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sexta-feira, julho 31, 2009

LIBERALISMO E DEMOCRACIA DE MASSAS

Artigo de Demétrio Magnoli no site do Instituto Millenium discute a questão do liberalismo. Concordo em parte com que afirma Magnoli, pois que me parece um tanto equivocado no que concerne à influência do pensamento liberal. Embora note que o liberalismo continua sendo um forte antídoto contra o Leviatã, parece desconhecer um fato: o pensamento liberal continua dando o tom para as maiores democracias ocidentais e toda a prosperidade e bem-estar social alcançados até hoje derivam do liberalismo.

A recente eleição para o parlamento da União Européia mostrou uma reação do liberalismo com a maioria dos votos contra a social-democracia. O diabo é que o jornalismo esquerdista costuma rotular os liberais de direitistas, conservadores e outros epítetos com a finalidade de desqualificar todos aqueles que defendem o direito à individualidade.

Os liberais nunca foram conservadores. Sua vertente filosófica remonta às revoluções que acabaram com as monarquias absolutistas. É bom sempre lembrar que a liberdade para o liberalismo funda-se na desigualdade; enquanto que para o socialismo na igualdade. O problema reside exatamente neste aspecto: a igualdade postulada pelos socialistas atomiza o sujeito, furta-lhe com isto o direito de ser ele mesmo com seus defeitos e virtudes, ou seja, as suas características pessoais. E este é o grande problema da democracia de massas que tenta equacionar os problemas sociais subtraindo a liberdade.

A liberdade fundada na desigualdade respeita, por outro lado, algo que propalam tanto os esquerdistas: a diversidade. Esta palavra revela um conceito que define a existência de uma realidade irretorquível: as coisas e os entes na natureza são desiguais! Por isso os liberais nunca postulam a identidade de revolucionários, já que não precisam brigar com os fatos e muito menos com a natureza!

O artigo de Magnoli, que pode ler lido
na íntegra AQUI.

3 comentários:

Cavaleiro do Templo disse...

Olá mestre, queria fazer uma observação não exata ou necessariamente em favor do liberalismo mas em favor da condição humana básica e de todo este planeta.

A igualdade é apenas impossível, a menos que por força bruta para implantá-la e "fiscais" para sustentá-la. Escrevi faz algum tempo um artigo que hoje escreveria de outra forma (mas sem mudar o tom) sobre isto. Encontra-se aqui:


A desigualdade (ou a não-igualdade) é a condição natural das criaturas deste planeta, entre elas, claro, o ser humano. Quando digo em relação a nós eu não estou me referindo a nenhum aspecto específico mas a todos. Não existe um só ser multicelular idêntico a outro mas a coisa nhão pára por aí. Nem mesmo os órgãos que os compõe em mais de uma unidade são iguais aos seus "irmãos". Nossos olhos, orelhas, pulmões, dedos, dentes, cabelos, pelos, rins, etc. são diferentes uns dos outros. Nosso olho esquerdo não é igual ao nosso olho direito e por aí vai.

Portanto, respeitar este "princípio planetário" é já sinal de alguma inteligência mas não é garantia de muita coisa, claro. Ir contra o mesmo é sinal de, na melhor das hipóteses, desconhecimento da sua própria condição enquanto ser vivo.

Mas não vou deixar barato para os esquerdopatas. Eles SABEM que é a desigualdade que torna possível qualquer proposta, política ou de outra natureza. Tanto que quando tomam o poder implantam imediatamente uma super desigualdade social, visto que a casta que manda no país (a deles) está imensamente distante do povo enquanto quantidade de poder, isto para de novo dizer o mínimo.

Grande abraço.

Aluizio Amorim disse...

Perfeito, meu caro CAvaleiro do Tempo. É isso aí.
Abraço e muito obrigado pela sua contribuição aqui nos comentários do blog.

Cavaleiro do Templo disse...

Professor, esqueci de inserir um link no comentário acima. Eis o trecho incompleto:

"...Escrevi faz algum tempo um artigo que hoje escreveria de outra forma (mas sem mudar o tom) sobre isto. Encontra-se aqui:"

O link:

http://cavaleirodotemplo.blogspot.com/2009/03/resposta-aos-ultimos-comentarios-sobre.html

Abraços e força para todos nós.