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segunda-feira, fevereiro 16, 2009

CASO SUÍÇA: UM PESO E DUAS MEDIDAS.

Reproduzo aqui duas análises do Caso Suiça. A primeirA é do Reinaldo Azevedo; a segunda do Guilherme Fiúza.

Se o Brasil amanhã virar a Venezuela pode-se creditar o fato, em boa parte, à manipulação da informação. Escapam apenas os jornalistas da revista Veja. O resto da grande mídia está dominada por áulicos do lulismo que pensam que a maioria dos leitores é constituída por imbecis.

Caramba! Vão ser burros assim lá na Venezuela.

Deixo para vocês, caros leitores, compararem os dois textos e darem as suas opiniões. Aí vai a análise de Reinaldo e abaixo a do Fiúza que costuma posar de bom moço, isento e imparcial:

NOSSO ESTIGMA É A ESTUPIDEZ
Por Reinaldo Azevedo

Há petralhas afirmando que não combater a Suíça no episódio da brasileira supostamente atacada é coisa de quem tem “complexo de vira-lata”. A expressão foi cunhada pelo dramaturgo Nelson Rodrigues: “Por 'complexo de vira-lata entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”. Ou ainda: “O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem.

Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima”.Huuummm. Há coisa mais vira-lata do que fingir-se de pit bull diante dos suíços mesmo quando faltam motivos para isso? Mesmo que tudo tivesse se dado conforme o relato de Paula Oliveira, as generalizações e acusações do governo brasileiro e de alguns jornalistas contra o governo e o povo da Suíça seriam a mais escancarada prova de baixa auto-estima.

Foi o sentimento de inferioridade, do escravo permanentemente molestado pelo senhor, que motivou as reações destrambelhadas. No caderno Mais do Estadão deste domingo, escreve Flávia Piovesan:“Violentada por um grupo de skinheads ou suspeita de autoflagelação, a advogada brasileira Paula Oliveira despiu-se parcialmente diante do fotógrafo da polícia suíça para exibir uma coleção arrepiante de cortes superficiais sobre o corpo.

A cena se passou num distrito próximo de Zurique, na noite de segunda-feira. Numa das imagens, viam-se iniciais do partido de ultradireita SVP, Partido do Povo Suíço, ‘gravadas’ nas pernas da jovem, como se fossem, a um só tempo, insígnia e estigma. O SVP, como se sabe, é um notório defensor de políticas anti-imigratórias.”Flávia tem um currículo robusto: é professora de Direito da PUC/SP, da PUC/PR e da Universidade Pablo de Olavide (Sevilha), procuradora do Estado de São Paulo e membro do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.

A palavra “estigma”, pesquisem, tem sentido religioso. Paula foi transformada numa espécie de mártir de uma causa. É o São Francisco ou a Catarina de Sena da imigração. Nessa perspectiva, pouco importa se o seu relato é falso ou verdadeiro. O que interessa é a causa. O complexo de vira-lata precisa dessa dor.Qual foi mesmo a justificativa política central do governo brasileiro para conceder refúgio ao terrorista italiano Cesare Battisti? Seria um ato de “soberania nacional”.

O governo do Brasil se considera “soberano” para se comportar como corte revisora da Justiça italiana, para duvidar do estado de direito vigentes naquele país e para tecer comentários desairosos sobre uma fase terrível de sua história, que foi vencido nos marcos da democracia.Ou se rosna inutilmente para o governo democrático de um país rico (diante dos pobres, o lulismo enfia o rabo entre as pernas) ou se exibem as supostas chagas que o Primeiro Mundo grava na pele do Terceiro.

Em qualquer dos casos, é um caso de baixa auto-estima: OU SOMOS INJUSTOS OU SOMOS INJUSTIÇADOS. RECUSAMOS SOLENEMENTE O PAPEL DE JUÍZES PONDERADOS. QUEREMOS SER CAVALCANTES OU CAVALGADOS. NEGAMO-NOS A ANDAR SOBRE DUAS PATAS!

Complexo de vira-lata.

NÓIS É COLÔNIA

Por Guilherme Fiúza

Paula Oliveira não escapará do linchamento. Se for culpada, os anjinhos nazistas da Suíça estão prontos para pendurá-la na cruz da xenofobia. Se for inocente, terá de conviver com o fato de que seu país se envergonhou de lhe dar solidariedade.

É por isso que o Brasil é (e para sempre será) uma colônia. Apesar dos ganidos terceiromundistas, continua subalterno. Na alma.

Só uma alma subalterna poderia, ao ouvir a polícia suíça acusar Paula de golpe, passar a desconfiar imediatamente da brasileira. Até prova em contrário, os suíços estão certos. Afinal, eles são… Suíços.

Se não fosse covarde, o Brasil jamais adotaria o silêncio oficial sobre o caso Paula. Ao contrário, reforçaria seu discurso público exigindo investigação rigorosa. Mas o Brasil, a princípio, duvida dos brasileiros.

Paula Oliveira é uma advogada bem formada, mora legalmente na Suíça, trabalha numa empresa conhecida e estável, é noiva de um cidadão suíço que, como ela, não tem delitos no currículo. Paula pode ter pirado. Mas se não merece crédito a priori, quem vai merecer?

A polícia suíça afirmou que a brasileira provavelmente se auto-flagelou, porque as marcas de navalha estão todas ao alcance de suas mãos. Seja qual for a verdade, essa afirmação, tecnicamente ridícula, é um show de leviandade e prepotência. O Brasil, se não fosse uma colônia, deveria repudiá-la.

Mas a vida segue, e você deve torcer para não ter seus olhos furados por vândalos nas ruas de Zurique. Os suíços poderão acusá-lo de tentar ganhar uma pensão para deficientes físicos. Afinal, seus olhos estão ao alcance das suas mãos.

Paula pode não ter sido atacada. Pode ter sido atacada e abortado. Pode ter sido atacada e, transtornada, ter fantasiado o aborto. É o que as investigações vão esclarecer, se forem isentas. E não há nem meio indício de isenção na postura sôfrega das autoridades suíças.

Começa a se formar uma onda contra a imprensa brasileira nos jornais europeus. Como ousam esses periféricos de segunda classe afrontar desta maneira uma nobre cidadela do Primeiro Mundo?

Vamos deixar claro, pelo menos aqui neste espaço: a Suíça, além das inclinações totalitárias, é o paraíso mundial da corrupção. Seus bancos, como se sabe, lavam mais branco. Portanto, devagar com esses arroubos virtuosos.

E eles construirão a verdade que quiserem sobre Paula. Porque o Brasil, para variar, está botando o rabo entre as pernas.

6 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, Aluizio.

No post das imagens da festa Martaxa/Vilma, vi um comentário de um sr. Melquisedec - Blog Militar Legal.

Me lembrei de ter visto esse nome em algum lugar.

E o lugar (ou chiqueiro) é aqui:

http://dilma13.blogspot.com/2008_12_01_archive.html, onde ele é destacado como um "companheiro de luta".

Começaram uma nova tática.
Infiltrar-se em nossos blogs como se fossem cordeiros... tão santinhos eles, não???
Abs

Aluizio Amorim disse...

Salve, Gusta!
fico muito grato pelo aviso. Tinha deixado para checar depois, mas a velocidade dos acontecimentos acabam desviando, muitas vezes, nossa atenção. É muita coisa pra gente controlar sozinho...hehehe...
Mas realmente esse Melquisidec é um petralha, tanto é que é citado no blog da ex-terrorista. Fui lá e conferi.
Obrigadão!

Anônimo disse...

Aluízio
Eu até entendo a posição da família da moça, a qual tinha notícias de que ela estava grávida e, derrepente é surpreendia com a notícia de que a moça foi atacada e abortou.
É natural o pai acrditar na versão da filha e apoiar ela, mesmo no caso desta estar doente e ter inventado a história.
No fundo a família e a própria moça, a qual deve estar apresentando problemas psíquicos, são vítimas nessa história.
Mas o comportamento da imprensa e do Itamarati foi lamentável, mistura de oportunismo com despreparo. Primeiro criticou a Suiça sem saber direito do que se tratava. Depois quando ficou evidente o erro a resposta foi pior ainda.
O itamarati quer que a moça fuja para o Brasil, já a imprensa não admite o erro, tenta dizer que o caso pode até ser falso, mas a Suiça mereceu a critica por outros motivos, tentando agora retirar o caso do noticiário.
O que tem de "professores" tentando se aproveitar da situação para pregar posições dos ditos Direitos Humanos, como, a Flavia Piovisan(ontem no estado) ou Vidal Serrano(no uol ontem), não é brincadeira!
O único lado positivo desta história é que este caso, juntamente com o caso do terrorista italiano, está servindo para desmascarar a imagem do mito do bom operário do Lula no exterior.
Quanto ao caso da moça, é óbvio que ela não estava grávida, pois se estivesse grávida o útero estaria aumentado e os níveis hormonais ainda estariam altos. Você viu como a família já está mudando de versão, após dizer que apresentariam os exames que confirmariam a gravidez, agora dizem que não tem os exames, que ela teria sido examinada por uma médica ainda sem licença e por isto não mostrariam os exames, etc. O duro é saber porque uma empregada legalizada, com seguro médico, iria se tratar com uma médica sem licença.
Eu vi a entrevista da polícia Suiça e ficou claro que ela simulou as lesões: mesmo agredida por três pessoas não tinha equimoses ou edema no corpo, as lesões eram todas superficiais, apesar de serem feitas por estilete. Todas eram simétricas, o que não é comum em caso de agressão, pois a pessoa se debate e o agressor tem medo de que apareça outras pessoas. Eram todas lesões em locais menos dolorosos/ sensíveis do corpo e ao alcance das mãos da vítima, etc.
Para qualquer pessoa com um mínimo de inteligência, fica claro que a polícia afirmou que a moça simulou a agressão, mas para este "ilustre" jornalista, trata-se de um caso de complexo de inferioridade do país, que deveria ir contra todas as provas científicas e apoiar a moça, continuando a criticar a Suiça.
É duro viver num país de botocudos, onde os fatos não tem a menor importância e ninguém se preocupa com a credibilidade própria, tendo a cara de pau de defender os maiores absurdos e o pior, parece que ninguém liga para isto.

Anônimo disse...

O Fiuza por vezes me parece um cavaleiro vidrado. A imprensa brasileira errou feio, sim.

Você pega um caso isolado, de uma menina que pode ser louca, e transforma num motivo de guerra contra outro país. O que ele quer? Que o incrível exército de Brancaleone declare, gloriosamente, nossa vitória sobre a Suíça porque é um país blá-blá-blá e blá-blá-blá? Que infantil, pô!

Anônimo disse...

O fiuza posa de bom menino.
Se faz de morto para poder sobreviver.
Sabe como é né? Raposa, nova ou velha é raposa não tem jeito, é da sua natureza fingir!

Anônimo disse...

Aluízio
O ridículo aumenta cada vez mais, o Noblat agora divulga mais uma versão da família.
Agora a gravidez teria sido confirmada por uma médica amiga da moça, a qual em férias na Suiça teria confirmado a gravidez da moça. Pela versão apresentada, a médica em férias no exterior, teria levado um aparelho de ultrasom portátil na viagem, encontrou a amiga no hotel e resolveu examiná-la.
O pessoal perdeu a noção do ridículo! Aparelho de ultrasom portátil(gostaria de saber qual é)? médico que em férias leva um aparelho caríssimo para o exterior(não se preocupa com alfandega na volta, roubo ou quebra do aparelho no transporte)(vai fazer o que com um aparelho no exterior se não pode clinicar sem licença)? Alguém que em férias encontra uma amiga e resolve fazer uma consulta obstétrica no hotel?Gostaria de saber como essa médica justifica levar o aparelho na bagagem ao chegar no outro país?
Isto é aquela velha história, quando você da uma versão falsa, cada vez que você tenta consertar a estória fica pior.
Po! aceitem que a moça está doente e que precisa ser tratada. Parem de tentar consertar o erro, admitam que erraram.
Eu não estou criticando a moça e a sua família que no fundo são vítimas também no caso, mas está imprensa botocuda e o Itamarati que a cada dia que passa destroem o nome do país no exterior.