Nos últimos 45 dias, sem votar projetos, o Senado foi atropelado por uma crise ética que paralisou a Casa e deixou como saldo a pior imagem para uma instituição pública: a de que virou um espaço para servir a interesses privados.
Pela boca dos próprios parlamentares e de representantes da sociedade civil, que acompanharam de perto o desenrolar da crise, as práticas do Senado são vistas como típicas de "um clube de amigos" que fez "um pacto de silêncio".
A mistura de ineficiência e desmando político-administrativo consentida pelos próprios senadores pode ser medida só com os números da galopante folha salarial.
Os R$ 2,1 bilhões gastos em 2007 subiram para R$ 2,8 bilhões no ano passado. Para este ano, a folha salarial é de R$ 3 bilhões - 42,8% de aumento em dois anos. Uma conta fácil de explicar porque muitos dos diretores do Senado, que cuidam só de serviços gerais, ganham até R$ 20 mil mensais.
Foram as feridas políticas abertas com a disputa pelo controle da Presidência - ganha pelo senador José Sarney (PMDB-AP) contra Tião Viana (PT-AC) - que destravaram a briga fratricida entre setores de PMDB e PT e deflagraram uma onda de revelações sobre os maus costumes da Casa.
Isso resultou na descoberta de pagamentos de horas extras em mês de recesso parlamentar (janeiro), fartura de cargos de direção (leia na página 6), uso indevido de imóveis funcionais por diretores, má utilização de verbas indenizatórias, entre outros problemas. Em um mês e meio, esse turbilhão se tornou o centro de cada conversa no Senado, e nada foi discutido ou votado fora dessa "agenda".
"O Senado está praticando uma autofagia. Descemos abaixo do limite que poderíamos ir. Não se vota nenhum projeto aqui dentro e nem a crise financeira internacional está na pauta", constata o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão, em 2005.
"Vou ser sincero. Posso ser muito mais útil como homem público não vindo ao Senado e discutindo fora daqui questões que tratam do pré-sal ou do projeto do cadastro positivo, por exemplo", acrescenta o senador petista.
Delcídio e outros senadores concordam que a crise ética que explodiu em 2009 é fruto de um longo período de hábitos inadequados na Casa.
Desde o início do ano, esses problemas já provocaram, por exemplo, a queda de dois dos principais diretores do Senado (Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi) e a descoberta do gigantesco e inexplicável organograma da Casa, que comportava absurdas 181 diretorias - sexta-feira, depois de muita pressão social, 50 desses cargos foram cortados. (Leia MAIS)
MEU COMENTÁRIO: É claro que isto tudo é nojento, um deboche, um total desprezo à Nação justamente por aqueles que são os seus representante.
Entretanto, cabem algumas considerações que são pertinentes:
A descoberta dessa vagabundagem no Senado é importante para que na próxima eleição todos esses vagabundos não sejam reeleitos, certo?
A instituição parlamentar, ao lado do Poder Judiciário, constituedm os dois principais pilares de um regime democrático.
As instituições são democráticas, quem as conspurcam são os homens. Há que se fazer um corte radical entre a instituição democrática e aqueles que a ela dão vida e dirigem.
Outro fato: esse escândalo que revela toda essa sujeira veio à tona justamente em função da luta intestina entre o PT de Lula e a banda podre do PMDB que lhe dá sustentação. É uma briga de cachorros jaguaras pelo controle de todo o Poder Legislativo.
Quando o Senador Jarbas Vasconcelos denunciou naquela entrevista a corrupção que grassa no PMDB mancomunado com Lula e seus petralhas, por certo se referia a toda essa sujeira e muito mais.
O PT junto com a banda podre do PMDB promovem a desgraça do Brasil.
domingo, março 22, 2009
SENADO: VAGABUNDOS DEBOCHAM DA NAÇÃO
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Postado por
Aluizio Amorim
às
3/22/2009 02:37:00 AM
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4 comentários:
Aluízio....
Nossa Assembléia está muito pior a verba de representaçãoé $38.000,00 reais (Isto é)e eles ainda se vendem para o governador.
Colucci
Isso é parte do processo galopante de desconstrução política e institucional do país, operado pelo lulopetismo. O desgoverno comunopopulista di Foro de São Paulo, além de reforçar substancialmente a corrupção patrimonialista que sempre existiu por aqui, ainda inaugurou uma forma insidiosa e bem mais perversa de corrupção - a de Estado! -, que veio à tona quando se descobriu que uma "sofisticada organização criminosa" operava dentro do desgoverno, com o objetivo de estabelecer um poder hegemônico no país!
"!A descoberta dessa vagabundagem no Senado é importante para que na próxima eleição todos esses vagabundos não sejam reeleitos, certo?"
Ah, meu querido, você acredita realmente nisso? As figuras em evidência são velhas conhecidas do povão. Sinto dizer-lhe que não acredito que o nosso país tenha jeito. Acho que o nosso maior problema é o povo.
Marcia
Esse senado é a gangrena da democracia, como escreveu um leitor do DC. Nada mais verdadeiro!
Então vamos salvar a democracia, extirpando a causa da gangrena:
os pilantras, ladrões etc...
Fogo nelles!
Eduardo.50
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