A chegada de Lula e seus petralhas ao poder, em menos de cinco anos já conseguiu baixar o nível completamente naquilo que se relaciona à estética. O kitsch tem tomado conta de todas as áreas e já pega fundo na política, tanto é que José Serra se esforça para se tornar botocudo, cantando forró, como mostra esta foto.
E São Paulo, que tem promovido a denominda virada cultural, já programou uma 'virada botocuda', para homenagear a cultura nordestina, com destaque inclusive para a culinária exótica dessa região brasileira que inclui a deletéria carne de bode e buchada, um cozido de tripas de bode.
Li na última madrugada a entrevista das páginas amarelas da revista Veja desta semana com uma escritora chinesa cuja família, inclusive ela própria, foi duramente molestada pela revolução comunista de Mao. A entrevista está muito interessante e deve ser lida atentamente.
A chinesa mostra ação corrosiva da denominada "revolução cultural" de orientação marxista e cujos efeitos sobre o cérebro dos chineses faz com que a maioria aceite placidamente a ditadura da camarilha vermelha. Os chineses, em sua maioria, segundo essa escritora, não conseguem explicar o que seja a liberdade.
Nunca se deve esquecer, viu José Serra? que o folclore nada mais é que a filosofia rasteira e normalmente é embasado em máximas que informam a ação das pessoas. Essas máximas estão embutidas, por exemplo, na literatura de cordel, nas letras de xaxados e baiões, enredos de escola de samba e pagodes.
O folclore traduz e estimula uma visão de mundo enviesada.
Muito diferente, por exemplo, da bossa nova, da poesia elegante de um Drumond e das demais produções culturais intelectualizadas e fundamentadas nos valores mais caros da civilização ocidental, os quais convergem para o seu bem supremo, que é a liberdade.
Em tempo: tenho muitos leitores do Norte e Nordeste e não estou querendo generalizar o botocudismo, até porque a existência de botocudo não é exclusividade nordestina. Aqui no Sul também está havendo um aumento significativo no contigente de botocudos. O que faço aqui no blog é tentar levar as pessoas a pensar. Nunca esqueçam: aquilo que é evidente é o que costuma não ser pensado!
5 comentários:
Aluízio: existem botocudos em todas as partes do mundo; contudo na América Latina estão as maiores concentrações.
Perfeito, Alexandre.
Abração do
aluízio amorim
Anônimo,
grato pela dica. Vou depois postar sobre a gripe suína.
abração do
aluizio amorim
Tudo bem que a música do nordeste não é lá aquelas coisas. Mas e o sul? A música feita no sul é insuportável. É pior até que aquela feita no nordeste.
Aluízio, permita-me discordar de você. A música apresentada nesta "virada" em homenagem a Luiz Gonzaga é da melhor qualidade, e é tão bem-vinda quando a mais folclórica das músicas de outros povos, como a tarantela, por exemplo, muito subutilizada aqui em SP em cantinas e pizzarias. Temos um grande contingente de nordestinos cá embaixo desde pelo menos a década de 40, quando andava muito em voga o baião nas paradas de sucesso no melhor do eixo Rio-São Paulo.
Existe o high forró e o low forró, assim como o bom e o mau samba, e por aí vai.
Não creio que dá pra dividir qualidade de música de acordo com o povo que a criou, e também acho que o botocudismo brasileiro não passa necessariamente pelo sofrimento ou pela pobreza.
Bjoca,
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