Na foto o Marechal Lott atrás de João Goulart. Lott garantiu a posse de JK em 1955 e foi candidato derrotado por Jânio em 1960. Nem sempre um movimento militar é golpe, nem sempre os civis são inocentes, nem sempre um presidente eleito pode fazer o que bem entender.
A observação é do jornalista Nei Duclós, com o qual tive a satisfação de ser colega na redação de O Estado, aqui em Florianópolis no início dos anos 70. Nei vive atualmente em Florianópolis. É também escritor com vários livros e tem um blog, o Outubro.
Nei é gaúcho, mas passou vários anos em São Paulo onde trabalhou na grande imprensa nacional, se não me engano também na revista Veja. É dos poucos que sabe manejar com maestria as palavras, algo raro entre os com e sem diploma.
Nei sacou bem o lance. Compara o episódio do qual foi protagonista o legendário marechal legalista Teixeira Lott, com o que acontece agora em Honduras. Afanei a foto lá no blog do Nei. Recomendo a leitura do texto completo AQUI.
Mas não resisto e trancrevo um ‘up-date’ que está no final do post do Nei, a respeito das traquinagens de Chávez em conluio com Zelaya:
A equipe do Diário da Fonte (este jornal tem equipe!) descobriu a ligação de Chavez com Honduras. Chavez subsidiava a política de suborno popular promovida pelo presidente deposto, distribuindo tratores, por exemplo; cobrava abaixo da tabela para o petróleo em troca de fidelidade; e, o mais grave, imprimiu as cédulas do plebiscito proibido pelo Judiciário e o Congresso de Honduras, que estavam retidas numa base aérea. O presidente deposto tentou retirar à força as cédulas. Queria legalizar a reeleição, proibida pela Constituição, por meio de um referendo que poderia lhe ser favorável por meio da manipulação e dos desvios da politica de suborno popular acima referida (é proibido comprar voto!). Vejam que sujeito perigoso esse Chavez, que chegou a pedir a intervenção de seu tradicional aliado, os Esdados Unidos! Na hora decisiva é que se conhecem os "estadistas" da pseudo ideologia. Uma coisa é certa: reeleição ilegal é tropa na rua.
2 comentários:
Aluízio, obrigado pela citação. Gostaria de acrescentar que precisamos ter cuidado. O golpe de 64 invocou as mesmas razões mas é um evento exatamente oposto ao movimento do marechal Lott em 55. Em 64 houve golpe puro e simples, que destruiu a democracia brasileira. É bom lembrar que o regime de 64 torturou o filho de Lott. Ao saber da covardia, o herói de 55 colocou sua farda, todas as medalhas no peito e foi pessoalmente dar um tiro na cara do torturador. Eis o homem, nosso candidato em 1960, que perdeu para o irresponsável Jânio.
Zelaya não contava que seus subornos e ordens mal intencionadas seriam rechaçados pelos militares que preferiram manter a lei.
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