Voltando: o post está bom porque Reinaldão faz picadinho do Apedeuta que vive insinuando que ex-presidente da República não pode se meter em política. Acontece que um dos maiores aliados do Lula é justamente o ex-Presidente José Sarney, o trambiqueiro maranhense que se elegeu Senador pelo Amapá.
A caricatura do nosso Sponholz está em cima. Bravo, Spon!
Leiam a análise do Reinaldão:
"Vejam o que disse o Apedeuta em Pernambuco em entrevista a uma rádio:"Eu não acho que um presidente da República tenha que imediatamente voltar para a política. Eu acho que ele tem que ficar fora, tem que fazer uma reflexão. Eu não tenho vontade de ser deputado, não tenho vontade de ser senador. Eu não estou pensando em voltar para a política não. (...) Eu acho que agora, ao sair, eu tenho que ensinar como é que se comporta um ex-presidente da República: nunca dar palpite sobre o futuro presidente. Nós temos que entender que, se o povo elegeu, o povo tem que deixar ele trabalhar (...). Tem presidente que fala demais"
Comento:
Ah, esse complexo de Deus do nosso Apedeutinha... Ele pretende “ensinar” até como se comporta um ex... É claro que ele não está se referindo a seu aliado José Sarney, por exemplo. Se há “ex” poderoso, convenham, é o senador maranhense que foi eleito pelo Amapá — estado criado, diga-se, só para lhe garantir uma vaga no Senado.
E, sabemos, Lula e boa parte do PT passaram uma rasteira em Tião Viana e ajudaram o ex-presidente da República a se eleger presidente da Casa. Com ele, vieram Renan Calheiros e os usos e costumes desses moralistas. Lula não gosta é de ex-presidente que critique o governo.Alguém acredita no que ele diz? Não custa lembrar — e sei que muita gente, especialmente no jornalismo, já esqueceu — que o Teórico da Marolinha foi também o Teórico da Bravata. Foi ele quem deu especial sentido político à palavra.
Indagado nos primeiros meses de governo sobre por que dava continuidade à política econômica, mandou ver: “Quando a gente está na oposição, faz muita bravata”. Ora, quem bravateia na oposição não tem nenhuma razão para não bravatear também na situação.
Não adianta Lula querer me agradar (risos), que não acredito nele. Continuará na política, sim. Duvido que deixe de ser o presidente de honra do PT. Tanto continua que mobilizou, proporcionalmente, a maior máquina eleitoral da história das eleições para fazer Luiz Marinho prefeito de São Bernardo, como se a cidade fosse a sua São Borja.
Dali ele pretende emitir sentenças políticas. MAIS AINDA, E ELE SABE MUITO BEM DO QUE FALO: TÃO LOGO DEIXE A PRESIDÊNCIA, SERÁ UMA ESPÉCIE DE GAROTO-PROPAGANDA DE ONGS MUNDO AFORA.
Só não vai se candidatar a papa porque há certa desconfiança sobre o seu apuro teológico.Continuará na política e já é pré-candidato à eleição de 2014 — salvo mudança de calendário. Flertou arreganhadamente com o terceiro mandato e só foi dissuadido porque seus assessores diretos previram uma espécie de curto-circuito no mundo político.
Em vez do líder moderado da América Latina, isso evidenciaria certa tentação chavista. Então não vem que não tem: continuará na política, sim, e será Lula até o fim dos seus dias. E, depois do fim, virará objeto de culto de um PT que será, sem dúvida, bem menor.
Observem que nada cresce sob a sua frondosa sombra. Esse Lula inaugural — que “ensina” a ser presidente e até a ser ex-presidente — pretende não ter história. Do ponto de vista político, é como se ele tivesse sido fecundado pelo vento — como se imaginava, em parte da Idade Média, que acontecesse com os urubus.
Não tendo, supostamente, um passado que o gerou, também se mostra incapaz de fecundar o futuro. Não tem herdeiros políticos. Por isso continuará a esmagar o cérebro dos petistas até o último dia.Pensando num futuro mais distante, convenham, não deixa de ser uma boa notícia."
Leiam a análise do Reinaldão:
"Vejam o que disse o Apedeuta em Pernambuco em entrevista a uma rádio:"Eu não acho que um presidente da República tenha que imediatamente voltar para a política. Eu acho que ele tem que ficar fora, tem que fazer uma reflexão. Eu não tenho vontade de ser deputado, não tenho vontade de ser senador. Eu não estou pensando em voltar para a política não. (...) Eu acho que agora, ao sair, eu tenho que ensinar como é que se comporta um ex-presidente da República: nunca dar palpite sobre o futuro presidente. Nós temos que entender que, se o povo elegeu, o povo tem que deixar ele trabalhar (...). Tem presidente que fala demais"
Comento:
Ah, esse complexo de Deus do nosso Apedeutinha... Ele pretende “ensinar” até como se comporta um ex... É claro que ele não está se referindo a seu aliado José Sarney, por exemplo. Se há “ex” poderoso, convenham, é o senador maranhense que foi eleito pelo Amapá — estado criado, diga-se, só para lhe garantir uma vaga no Senado.
E, sabemos, Lula e boa parte do PT passaram uma rasteira em Tião Viana e ajudaram o ex-presidente da República a se eleger presidente da Casa. Com ele, vieram Renan Calheiros e os usos e costumes desses moralistas. Lula não gosta é de ex-presidente que critique o governo.Alguém acredita no que ele diz? Não custa lembrar — e sei que muita gente, especialmente no jornalismo, já esqueceu — que o Teórico da Marolinha foi também o Teórico da Bravata. Foi ele quem deu especial sentido político à palavra.
Indagado nos primeiros meses de governo sobre por que dava continuidade à política econômica, mandou ver: “Quando a gente está na oposição, faz muita bravata”. Ora, quem bravateia na oposição não tem nenhuma razão para não bravatear também na situação.
Não adianta Lula querer me agradar (risos), que não acredito nele. Continuará na política, sim. Duvido que deixe de ser o presidente de honra do PT. Tanto continua que mobilizou, proporcionalmente, a maior máquina eleitoral da história das eleições para fazer Luiz Marinho prefeito de São Bernardo, como se a cidade fosse a sua São Borja.
Dali ele pretende emitir sentenças políticas. MAIS AINDA, E ELE SABE MUITO BEM DO QUE FALO: TÃO LOGO DEIXE A PRESIDÊNCIA, SERÁ UMA ESPÉCIE DE GAROTO-PROPAGANDA DE ONGS MUNDO AFORA.
Só não vai se candidatar a papa porque há certa desconfiança sobre o seu apuro teológico.Continuará na política e já é pré-candidato à eleição de 2014 — salvo mudança de calendário. Flertou arreganhadamente com o terceiro mandato e só foi dissuadido porque seus assessores diretos previram uma espécie de curto-circuito no mundo político.
Em vez do líder moderado da América Latina, isso evidenciaria certa tentação chavista. Então não vem que não tem: continuará na política, sim, e será Lula até o fim dos seus dias. E, depois do fim, virará objeto de culto de um PT que será, sem dúvida, bem menor.
Observem que nada cresce sob a sua frondosa sombra. Esse Lula inaugural — que “ensina” a ser presidente e até a ser ex-presidente — pretende não ter história. Do ponto de vista político, é como se ele tivesse sido fecundado pelo vento — como se imaginava, em parte da Idade Média, que acontecesse com os urubus.
Não tendo, supostamente, um passado que o gerou, também se mostra incapaz de fecundar o futuro. Não tem herdeiros políticos. Por isso continuará a esmagar o cérebro dos petistas até o último dia.Pensando num futuro mais distante, convenham, não deixa de ser uma boa notícia."
2 comentários:
Para se eleger Senador no Amapá, precisa de menos votos que para vereador em São Paulo!!!!
Permita-me apresentar aqui um modesto vaticínio:
Lula sai em 2009 e, independente de quem entre em seu lugar, Serra ou Dilma ou Aécio, ou seja-lá-quem-for, ele (Lula) volta em 2014, aclamado pela manada, digo, pelo povo....
No andar desse "circo democrático", a cada dia me convenço de que o Congresso já deveria estar fechado há muito tempo!
Ao menos teríamos mais dinheiro para obras realmente importantes e não para sustentar sanguessugas traidores da pátria!
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