Nos 200 anos de Charles Darwin e 150 de sua obra maior, A Origem das Espécies, uma espécie tem prevalecido no ambiente editorial: os livros que defendem a Teoria da Evolução não apenas como teoria, mas como um conjunto de hipóteses que vêm sobrevivendo aos mais duros testes experimentais.
Como dizem os cientistas, há um "corpo de evidências" cada vez maior em favor do argumento central de Darwin, o de que as espécies sofrem mutações e assim se formam a partir de ancestrais comuns. O sequenciamento do código genético, em projetos como o Genoma, é o mais recente responsável por esse acúmulo de provas. Ninguém melhor para explicar isso do que um geneticista, o inglês Steve Jones, autor de A Ilha de Darwin (Record, 376 págs., R$ 57, tradução de Janaína Castilho).
Jones, entrevistado por telefone pelo Estado na semana passada, mostra como é falsa a noção de que Darwin fez sua viagem juvenil pelo Beagle e depois se fechou em casa, no subúrbio de Londres, e adiou até onde possível a publicação de suas ideias sobre variação e seleção natural. Na realidade, Darwin, apesar dos problemas de enjoo, continuou a viajar e estudar os mais diversos tipos de espécies - de cracas a pombos, de vermes a cachorros, de orquídeas a macacos. "Em seus 40 anos na Down House, passou 2 mil noites fora de casa - o equivalente a um dia por semana", escreve Jones. Ele queria, afinal, coletar o máximo possível de evidências antes de publicar sua teoria.
O sr. mostra como Darwin descobriu o poder de poucos recursos produzirem grandes resultados. Até que ponto ele estava ciente de que suas descobertas tinham implicações por assim dizer filosóficas?
Eu acho que seu modelo de uma natureza que se transforma gradualmente, não por saltos, foi central para a filosofia. Só não sei se ele usaria esse termo. Um dos livros mais importantes para ele foi Princípios da Geologia, de Charles Lyell, porque até então se imaginava que a disciplina tratasse apenas de vulcões e cataclismos em geral; com Lyell, a ação mais ordinária e lenta da natureza, como o clima ou o relevo, implicava enormes traços geológicos. Pequenos meios criam resultados gigantes. Clique AQUI para ler a entrevista completa
domingo, outubro 11, 2009
PROJETO GENOMA CONFIRMA DARWIN
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Postado por
Aluizio Amorim
às
10/11/2009 08:43:00 PM
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2 comentários:
Brasileiro não perde o humor:
Chris ( Fora Lula)
* O Brasil do Lula é uma espécie de país pré-datado
O Brasil do Lula é uma espécie de país pré-datado. Bom para 2014 (Copa), bom para 2016 (Rio) e bom para 2020 (pré-sal).*
”
Hugoa-a-go-go, leitor do blog noblat
PARABÉNS, ALUIZIO.
Mais um verdadeiro gênio da humanidade devidamente homenageado em seu blog.
Incrível como 150 anos se passaram e os ”ceres umanos” continuam a tentar nos empurrar criacionismos e cartesianismos para entendermos o mundo. Somos todos responsáveis pelo nosso atual atraso intelectual e pela Idade das Trevas que se aproxima. Pretendo não me alongar, mas já afirmei aqui que a Física está cheia de conceitos errôneos ou erroneamente interpretados e a “entropia” é um deles. Emprestada das leis de dissipação dos gases, ela indicaria uma tendência de todo objeto deixado em repouso a ser destruído, aumentando sua “desordem interna”. A biologia, no entanto, insistiria em contradizer esta tendência, demonstrando que a natureza “desafia a entropia dos sistemas” criando entre as espécies uma cadeia evolutiva. Nada de errado com a natureza, e sim com nossas interpretações, que confundem equilíbrio estático e dinâmico. O Universo está em movimento. As leis que prevalecem num sistema em movimento são as dinâmicas, que atrelam forma e função; resultado e adequação. Sendo assim, a evolução das espécies na Terra e do próprio Universo se dá em função de uma adaptação ao equilíbrio dinâmico, que privilegia formas que melhor trabalhem com a energia. Role um tijolo e uma bola pela ribanceira e você entenderá perfeitamente porque certas formas no universo melhor se adaptam às leis do movimento. O único problema que enfrentamos hoje é que a cada dia mais gente quer “rolar o tijolo” na intenção de nos provar que ele também pode ir tão longe quanto a bola. Botocudos trapaceiros.
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