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terça-feira, setembro 08, 2009

VIVA O CAPITALISMO BOTOCUDO SEM RISCO

Não foram apenas o governo e as companhias da França que lucrarão - e muito - ao sacramentar os contratos de construção de submarinos no litoral do Rio.

A empreiteira Odebrecht terá uma fatia bem maior do que o imaginado nos € 6,7 bilhões que serão desembolsados pelo Ministério da Defesa para equipar a Marinha.

Isso porque, além de ter sido escolhida - sem licitação - para construir uma base naval e um estaleiro, a companhia também será parceira do estaleiro francês DNCS na fabricação das embarcações. Leia MAIS

MEU COMENTÁRIO: O comportamento de Lula é imperial. Está se vendo o governo aplicar bilhões de dólares num negócio que não passou por um debate nacional através do parlamento.

Ninguém sabe de nada. De sopetão a sociedade brasileira é surpreendida com uma negociata fantástica que envolve bilhões de dólares e, de quebra, faz uma partilha com os amiguinhos do poder.

É espantosa a total ausência de transparência nos negócios realizados pelo governo de Lula que dispõe como quer dos recursos públicos.

Queria ver o Sakozy lançar mão dos recursos públicos franceses dessa forma. No outro dia o país estaria completamente parado e o palácio do governo apedrejado.

Licitação? hahahaha..Aqui no Brasil isto não é necessário, né? Lula é o nosso Fidel Castro.

ISTO É O LIXO OCIDENTAL, UMA REPUBLIQUETA BANANEIRA CUCARACHA. É VERGONHOSA A DESFAÇATEZ COM A QUAL LULA E SEUS PETRALHAS MANIPULAM OS RECURSOS PÚBLICOS GERADOS PELOS CONTRIBUINTES.

E O PIOR, O QUE É MAIS TERRÍVEL É VER AS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS CONCORDAREM COM TUDO ISSO! DA MESMA FORMA QUE SE VÊ NA VENEZUELA...

UPDATE: Depois de escrever o post acima constatei que a Folha de São Paulo aborda o mesmo assunto em seu editorial na edicão desta terça-feira, intitulado A estratégia do silêncio, que transcrevo:

COM A escancarada preferência por caças franceses numa disputa que ainda estava em curso, a gestão Lula repetiu, na área militar, o lamentável enredo da escolha do padrão japonês para a TV digital. Encantadas pelo lobismo, autoridades federais logo abandonam a neutralidade e perdem a latitude necessária para a defesa do interesse público.

Confirmada ontem, não sem surpresa, a compra dos aviões aos franceses será apenas um capítulo -um capítulo de R$ 10 bilhões- numa aproximação bem mais profunda entre Brasília e Paris. Um sorridente Nicolas Sarkozy assinou em Brasília a peça principal desse pacto, que trata, entre outros pontos, do fornecimento às Forças Armadas brasileiras de quatro submarinos convencionais e um outro, a ser adaptado ao reator nuclear da Marinha do Brasil.

Numa tacada apenas, comprometeram-se, além dos encargos financeiros, R$ 23 bilhões em recursos do contribuinte, a serem despendidos nos próximos 20 anos. Para ter ideia da dimensão do acordo, seu custo é comparável à soma dos de Jirau e Santo Antônio, as duas grandes usinas hidrelétricas em construção no rio Madeira, em Rondônia.

Não se questionam as prioridades das compras militares. Elas se enquadram no projeto de conferir mais mobilidade, tecnologia e poder de dissuasão às Forças Armadas, a fim de que possam, sem recorrer à mobilização maciça de tropas e recursos, patrulhar com eficiência um país continental. A questão específica é saber, no cotejo entre custos e benefícios, se a aproximação nos termos propostos com a França é mesmo a melhor resposta.

Um dos pontos sempre levantados para tentar justificar a aliança preferencial com os franceses seria a disposição de Paris de transferir tecnologia militar ao Brasil. De fato, há pouco incentivo para comprar de países como os EUA, que costumam bloquear o intercâmbio tecnológico. Mas não se sabe ao certo, por exemplo, que tecnologia será transferida pelos franceses ao custo de quase R$ 3 bilhões.

Outro ponto obscuro do acordo com a França é a contratação, sem licitação, da empreiteira brasileira Odebrecht para construir uma base naval e um estaleiro -obras em que o governo federal comprometeu-se a desembolsar R$ 5 bilhões. As autoridades brasileiras transferem a explicação desse privilégio para o governo francês, do qual teria partido a exigência. Seria anedótico, se não soasse escandaloso.

Ministério Público, Tribunal de Contas da União e Congresso Nacional precisam abrir essa e outras caixas-pretas do acordo com a França. O caráter "estratégico" do pacto não exime o Executivo de prestar contas nos foros adequados.

5 comentários:

Marcio Rocha disse...

Porquê essa encenação toda, quando já se sabe que a tecnologia escolhida vai ser a francesa? O calango se diz democrata mas na verdade mesmo é pró socialismo. Era óbvio que a oferta de Paris iria vencer a "concorrência" para o reaparelhamento das Forças Armadas Brasileiras. Mas e os outros dois concorrentes - porquê perderam a corrida? Ah, claro... nem poderia ser diferente - de um lado, o caça Gripen (que é superior ao Rafale) fabricado na Suécia, um país nórdico que, apesar de figurar todo ano entre os três mais desenvolvidos no mundo carece, aos olhos do imperador, de toda a fanfarra socialista. E a 3ª opção, o F18 Super Hornet da americana Boeing? Vade retro, onde já se viu, comprar armamento de guerra do grande satã?!! Equipamento bélico sim, mas com um lado social - no mínimo o do trabaiadô francês, afinal de contas a "mais-valia" entre Kamaradas não tem preço...

Closet* disse...

Aluizio, sou caiçara, insulana, vi esse estaleiro "nascer", foi considerado o segundo melhor do mundo.
Depois de grandes dificuldades volta com força, por que fazer
" parceria"
com a França se nós temos excelente industria naval?
A Russia ofereceu aviões mais modernos mais baratos e transferencia de tecnologia gratis.

Uma amostra da EISA antiga Emaq na Ilha do Gov:
Com instalações na Ilha do Governador, o Estaleiro Eisa – que construirá os quatro navios Panamax previstos para a primeira fase – possui, além dos 4 petroleiros agora contratados, uma carteira de encomendas que inclui 10 navios de produtos para a venezuelana PDVSA, 5 Porta conteiners para a LOG-IN e outros armadores, a maioria estrangeiros. O Eisa está, portanto, plenamente habilitado tecnicamente para construir os navios da Transpetro.

A direção do Eisa atribui a modernização empreendida pelo estaleiro às diretrizes traçadas pelo Promef, que tem como premissa básica tornar a indústria naval brasileira competitiva internacionalmente

Sei que industria Naval Militar é outra parada, só que bons profissionais e empreendedores no país não faltam!

Unknown disse...

Fiquei "matutando" isto o tempo todo, e realmente não sei a resposta. Alguém sabe?
Ele pode fazer um negócio de tal vulto e com tantas implicações futuras simplesmente porque assim decidiu? Sem ouvir ou consultar ninguém? O poder em um governo republicano não é absoluto. Notaram a ausência de militares ao lado dele no desfile em Braília;
Afinal que regime é este?

Closet* disse...

E o A.A51 ainda acha que são
"militantes" são MELIANTES ISSO SIM!

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=video-mostra-refens-das-farc-em-pessimas-condicoes-fisicas-0402386CCCA92366&mediaId=325368

Anônimo disse...

Alô Aluizio.
Só um adendo.
O estaleiro "DNCS" ná é exatamente um estaleiro e sim UMA PARCERIA Franco-Espanhola para construção naval-militar.
abraços
karlos