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sexta-feira, abril 03, 2009

"COMPANHEIRO, NA MINHA POUPANÇA NÃO!"

O governo fez bem em desistir, pelo menos por enquanto, de mexer na remuneração das cadernetas de poupança. Mas se em 2010 — ano eleitoral — não houver outra alternativa além de reduzir a correção da poupança, o presidente Lula terá de conviver com os adesivos que o DEM já bolou. São dois: “Lula, tira a mão da minha poupança”, e “Companheiro, na minha poupança não!”

É a forma que os democratas acreditam ter encontrado para tentar retomar um assunto de apelo popular, como a campanha “Xô, CPMF!” contra o imposto do cheque, que terminou derrubado.

Se a alteração da poupança não vier, restará à oposição fazer o contraponto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e esperar o fim do ano para comparar as gestões dos governadores José Serra e de Aécio Neves com a de Lula, que teve anunciado há dois dias seu primeiro déficit em 12 anos de administração pública. Ou seja, se continuar assim, novos cortes virão. (Da assessoria do DEM)

2 comentários:

nathal disse...

Aluízio.

Escrevi em meu blog, dias atrás, quando os humores ainda não estavam contaminados pela reunião do G20, que o governo Brasileiro não tem condições técnicas de baixar juros além de 11% ao ano.

Não é que ele não queira, o problema é que não pode. Nem tecnicamente, nem politicamente.

Uma das razões é que ele terá de fazer duas poupanças, uma para rico e outra para pobre. A outra é que terá de repactuar as divídas dos estados e municípios para com o tesouro nacional, tarefa também impossível de ser realizada sem mortos e feridos politicamente.

Todos nós torcemos pelo final da crise, o governo não apenas torce, reza por isso incessantemente.

Para começar dinheiro não é a solução para a crise. O problema posto para o mundo é que a tal de globalização, onde apenas o povo americano consumia e ao mesmo tempo se endividada com afinco, acabou. Não há mais condições para que os déficits gêmeos voltem a crescer, e se isso ocorrer, veremos o preço do petróleo acima de U$ 300,00 e os problemas se multiplicarem por 10.

Assim a causa da crise, endividamento das populações americanas, e européias, além da capacidade de pagamento das pessoas, veio para ficar. Há um empobrecimento geral nestas populações e eles acham que jogar dinheiro de helicóptero é a solução do problema. Não é.

Vamos assistir agora a uma recuperação econômica que apenas irá agravar a situação futura. A tentativa de voltar ao status quo ante,situação que era doentia para as economias do mundo, fará o problema se agravar ainda mais.

As populações, (como já é possível de se ver pelas estatísticas recém anunciadas) se virem dinheiro entrando, irão poupar, e não gastar.

Assim a crise de consumo irá se atenuar temporariamente com o repique de consumo que a distribuição de dinheiro irá proporcionar, mas isso não será eterno. Há um preço caro a ser pago pelo dinheiro distribuído, principalmente aquele sem lastro.

O mundo mudou seus fundamentos econômicos, não há volta ao passado. Não há mais o consumo desenfreado da população americana. O comércio internacional irá se acomodar com menos de 40% do que era, e isso trará grandes problemas para os países exportadores.

O problema é excesso de capacidade ociosa na indústria e na produção. Isso trará deflação no primeiro momento,e essa é a razão de se jogar dinheiro de helicóptero.

Caso a deflação dure um tempo maior que 90 dias além dessa reunião do G20, e a capacidade ociosa não for debelada, as indústrias estarão pedindo falência, e ato continuo a produção se adéqua à demanda, e ato continuo também os preços começam a subir.

Em seguida outro monstro estará nos visitando, um já muito conhecido do brasileiro, a Inflação.

Usando a sabedoria popular nesta situação, estamos no ditado popular que diz:

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

jânio disse...

Depois de babar com o seu cafezinho, fico a me divertir com nossa imprensa que acredita ter Obama falado a sério quando disse que 'esse é o cara' e ' que é o político mais famoso do planeta'. Eles devem estar rindo para valer, lá na Casa Branca...