Aqui na integra a deliciosa reportagem de Thaís Oyama, que está na revista Veja que foi às bancas neste final de semana. Thaís consegue transmitir para o leitor todo o clima cucaracha que cerca esse episódio burlesco proporcionado por Lula, o megalonanico, ao transformar a embaixada brasileira em Tegucigalpa numa casamata de idiotas latino-americanos devoradores de pizzas Hut, que tremem apavorados sempre que ouvem os passos dados por coturnos soturnos... Vale a pena ler, embora tudo isso, apesar de beliscar no surrealismo, envergonha os brasileiros que não comungam com a idiotice bolivariana de Lula e seus petralhas. Eis a reportagem:
Mesmo numa cidade em que guardas privados exibem nas ruas escopetas e metralhadoras como se fossem estilingues, é assustador o aparato de segurança que cerca a embaixada brasileira em Tegucigalpa, a capital de Honduras. Mais de uma centena de soldados do Exército, armados de fuzis e escudos e divididos em quatro barreiras, bloqueia os acessos para a rua tranquila e arborizada que abriga a representação diplomática: o sobrado avarandado ocupa um terço do quarteirão, agora permanentemente sobrevoado por helicópteros militares.
Lá dentro, com seu chapelão de caubói, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, dá entrevistas, faz reuniões, recebe aliados políticos e devora pizzas da cadeia Pizza Hut. Desde que retornou ao país numa viagem patrocinada pelo seu chefe, o venezuelano Hugo Chávez, Zelaya instalou-se na Embaixada do Brasil como se estivesse em casa – mostra-se à vontade demais até mesmo para o enorme espírito de solidariedade bolivariana do chanceler brasileiro Celso Amorim.
A volta de Mel, apelido pelo qual é conhecido por simpatizantes, virou Tegucigalpa de cabeça para baixo. O conflito entre os "zelaystas" e os "camisas brancas", como são chamados os que apoiam Roberto Micheletti, o ex-presidente do Congresso que assumiu o governo, já fez dois mortos.
O que mais se ouve em Tegucigalpa é que "Zelaya está com os pobres e Micheletti defende os ricos" – um eco do sempre eficiente marketing produzido nas oficinas chavistas. Na capital de Honduras, 50% da população se encontra abaixo da linha de pobreza. Muitos dos bairros ainda não têm sequer água encanada.
Nas lojas do centro, a falta de notas fiscais, ou mesmo de registros de compra, denuncia o estratosférico grau de informalidade da economia e, nas ruas, metade dos táxis em circulação é clandestina (o que parece já ter sido absorvido pela população – ao solicitar o recibo de uma corrida, a reportagem de VEJA ouviu do motorista uma resposta indignada: "Sou ilegal, como vou ter recibo?").
Para a população mais pobre, Zelaya é o presidente "que aumentou o salário mínimo e deu remédios aos velhos". Dar esmolas assistencialistas não mudou nada na essência, nem de Honduras, nem de Zelaya, mas serviu para retocar a imagem do político oriundo da oligarquia hondurenha que, agora, se apresenta como mártir da esquerda do continente.
Seguidor disciplinado do figurino de Chávez, Zelaya joga para a plateia. Na quarta-feira, em entrevista ao jornal Miami Herald, declarou estar com fortes dores de garganta devido aos "gases tóxicos" que mercenários israelenses a serviço de Micheletti estariam injetando no interior da embaixada para envenená-lo. Também disse que estava sendo submetido a radiações de alta frequência. No dia seguinte, em entrevista a VEJA (leia o quadro abaixo), declarou já estar se sentindo melhor, dado que sua "denúncia" havia tido o efeito de cessar o envenenamento.
Na tarde de sexta, Zelaya voltou a falar em gás. Desta vez, haveria pessoas sangrando e com dificuldade para respirar. O assistente de chancelaria da embaixada, José Wilson Batista, disse que de fato sentiu um cheiro de gás e um ressecamento da garganta por volta do meio-dia, mas que isso durou "só uns quinze minutos" e que ele não viu ninguém sangrando.
O chapeleiro maluco está cercado de coelhos assustadiços. Um brasileiro que se encontra na embaixada relatou à reportagem que a comitiva do presidente deposto anda com os nervos à flor da pele. "Na madrugada de quinta-feira, a tensão era tamanha que uma simples queda de energia desencadeou uma histeria geral, com gente correndo e gritando pelas salas, como se fosse ocorrer uma invasão", contou o funcionário.
O Exército de Micheletti dá sua contribuição para manter a alta voltagem no ambiente: de madrugada, pelotões marcham em frente à embaixada, batendo os escudos.
Embora os confrontos de rua tenham cessado desde quinta-feira e as últimas manifestações na capital hondurenha tenham sido pacíficas, o toque de recolher continua.
A partir das 7 da noite, as ruas do centro ficam desertas e escuras como se fosse madrugada. Já na periferia de Tegucigalpa, à escuridão e ao silêncio soma-se a presença maciça de soldados – o governo de Micheletti sabe que é dali que pode vir confusão de verdade.
Foto da revista Veja
domingo, setembro 27, 2009
ANSIOSO, ZELAYA É DEVORADOR DE PIZZAS HUT
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Postado por
Aluizio Amorim
às
9/27/2009 11:43:00 PM
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3 comentários:
Aluízio: eu continuo querendo saber quem foi o suíno que colocou aquela bandeira do meu Estado do RJ ali aos pés daquele traste. Que mixórdia!
Lula é um crimonoso, provocador de guerra. Sem ele nada disso ocorreria. Quantas pessoas morrerao em Honduras. Ele é criminoso!Como no Brasil as pessoas ,o Senado, a Justica , as pessoas ficam em silencio,diante desse absurdo?.Era o povo ,se tivesse brio,sair as ruas, colocar Lula e Amorim atrás das grades!
O povo somos nós, mas eu já não me lembro como se faz para ´´sair as ruas``. Hoje em dia eu só sei sentar aqui e jogar conversa fora. Meu time não tem lider. Que merda! Por favor, que apareça um lider. Às ruas...
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