Em editorial intitulado Padrão histórico, finalmente a Folha de São Paulo foi ao ponto no caso das escandalosas "aplicações" da Petrobras em patrocínios de festas de São João no Nordeste, através de ONGs que, coincidentemente, estão ligadas ao PT e à CUT. Esta última, aliás, não é estranha à Petrobras, chefiada que é pelos sindicaleiros profissionais.
Enquanto isso os brasileiros pagam pelos combustíveis os preços mais altos do mundo! quando se sabe que o barril de petróleo está custando menos de US$ 50. Antes da crise custava cerca de US$ 150. Já disse aqui no blog que o povo brasileiros é espoliado por essa estatal, muito embora existam cretinos que defendem maior presença do Estado na economia.
Num país sério a diretoria dessa jurrássica estatal já estaria no olho da rua.
Leiam na íntegra:
HÁ ESCÂNDALOS inusitados e ridículos, como o episódio dos dólares flagrados na roupa íntima de um assessor petista. Há os propícios à reportagem fotográfica, como o do castelo de um deputado mineiro. Há escândalos de alta complexidade e envergadura; há também os que ao contrário, são de uma simplicidade pasmosa, como a farra das passagens aéreas no Congresso.
A Petrobras se especializou, ao que parece, numa modalidade própria de escândalo, em que o descaso com o patrimônio público, o aparelhamento partidário e a desfaçatez dos envolvidos se somam a outra característica, não muito frequente no mundo da negociata e da esperteza: uma patente falta de imaginação.
Nesta quinta-feira, a Folha noticiou que a Petrobras transferiu R$ 1,4 milhão a uma ONG para que esta organizasse festas de São João em 26 municípios baianos no ano passado. A ONG é dirigida pela vice-presidente do PT da Bahia, que também acumula os cargos de dirigente da CUT e assessora do líder da bancada petista na Assembleia Legislativa do Estado.
Esse caso de patrocínio "companheiro" reproduz sem alterações um escândalo que veio à tona em 2006. Naquele ano, noticiou-se que a Petrobras contratara, sem licitação, uma ONG encarregada de fazer serviços de treinamento de mão-de-obra. Da ONG participavam empresas que doaram R$ 2,5 milhões a políticos do PT, então em campanha eleitoral.
Mais que isso, a Petrobras destinou, naquela época, R$ 31 milhões para organizações não-governamentais que apoiavam a candidatura de Lula à reeleição.
Confrontado com aquelas revelações, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, investiu de modo destemperado contra a imprensa, acusando-a da prática de "jornalismo marrom".
O mesmo termo volta a ser empregado por Gabrielli, ao ser flagrado em reincidência. Num tom menos exaltado -a prática da vida pública tende a limar as arestas de personalidade dos administradores brasileiros-, o presidente da estatal saiu-se com o mesmo refrão.
"Peço desculpas porque posso soar agressivo", declarou, antes de considerar as reportagens "típicas do que antigamente se chamava de jornalismo marrom".
Seriam fruto, diz, de uma visão e de um comportamento jornalístico "que não condizem com o histórico da Folha".
Digamos que condizem, sim -pelo menos quando se consultam os arquivos de 2006, dando conta do uso desavergonhado de verbas da Petrobras na sustentação de ONGs vinculadas ao PT.
De "não-governamentais", entidades desse tipo só têm, na prática, o nome; aparelhadas pela militância petista, sobrevivem de patrocínios, supostamente destinados, por exemplo, a promover valores e tradições da cultura nacional. Festas juninas, com certeza. Apadrinhamento, paroquialismo, abuso de poder e negociatas, mais ainda.
Enquanto isso os brasileiros pagam pelos combustíveis os preços mais altos do mundo! quando se sabe que o barril de petróleo está custando menos de US$ 50. Antes da crise custava cerca de US$ 150. Já disse aqui no blog que o povo brasileiros é espoliado por essa estatal, muito embora existam cretinos que defendem maior presença do Estado na economia.
Num país sério a diretoria dessa jurrássica estatal já estaria no olho da rua.
Leiam na íntegra:
HÁ ESCÂNDALOS inusitados e ridículos, como o episódio dos dólares flagrados na roupa íntima de um assessor petista. Há os propícios à reportagem fotográfica, como o do castelo de um deputado mineiro. Há escândalos de alta complexidade e envergadura; há também os que ao contrário, são de uma simplicidade pasmosa, como a farra das passagens aéreas no Congresso.
A Petrobras se especializou, ao que parece, numa modalidade própria de escândalo, em que o descaso com o patrimônio público, o aparelhamento partidário e a desfaçatez dos envolvidos se somam a outra característica, não muito frequente no mundo da negociata e da esperteza: uma patente falta de imaginação.
Nesta quinta-feira, a Folha noticiou que a Petrobras transferiu R$ 1,4 milhão a uma ONG para que esta organizasse festas de São João em 26 municípios baianos no ano passado. A ONG é dirigida pela vice-presidente do PT da Bahia, que também acumula os cargos de dirigente da CUT e assessora do líder da bancada petista na Assembleia Legislativa do Estado.
Esse caso de patrocínio "companheiro" reproduz sem alterações um escândalo que veio à tona em 2006. Naquele ano, noticiou-se que a Petrobras contratara, sem licitação, uma ONG encarregada de fazer serviços de treinamento de mão-de-obra. Da ONG participavam empresas que doaram R$ 2,5 milhões a políticos do PT, então em campanha eleitoral.
Mais que isso, a Petrobras destinou, naquela época, R$ 31 milhões para organizações não-governamentais que apoiavam a candidatura de Lula à reeleição.
Confrontado com aquelas revelações, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, investiu de modo destemperado contra a imprensa, acusando-a da prática de "jornalismo marrom".
O mesmo termo volta a ser empregado por Gabrielli, ao ser flagrado em reincidência. Num tom menos exaltado -a prática da vida pública tende a limar as arestas de personalidade dos administradores brasileiros-, o presidente da estatal saiu-se com o mesmo refrão.
"Peço desculpas porque posso soar agressivo", declarou, antes de considerar as reportagens "típicas do que antigamente se chamava de jornalismo marrom".
Seriam fruto, diz, de uma visão e de um comportamento jornalístico "que não condizem com o histórico da Folha".
Digamos que condizem, sim -pelo menos quando se consultam os arquivos de 2006, dando conta do uso desavergonhado de verbas da Petrobras na sustentação de ONGs vinculadas ao PT.
De "não-governamentais", entidades desse tipo só têm, na prática, o nome; aparelhadas pela militância petista, sobrevivem de patrocínios, supostamente destinados, por exemplo, a promover valores e tradições da cultura nacional. Festas juninas, com certeza. Apadrinhamento, paroquialismo, abuso de poder e negociatas, mais ainda.
Um comentário:
No olho da rua só, não. NA CADEIA!
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