Por Claude Pasteur Faria (*)
Não sei quanto a vocês, mas para mim, chega! A declaração do apedeuta de que o PSDB está imitando a política de Hitler, ao escolher multiplicadores na região Nordeste para divulgar seu programa partidário, foi a coisa mais nojenta, mais imbecil, mais estúpida e mentecapta que já ouvi em toda minha vida.
Não agüento mais olhar para a cara do Lula; ouvir sua voz fanhosa e rouca vomitando frases mal construídas; escutar suas sandices e mentiras deslavadas, ditas com ar de superioridade e com um cinismo irritante que beira à demência; suportar seus deboches e ofensas a todos nós que conseguimos estudar.
Há poucos dias, FHC escreveu um artigo que foi publicado em alguns jornais de grande circulação. Não sou fã do ex-presidente, tenho sérias restrições à forma como se conduziu frente à presidência da república e o reputo como um dos maiores responsáveis pela ascensão do apedeuta ao Planalto. Mas não se pode deixar de concordar com algumas das análises que ele fez sobre a situação calamitosa em que se encontra o País, em especial após a tomada do Estado por grupos formados por terroristas, pelegos sindicais, ONGs picaretas, movimentos campesinos criminosos, grupos racistas et caterva.
De uns anos para cá vem ocorrendo um triste fenômeno em toda a América Latina, que mais uma vez nos coloca na contramão da história. Uma onda de “esquerda” varre nosso continente como um tsunami idiotizante, colocando no poder figuras ridículas e pré-históricas, populistas e demagogas, autoritárias e megalomaníacas. O paradigma dessa gente é o presidente da Venezuela, figura tosca, mambembe e patológica encontrável em qualquer livro de psiquiatria. Outras figuras não menos ridículas e patológicas ocupam as presidências da Argentina, da Bolívia, do Equador, do Uruguai, da Nicarágua e, obviamente, hors concours, de Cuba.
O apedeuta, apesar da pouca instrução formal que possui, é um sujeito diabolicamente esperto, muito mais do que qualquer outro presidente que já tivemos. Não se pode deixar de reconhecer nele esse mérito (ou demérito, como queiram). Pragmático ao extremo, usou toda a força do seu partido, bem como a expertise da sua “elite intelectual” (formada basicamente por professores que parasitam as universidades públicas brasileiras), para conjuminar um plano de assalto ao estado brasileiro, transformando-o em apêndice do PT.
Lula sabia, entretanto, que não poderia levar a cabo essa empreitada sem se aliar a forças poderosas que há anos ocupam os intestinos do poder e se alimentam do sangue dos brasileiros. Não foi tarefa difícil cooptar a maior parte do PMDB e de outros partidos fisiológicos e nanicos que, com facilidade, se atiram nos braços de quem os alimente com cargos e os mantenha no poder. O mensalão está aí para não me deixar mentir.
A que ponto chegamos! A máquina pública está inchada de correligionários e companheiros que, pelo pagamento de dízimos extraídos dos cofres públicos, alimentam um Leviatã vermelho e insidioso que está corroendo e corrompendo nossa República. Enquanto isso, a corrupção grassa mais solta e fértil do que “nunca antes na história desse país”.
A Corregedoria Geral da União descobriu que 95% das prefeituras desviam verbas federais, o que, estatisticamente, é o mesmo que dizer que todas desviam recursos. O TCU vem sendo atacado pelo apedeuta e sua turma por estar investigando desvios de recursos nas obras do PAC, que, pela voracidade que vem demonstrando em consumir recursos, mais parece aquele personagem de videogame que come tudo o que encontra pela frente (em homenagem à pupila do apedeuta, vou chamá-lo de PAC-WOMAN).
FHC está certo em sua análise quando diz que o apedeuta está implantando no País um “autoritarismo popular”, mesmo que essa expressão possa estar sujeita a críticas. O que importa é a essência do que ela expressa: o uso maquiavélico de um alto índice de popularidade, conseguido com base em programas de cunho eminentemente populista e assistencialista, para conseguir a perpetuação no poder de um grupo político alinhado com o que há de pior em termos de espectro ideológico, situação que bem comparou o ex-presidente ao peronismo. É para lá que estamos caminhando, sem que se possa interpor nenhum obstáculo à voracidade dessa gente.
O pior de tudo é que não temos mais uma oposição forte, combativa, fiscalizadora, como era o PT em outras épocas. Hoje sabemos que tudo não passava de uma encenação, de um golpe teatral. Mas naquela época havia uma oposição. Hoje, sobrou-nos um arremedo. O espectro político do Brasil se deslocou totalmente para a esquerda, tornando-se quase um pensamento único.
A eleição presidencial de 2010 caminha para um plebiscito, com resultados previsíveis. Para combater Dilma Roussef teremos José Serra ou Aécio Neves; o primeiro, ex-exilado político e órfão de uma esquerda romântica que não existe mais, e que não vai se arriscar a mais uma derrota eleitoral; o segundo, playboy midiático e inveterado, sempre às voltas com escândalos amorosos, o que, de certa forma, lhe retira a dignidade necessária para exercer o mais alto cargo político da nação.
Para mim, chega!
(*) Claude Pasteur Faria é engenheiro eletricista e advogado formado pela UFSC. Carioca de nascimento e radicado em Florianópolis há muito anos, é ex-presidente da Associação de Engenheiros e atualmente vice-presidente dessa entidade, fazendo parte também do Sindicato dos Engenheiros de SC. É assessor técnico do CREA-SC e atualmente exerce as funções de Ouvidor e de Assessor de Convênios e Relações Internacionais.
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2 comentários:
...perfeito....
Alors les enfants de la patrie...
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