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domingo, maio 03, 2009

TALESE DESCONHECE O JORNALISMO AMESTRADO

O Estadão está dando grande destaque a uma entrevista com o escritor norte-americano, Gay Talese. O destaque está no site do jornal e em suas páginas deste domingo.

Talese defende o jornalismo nos mesmos moldes em que era feito há 50 anos. Diz não se interessar por tecnologia e critica o New York Times por ter um dia oferecido notícias de graça na internet, acreditando que a publicidade cobriria os custos.

Se Talese gosta ou não de tecnologia, não interessa. Ela está aí e a história não se repetirá. O passado costuma fazer florescer no cérebro das pessoas uma das sensações mais estúpidas, que é a nostalgia. Tal qual o passado, nostalgia sequer é bruma. Simplesmente não existe.

Mas isto não quer dizer que a entrevista de Gay Talese não seja importante e, em muitos aspectos ele tem razão, quando defende que a verdade é mais facilmente encontrada numa redação de jornal do que em qualquer outra instituição, seja pública ou privada.

Mas Gay Talese provavelmente desconhece o jornalismo brasileiro, principalmente depois que Lula e seus petralhas chegaram ao poder.

Diferentemente dos Estados Unidos, aqui no Brasil a verdade nem sempre é encontrada numa redação de jornal!

Mesmo assim e apesar da ação deletéria do "jornalismo amestrado" (conceito que seguramente Talese nunca ouviu falar), a verdade poderá ser encontrada nas nossas redações enquanto for mantido em vigência o Estado de Direito Democrático, cujo corolário é a liberdade de imprensa.

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