Vale a pena ler a reportagem de Veja que foi às bancas neste sábado. Aqui a primeira parte da reportagem com link para os assinantes e o título do post é o mesmo da reportagem:
Pedro Rubens |
VEJA TAMBÉM
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A família e a própria casa são a maior proteção que uma criança pode ter contra os perigos do mundo. É nesse ninho de amor, atenção e resguardo que ela ganha confiança para lançar-se sozinha, na idade adulta, à grande aventura da vida.
Mas nem todas as crianças com família e quatro paredes sólidas em seu redor são felizes. Em vez de contarem com o amor de adultos responsáveis, elas sofrem estupros e carícias obscenas.
Em lugar do cuidado que a sua fragilidade física e emocional requer, elas são confrontadas com surras e violência psicológica para que fiquem caladas e continuem a ser violadas por seus algozes impunes.
No vasto cardápio de vilezas que um ser humano é capaz de perpetrar contra um semelhante, o abuso sexual de meninas e meninos é dos mais abjetos – em especial quando é cometido por familiares.
Para nosso horror, essa é uma situação mais comum do que a imaginação ousa conceber. Estima-se que, no Brasil, a cada dia, 165 crianças ou adolescentes sejam vítimas de abuso sexual. A esmagadora maioria deles, dentro de seus lares.
A frequência intolerável com que esse tipo de crime ocorre no país ficou evidente com a divulgação do caso da menina G.M.B.S., engravidada pelo padrasto aos 9 anos de idade, em Pernambuco.
Sua mãe decidiu que ela, grávida de gêmeos, deveria ser submetida a um aborto. Quando, há três semanas, G. chegou ao hospital carregando uma sacola de brinquedos, os médicos encarregados do procedimento ficaram atônitos: não tinham ideia da quantidade de medicamentos que deveriam usar numa gestante tão diminuta – G. mede 1,36 metro e pesava então 33 quilos.
"Nunca havíamos atendido uma criança tão pequena", disse o médico Sérgio Cabral. O caso de G. chamou atenção por causa da polêmica sobre o aborto a que, no fim, ela se submeteu, amparada pela lei que autoriza a intervenção nas situações em que a mãe corre risco de vida. Já a gravidez de G., e mesmo a situação que resultou nela, causa menos escândalo no país do que deveria.
Alexandro Auler/JC Imagem |
O CASO DE G. |
As notificações vêm aumentando exponencialmente nos últimos anos graças, em boa parte, à internet. A popularização da rede mudou radicalmente tanto a prática da pedofilia quanto o seu combate.
Ela estimulou a propagação desse crime ao facilitar a troca de material pornográfico infantil e aproximar os predadores de suas vítimas potenciais – inocentemente expostas em sites de relacionamento. Além disso, deu aos criminosos voz e uma certa sensação de "legitimidade", como explica a advogada Maíra de Paula Barreto.
Em sua dissertação de mestrado sobre o assunto, ela cita um trecho do estudo das psicólogas italianas Anna Oliverio Ferraris e Barbara Graziosi: "Se antes o pedófilo cultivava sua perversão na solidão, hoje tem a possibilidade de conectar-se com outros como ele, de sentir-se apoiado e legitimado em seus desejos".
Até o ano passado, era comum encontrar no Orkut comunidades com títulos tão ostensivos como "Sou pedófilo". Dirigida àqueles "que gostam mesmo é das meninas novinhas, sem rugas e com nenhuma experiência", ela abrigava dezenas de participantes que faziam relatos de suas "experiências" e trocavam informações sobre suas relações com crianças com a naturalidade dos que compartilham receitas de doces.
Esse tipo de comunidade não deixou de existir, mas já não se apresenta de forma tão escancarada. Vem disfarçada sob siglas como "pthc" – ou "preteen hardcore" ("pornografia explícita com pré-adolescentes").
Isso porque, se a rede ajudou a propagar o crime, também aumentou a visibilidade dos criminosos – bem como a sua punição. De 2006 a 2008, a SaferNet Brasil, ONG destinada a combater a pedofilia na internet, recebeu denúncias sobre 109.000 páginas eletrônicas com conteúdo pornográfico infantil. As que revelavam indícios de crime foram encaminhadas ao Ministério Público e à Polícia Federal.
Do ponto de vista médico, a pedofilia é um distúrbio psicossexual – para que alguém seja considerado pedófilo, basta que sinta desejo sexual por crianças e nutra fantasias constantes com elas.
Já a lei só considera criminoso aquele que, da fantasia, parte para a ação. Em 2003, com a adoção do Disque-Denúncia de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, o problema entrou na agenda do governo federal e passou a ser enfrentado com a ajuda das leis de combate ao turismo sexual. (Assinantes lêem tudo clicando AQUI)
4 comentários:
Foda-se! Quem faz isso com crianca tem de ser queimado vivo e pronto. Nao me venham com disturbio psicologico. QUEIMAR VIVO!
Aluizio, só uma correção:
O Bispo não excomungou ninguém, ele só fez o anúncio. Esse é um dos casos em que a excomunhão é automática. Acho (não tenho certeza dessa informação) que o único que pode excomungar uma pessoa é o papa.
Inclusive há outros casos de excomunhão automática. Apóstatas como eu também estão excomungados. Mais uma informação passada pelo bisbo.
Ele também lembrou que excomunhão não é sentença de nada. A pessoa pode inclusive voltar para a Igreja, é só procurar um pároco e se confessar.
As vezes sinto que a imprensa bate com força na Igreja Católica (da qual inclusive não faço mais parte) e tem medo de bater no Islamismo. Covardia ou Relativismo?
Pelo menos você fala de todas as religiões no mesmo tom.
Lembro de Vlad "o empalador". Essa deveria ser a pena imposta aos pedófilos. E se fosse da familia, deveriam ser salgados e colocados em lixões.Se sobrasse algum resto, transformem em adubo. Ou como pena alternativa, seriam lançados em uma criação de jacarés, pois assim não sobraria nem ossos desses anormais.
Eduardo.50
Outra correção. Até quando vão continuar alimentando essa mentira de que os médicos SALVARAM a vida da menina? Mentira, mentira.
"No Brasil todos os anos há 30.000 gestações de menores de 14 anos e não há NENHUM CASO registrado de MORTE por causa da gravidez quando é oferecido um acompanhamento pré natal e se permite o parto por meio de cesariana."
"O sucedido está sendo amplamente divulgado de modo a ocultar os verdadeiros fatos ocorridos em um gigantesco espetáculo midiático no qual o povo está sendo induzido a crer que uma gravidez de uma menor de idade significa o mesmo que a sua morte física."
Saiba mais os detalhes verdadeiros da história da menina, informados por quem foi testemunha, aqui: http://padreedson.blogspot.com/
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