agora, suponha que você more neste lugar, o que você faria? (Leia TUDO).

Um comentário:

Anônimo disse...

Aluizio e leitores:
Existe a respeito do assunto um livro norte-americano extremamente interessante (e cheio de dicas úteis).
O nome do livro é "Patriots - Surviving the Comming Collapse" (tradução livre: Patriotas - sobrevivendo ao colapso vindouro).
O autor é James Wesley, Rawles, e é da Editora Huntignton House Publishers, P.O. Box 537888, Lafayette, LA 70505, USA.
Vale a pena ler!