Jones insistiu que se trata de "um negócio como outro qualquer", em um esforço para evitar que o governo brasileiro se deixe levar pelos argumentos presentes nos discursos de líderes da América do Sul que têm diferenças com os Estados Unidos. "O acordo não traz uma revisão de política, não (é) uma mudança dramática de posição. É o mesmo que nós já fizemos no passado. Talvez, apenas necessite de uma melhor explicação", afirmou Jones.
O governo Lula deixou claro que não quer tropas americanas na América do Sul e reiterou que pretende convencer o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, a não assinar o acordo com os EUA. Como o senhor avalia essa situação?
O presidente Uribe apresentou a Obama suas preocupações sobre segurança, e nós concordamos com elas. Vamos ajudar a Colômbia a se recuperar dos dias difíceis que passou. A ideia de que esse acordo significa uma mudança radical no apoio dos EUA à Colômbia é completamente falsa. Nós temos um acordo na área de Defesa, que envolve a presença de 800 militares e 600 civis. Agora, temos menos da metade desse contingente no país - cerca de 250 civis e 300 militares. Nossa missão é ajudar a Colômbia no treinamento de suas forças de fronteira. Vamos prover toda a ajuda que pudermos para o combate às Farc e para que a Colômbia se torne o mais livre possível do narcotráfico.
Mas a presença americana é vista pelos governos do Brasil, da Venezuela e de outros países como uma ameaça à soberania nacional. Mantemos tropas na Colômbia nos últimos 20 anos. Não sei por que as bases são vistas de maneira diferente agora. Respondemos a solicitações por explicações vindas de nações soberanas. Talvez possamos socializar um pouco melhor as informações com os nossos amigos na região, especialmente com o Brasil. Vamos enviar uma equipe de civis e de militares para percorrer a região na próxima semana e explicar, de forma transparente, o acordo. Na minha opinião, o pacto EUA-Colômbia é um acordo como qualquer outro.
O fato de o Brasil rejeitar o acordo EUA-Colômbia torna mais difícil a relação bilateral entre Washington e Brasília?
Não ouvi isso. Nas conversas que tive, nenhuma autoridade disse que o objetivo do governo brasileiro era impedir que o acordo fosse assinado. Eu ouvi perguntas muito respeitosas sobre como o acordo vai funcionar. Pude acalmá-los, ao refutar alegações falsas e ao dizer-lhes a verdade. Disse que não há nada incomum na relação entre a Colômbia e os EUA, que é de longa data. Leia TUDO AQUI Read MORE in portuguese - use tool for translation
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